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09/11/2022
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”. Ezequiel 18.20
Para além da responsabilidade individual, a Palavra de Deus se posiciona contra o fatalismo, isto é, contra a ideia de que tudo está determinado por um rígido destino.
Ezequiel 18.20 a 28
20 – A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.
21 – Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá.
22 – De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele, pela sua justiça que praticou, viverá.
23 – Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor JEOVÁ; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva?
24 – Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá.
25 – Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos?
26 – Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá.
27 – Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.
28 – Pois quem reconsidera e se converte de todas as suas transgressões que cometeu, certamente, viverá, não morrerá.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Continuando os estudos de lições no livro de Ezequiel, hoje veremos o capítulo 18.
Máxima é um ditado popular, geralmente aceito como um princípio de algo inevitável de acontecer.
Os moradores de Judá diziam assim: “Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram”. Embotar aqui tem o significado de ´estragar, perder o vigor´; e o sentido figurativo de “os pais pecaram e os filhos pagam pelos pecados dos pais”.
Porém, este ditado popular mostrava-se e mostra-se ainda hoje, equivocado. Quem assim diz está enganado e errado.
Diante das pregações proféticas de que os juízos de Deus viriam e que, nesta altura, eram inevitáveis, o povo dizia tal ditado como a justificar a si mesmo, porque entendiam, erradamente, que havia uma ´maldição hereditária´ sobre eles. Por que pensavam tal conceito? Ora, Jeremias 15.4 tem esta sentença: “Entrega-los-ei ao desterro em todos os reinos da terra; por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, por tudo quanto fez em Jerusalém”. Então espalhou-se entre os moradores de Jerusalém e o povo de Judá, esta máxima: “Os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos se estragaram”.
A ideia equivocada aqui era a de que os filhos respondem pelos pecados dos pais. O nosso bondoso Deus desmente este provérbio popular, pois ele não se aplica à realidade da vida espiritual.
Ezequiel 18.3: “Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel”.
Jeremias 31.29: “Naqueles dias, nunca mais dirão: Os pais comeram uvas verdes, mas foram os dentes dos filhos que se embotaram”.
Observamos, portanto, que Ezequiel e Jeremias trataram deste ditado popular que se espalhara entre o povo. E ambos registram que tal provérbio nunca mais seria repetido pelos judeus.
Tem duas aplicações aqui:
1 – Nunca mais seria dito em sentido escatológico. Ou seja, no futuro, quando da restauração de Israel.
2 – Na ocasião deste registro pelo profeta Ezequiel, era uma proibição divina de continuarem a repetir tal provérbio.
Este ditado de Ezequiel 18.2, era popular em Judá e era repetido com frequência. As uvas verdes que os pais comeram, representavam os seus pecados. Os dentes dos filhos se embotaram, significava que os judeus achavam que os sofrimentos que vinham sobre eles eram o pagamento resultante dos pecados dos pais.
Hoje, entre nós, este equívoco chegou com o nome de ´maldição hereditária´. Doutrina errada, estranha e excêntrica. Citam para fundamentá-la, o segundo dos Dez Mandamentos – Êxodo 20.5 e Deuteronômio 5.9 – onde se menciona que os pecados dos pais serão visitados nos filhos até a terceira ou quarta geração. Porém, estes versículos não estão dizendo que Deus castigará os filhos e os netos por causa dos pecados dos pais. Antes, sim, diz que Deus limitará as consequências destes pecados até a terceira ou quarta geração. Ou seja, as consequências não seriam perpétuas sobre as gerações futuras, mas limitadas ao máximo a terceira e quarta geração. Isto pela misericórdia do Senhor nosso Deus!
De fato, o pecado produz consequências para as gerações vindouras. Porém, há observações a serem feitas aqui: tratam-se de consequências temporais e até materiais, das coisas deste mundo, e não de consequências espirituais de castigos eternos. E mais: as consequências vem contra os filhos e netos que continuam a andar nos passos transgressores e mundanos dos pais. Aos que se convertem a Cristo, tal versículo do segundo mandamento do Decálogo não se aplica. Leiamos Romanos 5.8 a 10: “Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida”.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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