Buscar no blog
31/10/2017
Este post é assinado por: Pastor Eliel Goulart
Texto Áureo
Verdade Prática
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
INTRODUÇÃO
Comentário do Blog
Paz do Senhor!
Judeu e grego – a maior divisão religiosa.
Servo e livre – a maior divisão social.
Macho e fêmea – a maior divisão sexual.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo alcança a todos e abrange a mim!
Desde os dias de sua fundação histórica, no dia de Pentecoste – Atos capítulo 2 – a Igreja se ocupa e preocupa em pregar o Evangelho a toda a criatura e em todo o mundo.
Nos séculos que se seguiram após o dia de Pentecoste, a igreja sofreu períodos difíceis, de perseguições e provações inimagináveis. Porém, nada disso diminuiu sua visão evangelística ou abateu sua chamada para pregar as boas novas de salvação por Cristo Jesus.
Reproduzo aqui um descortinar de perseguição e provação que crentes em Cristo sofreram, por exemplo, no período do Império Romano, descrito no livro Lições da História que não podemos esquecer – Editora Vida – 1993 – autor: Abraão de Almeida:
“Conta-se que Trajano, o terrível inimigo dos cristãos, expediu uma ordem com o fim de eliminar de seus exércitos qualquer soldado que professasse o nome de Cristo.
Numa companhia das Gálias, composta de cem homens, o decreto imperial foi recebido pelo comandante com muita tristeza, pois sabia ele da existência de grande número de cristãos entre as suas fileiras, por sinal os mais dedicados, valentes e disciplinados. Com pesar ordenou fosse levantado um altar e em seguida determinou que cada soldado enchesse sua taça de vinho e a derramasse diante do altar, em honra ao imperador. Quarenta legionários recusaram-se a fazê-lo e foram lançados às geleiras, despidos, para lá morrerem.
A noite estava muito fria e ninguém, no acampamento, conseguia dormir, sentindo a dolorosa ausência de seus leais companheiros. O capitão levantou-se e se dirigiu às proximidades do lugar onde pereciam seus soldados, e ouviu, surpreso, um cântico: “Quarenta soldados lutando por Ti, ó Cristo, reclamam para Ti a vitória e pedem de Ti a coroa.”
A extrema dedicação daqueles homens ao seu Deus e o valor que davam à sua fé impressionou o chefe militar. Comovido, ele continuou ouvindo aquele estranho brado de vitória, até que o mesmo mudou-se para: “Trinta e nove soldados lutando por Ti, ó Cristo, reclamam para Ti a vitória e pedem de Ti a coroa.” É que um deles havia renegado a fé, arrastara-se até à fogueira do acampamento e fora trazido de novo à vida.
Revoltado com tal atitude e movido por um ímpeto de fé no Cristo vitorioso, o capitão despiu-se de sua capa e voluntariamente uniu-se aos seus valentes soldados nas geleiras. E novamente o acampamento ouviu o eco da sublime mensagem, agora com nova nota triunfante: “Quarenta soldados lutando por Ti, ó Cristo, reclamam para Ti a vitória e pedem de Ti a coroa.” Na manhã seguinte jaziam nas geleiras os corpos dos quarenta legionários, incluindo-se o do comandante. Foram fiéis até à morte, reclamaram para Cristo a vitória, e receberam Dele a coroa.”
Apesar de todas as investidas contra o mundo e o inferno, ao longo dos séculos, ainda há muito a alcançar!
As últimas instruções do Senhor Jesus aos seus amados discípulos antes de ser assunto ao céu estão registradas em Marcos 16.15 e 16 –
Estes mandamentos não se limitam aos crentes da Igreja primitiva. É mandamento para os crentes de todas as épocas, tem abrangência geral e é extensiva a todos os servos do Senhor Jesus, em todos os lugares do mundo. O termo, ou seja, o imperativo deste mandamento cessará quando de Sua vinda gloriosa –
I – O QUE É A OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO?
1. A necessidade de expiação
Comentário do Blog
No Antigo Testamento, o pecado é tratado mediante a oferta de um sacrifício. Desta forma, o holocausto seria aceito conforme diz o final do versículo citado: “para a sua expiação.” Da mesma forma que acontece com a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa – Levítico 7.7 – “Como a oferta pela expiação do pecado, assim será a oferta pela expiação da culpa…” – e especialmente com os sacrifícios no Dia da Expiação, de Levítico capítulo 16.
Se fosse oferecido numa intenção errada, tal sacrifício seria ineficaz – Números 15.30 – Almeida Revista e Atualizada – “Mas a pessoa que fizer alguma coisa atrevidamente, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injúria ao Senhor; tal pessoa será eliminada do meio do seu povo.” – ou seja, agir com soberba e presunção, estaria se colocando fora do alcance do perdão de Deus.
Os profetas denunciaram, por diversas vezes, contra a oferta do sacrifício como mera ação exterior.
Mas, oferecer sacrifício como expressão de um coração quebrantado, arrependido e confiante é estar abençoado com a expiação.
No livro “A Pregação Apostólica da Cruz”, L. Morris, ensina-nos que a expiação, às vezes, é feita por outros meios de sacrifícios, tais como o pagamento em dinheiro – Êxodo 30. 12 a 16 – ou o oferecimento de uma vida – II Samuel 21.3 a 6. Em tais casos, fazer expiação significa “desviar o castigo, especialmente a ira divina, mediante o pagamento de um kõper, um resgate”, que pode ser dinheiro ou uma vida.
Por todo o Antigo Testamento o pecado é coisa seriíssima. Sempre alvo fulminante de castigo. A não ser que a expiação fosse procurada da maneira que Deus estipulou.
No Novo Testamento, esta verdade e seus princípios são repetidos e explicados com detalhes.
Todos os homens são pecadores, e a sentença contra o pecador é o inferno.
Por outro lado, no Novo Testamento, a mensagem é clara: que Deus deseja que todos os homens sejam alcançados pela salvação já revelada e consumada na vida, morte, ressurreição e ascensão do Seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo.
A vontade de Deus Pai quanto à nossa salvação é levada a efeito plenamente por aquilo que Deus tem feito em Cristo: a reconciliação pela morte de Cristo. Aleluia!
“A cruz é absolutamente central à salvação conforme o Novo Testamento a vê. É aspecto distinto do cristianismo. A morte de Cristo não foi a de um mártir. Foi a de um Salvador. A Sua morte salva os homens de seus pecados. Cristo tomou o lugar deles e sofreu a morte deles. A culminação de um ministério em que Ele, coerentemente, Se fez um com os pecadores.” ( A Pregação Apostólica da Cruz, L. Morris ).
Nossa participação nisso é simplesmente corresponder com arrependimento e fé.
A palavra “expiar”, no hebraico kaphar, tem várias acepções. Por primeiro tem o sentido de cobrir ou dar cobertura ao pecador, para que não ficasse exposto o seu pecado diante de Deus.
No período da Lei, o sangue dos sacrifícios de animais, um meio de purificação, fazia cobertura.
O Dia da Expiação de Levítico capítulo 16 não era dia de festa. Era dia de tristeza por causa do pecado. Dia de coração contrito. De quebrantamento. E significava o pecador coberto, aproximando-se de Deus, através do sumo sacerdote que o declarava liberto.
Assim, estava expiado o pecado e desfeito o castigo, que por sua vez, caía sobre a vítima substitutiva e inocente.
Nós fomos resgatados da nossa vã maneira de viver, com a finalidade de sermos santos – I Pedro 1.15 –“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.”
Versículos 18 e 19 – “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.”
No estado de pecado, o homem não pode aproximar-se e nem servir a Deus.
A morte de Cristo nos proporciona a aproximação e a bênção de servir a Deus. A morte de Cristo foi o preço da nossa redenção, e este plano eterno de salvação, qual seja, o de Cristo morrer na cruz, derramando o Seu sangue incontaminado, foi conhecido e estabelecido antes da fundação do mundo. I Pedro 1.20 – “…foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós.”
Esta é a simplicidade do Evangelho!
2. A abrangência do pecado
Comentário do Blog
Em Romanos 3.23 lemos a sentença: “…todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Pecaram e carecem da presença de Deus.
A ênfase aqui está na palavra todos. As crianças a quem tanto amamos, os mais respeitados idosos, os animados jovens e os homens e mulheres da maturidade. Todos pecaram!
Todos é aqui uma palavra:
Decisiva porque o juízo é inescapável.
Abrangente porque o juízo alcança todos os povos, todos os lugares, todas as épocas.
Positiva porque o juízo aponta a necessidade da comunhão com Deus.
Na Bíblia, justo é aquele que faz o que Deus quer. Ou seja, que seja irrepreensível e reto em absoluto diante de Deus.
Com este breve comentário, queremos demonstrar a universalidade do pecado.
E esta universalidade do pecado produz miséria:
Não se impressione com a aparente prosperidade do homem ímpio ( aquele que vive na prática diária do pecado ), ou seja, do pecador contumaz.
Muito diferente é a avaliação da prosperidade do justo:
1 – Quanto à presença de Deus – Salmo 73.23 – “…estou de contínuo contigo; tu me seguraste pela mão direita.”
O pecador, ao contrário do justo, anda por lugares escorregadios, e por fim, escorrega ao próprio inferno.
2 – Quanto a ter a direção do Senhor – Salmo 73.24 – “Guiar-me-ás com o teu conselho…” – ou seja, o justo vê a vida do ponto de vista de Deus! O mundo tem opinião, Deus tem direção.
3 – Quanto ao fim do justo – Salmo 73.24 – “…e, depois, me receberás em glória.”
Leia Provérbios 14.32 – “…o justo até na sua morte tem esperança.”
Observem a diferença entre o justo e o ímpio na narrativa de Jesus em Lucas 16.22 – “E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.”
Não se impressione com a aparente tranquilidade do homem ímpio.
Por duas vezes falou o Senhor:
Ao contrário do ímpio, o justo goza paz que os que o rodeiam não compreendem:
Não se impressione com o ímpio que aparentemente prospera aqui, na dimensão terrena.
O justo não vive numa só dimensão. O justo vive também a dimensão celestial.
E vive com e para o Senhor em ambas.
Salmo 73.25 – “A quem tenho eu no céu senão a ti?” – dimensão celestial.
“E na terra não há quem eu deseje além de ti.” – dimensão terrena.
“O pecado é universal em sua extensão, doloroso em sua intensidade, real em sua natureza e desastroso em seus efeitos.” ( Geziel Gomes ).
3. A expiação de Cristo
Comentário do Blog
O Evangelho é um remédio glorioso para uma chaga universal. Por qualquer outro meio, esta chaga é incurável. É necessário que o homem esteja sensível a esta enfermidade mortal.
E muito perigoso é o primeiro dos sintomas: torna o homem insensível! De nós mesmos nunca seremos curados! Precisamos aceitar a prescrição de Deus contra tão profundo mal.
Como Deus trata deste problema do pecado? Pelo Evangelho de Cristo.
O Evangelho de Cristo traz-nos a mensagem eficaz de salvação. Tanto da condição interior da nossa natureza de pecador, quanto dos atos exteriores de transgressões dos quais somos culpados.
E somos postos numa posição de justos. Nós nos apropriamos da justiça de Cristo. E somos justificados:
Seu modo –
Sua origem –
Seus significados –
Aleluia! A expiação traz-nos bênçãos:
Tudo isso a expiação de Cristo nos beneficiou. E a causa foi a livre graça de Deus. A graça que:
Meus amados, o método da expiação no Novo Testamento se opera pela pessoa de Jesus Cristo.
Eis a simplicidade do Evangelho: o Senhor Jesus pagou o preço completo da nossa redenção, com o Seu sangue precioso. A Sua vida foi entregue por nós no Calvário de dor. Somente Ele tinha as condições de satisfazer a justiça de Deus, e efetuar a bênção da expiação, pois veio ao mundo sem pecado, viveu a nossa vida e sofreu o juízo que era contra nós.
Um Evangelho sem a doutrina da expiação é um evangelho incompleto, ou nem é um evangelho.
Sabe por que tanto Satanás odeia e teme o poder do sangue de Jesus? Porque é a condição única de nossa expiação e redenção. Esse inimigo insinua as falsidades de que podemos ser salvos por boas obras, por uma reforma própria pessoal, por autoajuda, pela prática de rituais religiosos, por repetidas orações e outros meios de astúcia, tentando neutralizar a eficácia da doutrina da redenção e da expiação através do sangue de Cristo.
Antes, tínhamos uma vida louca, insensata, desordenada e infrutífera.
Hoje, em Cristo Jesus, gozamos de uma vida de sabedoria, equilibrada, de retidão e frutífera.
II – O ALCANCE DA OBRA EXPIATÓRIA DE CRISTO
1. A impossibilidade humana
2. Cristo ocupou o lugar do pecador
3. Alcance universal da obra expiatória
Comentário do Blog
Por causa da Queda, o homem caído constitui-se pecador.
Há dentro do homem a natureza adâmica caída. Não somos pecadores somente porque somos em atos pecaminosos externos, no nosso comportamento.
Antes de fazer qualquer coisa pecaminosa, já somos pecadores.
Uma árvore não é corrupta porque gera frutos maus; ela gera frutos maus porque é corrupta. De igual modo, não somos pecadores porque pecamos; pecamos porque somos pecadores. Em Romanos 7.17, o apóstolo Paulo se refere ao “pecado que habita em mim.” Repete isso ainda no versículo 20: “…o pecado que habita em mim.” e, por fim, ainda diz no versículo 21 – “…o mal está comigo.”
Quem pode livrar-se dele? A presença nefasta do pecado e suas ações estão por onde vamos, está sempre conosco.
A natureza que constitui o pecado, foi denominada por Paulo como “o pecado que habita em mim.” Temos uma vida de natureza pecaminosa dentro de nós, portanto, pecamos porque somos pecadores.
A palavra grega traduzida por “mal” em Romanos 7.21 – “…o mal está comigo” – é kakos, é um adjetivo significando o interior sujo, podre, envenenado, e num sentido figurativo, malícia interior que flui de um caráter moralmente apodrecido. Os gregos diziam assim: “a podridão já está na madeira.” Denota uma maldade interior.
Além de constituir-se pecador, há também um caso judicial exteriormente.
Em Adão, nós transgredimos o mandamento de Deus. E o caso judicial foi provocado por Adão e não por nós. A questão é que estávamos em Adão, e abrange a nós também. A sentença de condenação – a morte – atinge a nós também. Romanos 3.12 – “Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há um sequer.”
E acrescenta-se à constituição de natureza pecadora e à condenação, a maldição. A própria maldição em si, aflição, espinhos, cardos e suor. E mesmo para os crentes, que já temos a Cristo como nossa vida, somos afligidos com a abrangência da maldição. Na agricultura, por exemplo, a lavoura não cresce rápido, mas as ervas daninhas sim. Romanos 8.22 – “Porque sabemos que toda a criação geme…”
E ainda fomos expulsos do Paraíso. Para fora da presença de Deus.
Gênesis 3.23 e 24 – “O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado. E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.”
Os querubins representam a glória de Deus.
A espada, a justiça de Deus.
Inflamada, porque representa a santidade de Deus.
O Senhor cumpriu todas as exigências da glória, da justiça e da santidade de Deus. Ele foi ferido por amor de nós, e abriu-nos o caminho de volta para a presença de Deus.
E por fim, a morte. I Coríntios 15.22 – “Porque, assim como todos morrem em Adão…” Através da transgressão de Adão, o pecado foi introduzido no mundo e a morte entrou através do pecado. Romanos 5.14 – “No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés ( o período da Lei – anotação nossa ), até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é figura daquele que havia de vir.”.
Para grandes males, grande remédio. O pecado é um grande mal. A salvação que Cristo oferece é o grande remédio. Na vida da Igreja, há pecadores nos quais a sociedade não depositava mais qualquer esperança e foram transformados pelo poder do Evangelho. Homens antes, considerados vergonha da sociedade e a ruína da família, foram completamente regenerados, ao aceitarem pela fé e, arrependidos, renderam-se a Cristo, que passou a ser o Senhor de seus corações.
Graças a Deus, “…se, pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.” Aleluia!
III – CRISTO OFERECE SALVAÇÃO A TODO O MUNDO
1. Perdão, libertação e cura
2. A salvação é para todo o mundo
3. A responsabilidade do cristão
Comentário do Blog
A ideia de perdão é apresentada nas Escrituras por sete palavras. Três em hebraico e quatro em grego.
No Antigo Testamento hebraico as palavras são:
As duas primeiras são usadas exclusivamente para o perdão divino. E a terceira – nãsã – é usada para o perdão divino e o perdão humano.
No Novo Testamento grego as palavras são:
Ora, para que o justo Deus pudesse fazer isso com os “pecados dantes cometidos”, Jesus Cristo tinha de ser propiciação.
Propiciação significa satisfazer, aplacar favoravelmente. Do grego hilasmos. Em síntese, a doutrina da propiciação afirma que a morte de Cristo satisfaz plenamente todas as justas demandas da justiça de Deus para com o pecador – I João 2.2 – “Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.”.
Os benditos resultados da propiciação por Cristo Jesus são que:
Assim, o Salmo 85.10 se cumpre profeticamente:
A Bíblia Sagrada é o único livro de religião – apesar de nós não o considerarmos assim, mas apenas citamos como é mal-entendido pelos incrédulos, pois trata-se de um livro de revelação – enfim, é o único livro que revela que Deus perdoa completamente o pecado. É um perdão completo.
A iniciativa do perdão é de Deus.
Da nossa parte é necessário o arrependimento. O fundamento do perdão de Deus está no sangue derramado e na ressurreição de Jesus Cristo, nosso bendito Salvador – Hebreus 9.22 – “E sem derramamento de sangue não há remissão.”
A salvação traz-nos perdão dos pecados:
1 – Sua fonte – Salmo 130.4 – “Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.”
2 – Seu fundamento – Efésios 1.7 – “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça.”
3 – Sua certeza – I João 2.12 – “Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.”
4 – Sua proclamação – Atos 13.38 – “Seja-vos, pois, notório, varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados.”
5 – Seu resultado – Salmo 32.1 – “Bem aventurado ( Feliz – observação nossa ) aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto.”
Libertação – outra obra que vem da salvação por Cristo Jesus.
Em seu livro “Certeza, Providência e Oração”, de M´Cosh´s, pregador irlandês do Século 19, conta que iminente estadista lhe apresentou a um homem nobre, que havia perdido a esposa, e pediu para conversar com ele. Contou-lhe que havia perdido a paz, e que pedira a famoso filósofo o que deveria fazer. Recomendou ler Goethe ( Johan Wolfang von Goethe – 1749 – 1832 – escritor e estadista alemão ). E assim ele o fez. Mas, confessou que nada encontrou lá para ser liberto de tão profunda tristeza. Pediu conselho a outro intelectual, e este recomendou outro autor de filosofia. Mas, também nada encontrou em seus escritos, que pudesse fornecer o bálsamo que seu espírito ferido precisava. E o pregador recomendou-lhe ler os Evangelhos, que tem a mensagem de libertação prometida e garantida.
Ora, a frieza da filosofia não liberta e nem conforta a ninguém!
A salvação em Cristo Jesus nos livra da escravidão deste mundo.
Mundo é tudo que nos afasta de Deus. Todo este sistema ao nosso redor, anti Deus, anti Bíblia, anti Igreja e anti pastor. Nós alcançamos em Cristo uma libertação tal, que mesmo em adversidade e perturbações, somos mais livres do que homens em prosperidade e alegria terrenas não conseguem alcançar.
Atos 16 – Paulo e Silas, depois de açoitados, e postos no tronco, e em cárcere interior. Sentindo dores e em escuridão, “perto da meia noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.” Estes dois obreiros de valor, estando em cadeias, eram mais livres do que o carcereiro de Filipos, aprisionado na superstição e ignorância que há no mundo.
Daniel 6 – Daniel entre leões famintos numa cova, sentenciado injustamente, é mais livre do que o rei que não consegue dormir durante toda a noite no conforto de seu palácio.
A salvação que recebemos pela fé em Cristo Jesus nos eleva a regiões superiores às nossas circunstâncias.
Ilustração – Conta-se que um crente caíra na escuridão do desânimo e abatimento. E, numa noite, dormiria na mesma casa que Charles Finney ( 1792 – 1875 – EUA, pregador, teólogo e avivalista ). E o crente lamentava sua condição ao pregador, e este depois de ouvir sua narrativa, virou-se para ele, e com sua sinceridade peculiar, e voz de autoridade que lhe falou diretamente à alma, disse-lhe: “Você não ora. Este é o problema com você. Ore mais do que nunca na sua vida, e você será libertado desta condição.” O crente, de imediato, foi para outra sala, levando consigo a Bíblia. E como fez o profeta Daniel no antigo passado, buscou ao Senhor, passando a noite em oração. Contou que à medida que amanhecia, a luz do Sol da Justiça raiou em sua alma. Seu cativeiro foi quebrado, e desde então ele testemunhava que a maior dificuldade que sentia para não ser libertado, é que era um crente que não orava.
Leve seu caso a Cristo, que é poderoso para salvar. Que seus olhos sejam abertos e veja a Cristo, o Libertador! Ele veio apregoar liberdade aos cativos. Ele é a nossa Esperança.
Cura divina – O ministério de cura divina é uma parte fundamental do Evangelho. Nós servimos a um Deus que cura e esta verdade está em toda a Bíblia como uma corrente de águas cristalinas. A salvação em Cristo Jesus provê cura para todo o que crê.
Uma parte consideravelmente grande do ministério terreno do Senhor Jesus relacionava-se com a ministração da cura física aos enfermos e sofredores.
Em Atos, a história da igreja primitiva narra curas e milagres realizados em nome do Senhor Jesus.
No período da Idade Média, chamada apropriadamente de Idade das Trevas, quando a Igreja esfriou e até entrou em apostasia horrorosa, que a fonte de curas divinas mingou.
A Reforma ocorrida a 500 anos, restaurou esta doutrina que se encontrava perdida. O Espírito Santo restaurou, através de seus fiéis servos, a doutrina da cura divina, principalmente com o Movimento Pentecostal.
Sabemos que as enfermidades entraram no mundo quando da Queda de Adão, como parte da maldição que perturba a humanidade, como resultado da desobediência. As doenças são partes do “salário do pecado.” – Romanos 6.23.
O pecado nos separa de Deus e traz-nos doenças. Há a promessa, no novo céu e na nova terra, de que “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.” – Apocalipse 21.4.
A humanidade sofre com os demônios, que sendo malignos, podem ser causas diretas de doenças. Em Mateus 9.32 e 33, lemos sobre um “homem mudo e endemoninhado”. Quando Jesus expulsou o demônio de mudez, o homem imediatamente pôde falar. Em Lucas 13. 11 a 16, lemos da mulher que “tinha um espírito de enfermidade há dezoito anos.” Andava encurvada e não podia, de maneira alguma, endireitar-se. O Senhor Jesus a tocou e ela ficou livre, endireitando-se perfeitamente. As pessoas que assim são afligidas, para elas há somente uma maneira de serem curadas: pela expulsão destes espíritos malignos. Somente pelo ministério de libertação em nome poderoso do Senhor Jesus.
Há muitos de nós que negligenciamos os cuidados com a saúde. E sofremos por causa de nossos descuidos. Alimentamos mal e errado, com dieta inapropriada, ou com deficiência ou com exageros. E ao longo dos anos, as doenças se manifestam por isso. A falta de descanso equilibrado, a falta de lazer, cobram o seu preço na nossa saúde física. Especialmente se vê isso entre tantos obreiros. Em Filipenses 2.25 a 30, lemos de Epafrofito, que chegou perto da morte, em razão de trabalho demasiado, servindo ao Senhor e à vida da igreja.
E, por fim, a vitalidade se esvai com o envelhecimento natural, e temos nossas forças reduzidas. A Bíblia registra como notável e admirável que Moisés, tendo alcançado 120 anos, não perdeu o seu vigor e nem escureceram os seus olhos – Deuteronômio 34.7. Porque o natural é que a força se perca e a visão diminua. Em Cristo, podemos orar e reivindicar que a nossa força seja como os nossos dias – Deuteronômio 33.25. E o Senhor traz-nos bênçãos de compensações para os últimos anos de nossa vida.
A salvação em Cristo Jesus traz-nos cura divina!
Há duas palavras extraordinárias em Isaías capítulo 53. No versículo 4 e no versículo 12. Trata-se de “tomou sobre si” e “levou sobre si”. É a tradução do hebraico nasa. Ela se repete em ambos os versículos. Compreendemos, portanto, que da mesma forma como Ele levou sobre Si as nossas enfermidades, também levou sobre Si os nossos pecados. Aleluia! Além do perdão, temos a cura pela salvação em Cristo Jesus.
A nossa responsabilidade é grande para com os que ainda não foram alcançados pela salvação.
Há uma frase antiga que muito ouvi desde a minha infância:
“Para o Campo, poucos podem ir. Muitos podem ofertar. Todos podem orar.”
Pregando a verdade poderosa do Evangelho, nós proclamamos o perdão, a libertação e a cura.
Jovens expressam a mim o desejo de verem milagres, sinais e maravilhas. Como parte de minha resposta a eles, está que eles devem pregar o Evangelho e estes sinais os seguirão. Antes da promessa de os enfermos serem curados, há o mandamento de pregar o Evangelho a toda a criatura – Mateus 16. 17 e 18.
Ilustração – Aqui em minha cidade, viveu um crente antigo, que veio a falecer com 101 anos de idade. Em certa ocasião, perguntando-lhe das coisas das décadas passadas, pois converteu-se na sua mocidade, contou-me o seguinte: Que trabalhava como ferroviário e percorria o Sul de Minas Gerais. E um dia, já convertido a Cristo, encontrou-se com o missionário Gustavo Bergstron, que por 56 anos serviu a Causa Santa do Evangelho no Brasil. Esse irmão, ainda jovem, empolgou-se por encontrar o gentil missionário dentro do trem de ferro onde trabalhava. Chamou o chefe dos vagões para apresentar-lhe o pastor Gustavo. Ele e o chefe dos vagões eram negros. E o missionário era sueco. Contou-me que a primeira pergunta do missionário ao chefe dele foi se já conhecia a Jesus Cristo como salvador. E depois lhe perguntou se tinha a Bíblia. Diante da negativa do chefe, o missionário perguntou quando aquele trem de ferro voltaria ao Sul de Minas Gerais. Foi-lhe explicado que a locomotiva iria até ao Rio de Janeiro, e retornaria somente quinze dias após, passando por aquela cidade na madrugada, por volta de 3 horas. Era tempo de muito frio nessa região de Minas Gerais. Contou-me este saudoso irmão, que o chefe lhe disse: “Você acha que um europeu desse vai perder tempo com um negro como eu, e levantar-se de madrugada, as três horas, nesse tempo de frio, para me dar um livro?” Quinze dias depois, o trem de ferro voltava e passaria na mesma cidade onde o laborioso missionário desembarcou. Às três horas da madrugada, lá estava na estação, o missionário Gustavo Bergston, com a Bíblia na mão para presentear e evangelizar o chefe de nosso irmão. Por causa de uma alma ele se levantou de madrugada, esperou a locomotiva chegar e entregou um exemplo da Bíblia àquele homem… e este ficou tão comovido, que leu as Escrituras, converteu-se, e também sua esposa e todos os filhinhos, ainda meninos da época, foram desde então, criados na vida da Igreja.
Conto-lhes que a continuação desta história é inspiradora. Os filhos desse chefe dos vagões, tornaram-se pastores na história da Assembleia de Deus.
Eis o resultado frutífero do amor de um homem pela alma do desconfiado chefe dos vagões!
Quando pregamos o Evangelho, poder de Deus, destinamos ao céu não somente a alma para quem pregamos, mas também, potencialmente, toda a sua descendência.
CONCLUSÃO
Comentário do Blog
“Se você não está interessado em evangelismo e missões, existe uma grande probabilidade de você nunca ter nascido de novo…” – Osvald Smith.
Pastor Eliel Goulart
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias