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08/10/2022
“E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra”. – Ezequiel 7.2
O atalaia de Deus soa a alarme do iminente perigo, anuncia que o inevitável juízo divino se aproxima.
Ezequiel 7.1-10
1 – Depois, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo:
2 – E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos a terra.
3 – Agora, vem o fim sobre ti, porque enviarei sobre ti a minha ira, e te julgarei conforme os teus caminhos, e trarei sobre ti todas as tuas abominações.
4 – E não te poupará o meu olho, nem terei piedade de ti, mas poréi sore ti os teus caminhos, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu sou o SENHOR.
5 – Assim diz o Senhor JEOVÁ: Um mal, eis que um só mal vem.
6 – Vem o fim, o fim vem, despertou-se contra ti; eis que vem;
7 – vem a tua sentença, ó habitante da terra. Vem o tempo; chegado é o dia da turbação, e não da alegria, sobre os montes.
8 – Agora, depressa derramarei o meu furor sobre ti, e te julgarei conforme os teus caminhos, e porei sobre ti todas as tuas abominações.
9 – E não te poupará o meu olho, nem terei piedade; conforme os teus caminhos, assim carregarei sobre ti, e as tuas abominações estarão no meio de ti; e sabereis que eu, o SENHOR, castigo.
10 – Eis aqui o dia, eis que vem; veio a tua ruína; já florescerá a vara, reverdeceu a soberba.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
A mensagem profética de Ezequiel capítulo 7 atinge diretamente a terra de Israel e abrange a toda a humanidade.
Ezequiel pregou um princípio que permanece até hoje: Deus sempre avisa antes de cumprir a sentença de juízo.
Ezequiel 7. 1 e 2a: “Depois, veio a palavra do SENHOR a mim, dizendo: E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel…”.
Ezequiel apresenta-nos três modos de pregação profética que agiu nos seus dias:
1 – Visões;
2 – Sinais;
3 – Pregações diretas.
Este capítulo 7 trata de profecia que Ezequiel proclamou, sob ordens de Deus, para alertar sobre a condenação que pairava sobre a nação.
Porém, já antes a Ezequiel, nos capítulos 4, 5 e 6 foram ordenados que realizasse atos simbólicos, sempre retratando a proximidade do juízo sobre Judá.
No capítulo 3, a Ezequiel foi ordenado pelo Senhor a ficar calado até receber instruções para profetizar. Mas, apesar de ficar em silêncio quanto às mensagens orais, falaria à nação por meio de atos simbólicos, ou sinais, que estão registrados nos capítulos 4 a 6:
No capítulo 4 – Ao ficar mudo, Ezequiel passou a viver na rua, ao lado do que vamos expor e alimentando-se com racionamento de comida. Por meio de argila e de ferro, Ezequiel representou o cerco de Jerusalém. Sim, neste ato simbólico, ele desenhou o mapa de Jerusalém, como se fizesse uma maquete, sobre uma placa de argila grande e plana, onde se mostravam o cerco sendo construído contra a cidade. Ele detalhou o local dos acampamentos inimigos e os lugares exatos das tranqueiras que levantaram contra a cidade e, por fim, pôs um prato de ferro entre este desenho na argila e seu corpo, para ilustrar que o exército de Babilônia seria uma muralha impenetrável e sem possibilidade de fuga. Para simbolizar o castigo que Israel teria por ter transgredido.
Outro simbolismo sinalizado foi que Ezequiel deitou-se sobre o seu lado esquerdo um dia para cada ano desse período de idolatria e pecado. Vou explicar: ele se deitou sobre o lado esquerdo do corpo durante algumas horas do dia ao longo de 390 dias, para simbolizar a iniquidade do Reino do Norte, Israel. Depois, virou-se e deitou algumas horas do dia por 40 dias, para demonstrar os pecados de Judá, o Reino do Sul. Cada dia indicando um ano. 390 anos, contados desde quando Jeroboão estabeleceu a idolatria até o 23º ano de Nabucodonozor; e o castigo de Judá por seus quarenta anos de pecado contínuo, começando com a aliança de Josias, II Reis 23, e terminando com os eventos registrados em Jeremias capítulo 52.30: “No ano vigésimo terceiro de Nabucodonozor, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou cativos, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco almas; todas as almas são quatro mil e seiscentas”.
Seu desconforto por 390 dias, deitado sobre o seu lado esquerdo, mais 40 dias, deitado sobre o seu lado direito, totalizando 430 dias, equivale e remete – também simbolicamente – a escravidão de Israel no Egito, que também durou 430 anos. Indicando que um cativeiro semelhante atingiria tanto a Israel quanto a Judá. Porém, o cativeiro de Israel, Reino do Norte, seria mais longo. Neste mesmo capítulo 4, Ezequiel preparou pão feito com grãos misturados e assou-os sobre o esterco seco de bovinos, anteriormente postos no fogo. Os horrores da fome por causa do cerco a Jerusalém são simbolizados por este ato do profeta, quando se alimentava com 250 gramas de comida por dia e meio litro de água. Este ato simbólico representava a escassez de alimentos em Jerusalém e o modo como as pessoas seriam forçadas a comer alimentos corrompidos enquanto cativos nas nações incrédulas.
Por que Ezequiel ficou mudo se era um profeta? E os profetas precisam falar… Ora, diante de um povo surdo às mensagens, às pregações, então Deus falou por sinais. Não diferente dos dias de hoje, quando até há muitos evangélicos religiosos, que vivem como se Deus não pudesse intervir em suas vidas. E as mensagens por sinais eram claríssimas. Hoje, há grande multidão indiferente aos sinais que antecedem a gloriosa vinda do Senhor Jesus e dos juízos que se aproximam pela Grande Tribulação.
No capítulo 5 – Ezequiel corta os cabelos e a barba. Estes atos são mensagens simbólicas significando a destruição do povo de Jerusalém através da fome, de pestes e pela espada. O profeta Ezequiel raspou a cabeça e sua barba com uma espada afiada e então dividiu seus cabelos em três partes iguais. Um terço foi queimado. Um terço foi cortado com uma espada. E o último terço espalhado pelo vento. Ezequiel parecia um louco! Tudo isso para sinalizar o que estava reservado para Judá e para Jerusalém. Um terço do povo morreria pelo fogo do cerco, pois a cidade de Jerusalém seria incendiada. Outro terço cairia pela espada, e os remanescentes, os restantes, seriam espalhados pelo vento.
No capítulo 6 – Ezequiel bateria os pés e com a palma das mãos para chamar a atenção de todos. Deus ordenou a Ezequiel que através destes dois gestos exteriores, ilustrasse o assombro, a indignação, o espanto, o desprazer, as dores, a tristeza e o chamado à humilhação, tanto pelos pecados expostos e contemplados, quanto pela profecia prevendo os juízos de Deus. O capítulo 6 de Ezequiel começa uma parte da mensagem maior que se completa no capítulo 7, objeto deste subtópico: a mensagem do capítulo 6 é que a idolatria de Judá atraiu a ira e o julgamento de Deus. E o capítulo 7 descreve a natureza deste juízo. Porém, mesmo diante da ira, Deus se lembra da misericórdia, e diz que salvará um restante.
Portanto, após estes comentários mais longos, porém, necessários para melhor entendermos o capítulo 7, resumimos, ao final, o capítulo objeto desta lição: uma série de mensagens predizendo os juízos sobre o povo. Deus é longânimo, porém não tolera o pecado. Por mil e quinhentos anos os profetas advertiram que Jerusalém seria destruída e a nação sofreria duros juízos se perseverassem. Agora, finalmente, no capítulo 7, Ezequiel avisa que o julgamento está às portas.
Ezequiel 7.2b: “Vem o fim, o fim vem sobre o fim sobre os quatro cantos da terra”.
O povo de Israel não cumpriu a sua missão de testemunhar de Deus. Então, Deus avisou que dariam testemunho de outra forma: por meio dos julgamentos que sofreriam. E os juízos abrangem a todos, sem acepção. Os juízos atingem a toda a terra. Os falsos profetas daquela época amenizavam e iludiam o povo pregando ´paz, paz´, como fazem os obreiros fraudulentos e insensatos de hoje, que pregam descrevendo a paz, a prosperidade, o conforto, pregando o Evangelho da abundância, quando estamos, pela verdade do Evangelho, vivendo o ´princípio das dores´, conforme alertou o Senhor Jesus em Mateus 24.8.
“Os quatro cantos da terra” equivalem, na expressão hebraica, aos pontos cardeais – norte, sul, leste e oeste.
A repetição ´vem o fim, o fim vem´ com ênfase, significa a iminência do juízo. Neste caso aqui, o fim é o cerco de Jerusalém e fim de Israel como nação. As repetições são para dar força às denúncias contra o pecado e invocam a punição como julgamento, como castigo certo contra a idolatria.
Ora, meus amados, quaisquer que sejam os juízos de Deus, sempre o pecado da incredulidade é a mãe deles. Nós sabemos que o dia da paciência, da longanimidade, da graça de Deus está se findando. Brevemente se ouvirá o grito: “Fechou a porta” – Mateus 25.10. Então virá o tempo da angústia sobre quem perseverou no pecado.
Ezequiel 3a: “Agora, vem o fim sobre ti…”.
Ezequiel 8a: “Agora, depressa derramarei o meu furor sobre ti…”.
De fato, ´agora´ ressalta o tempo presente, algo que acontecerá já, iminente. Ainda mais fortalecido pelo versículo 8, além de ´agora´ também é ´depressa´.
O medo ensina o que pelo amor não se quis aprender.
Às vezes, e muitas vezes, a aparente demora na aplicação das sentenças de Deus, é interpretada como um atraso de algo que parece que nunca virá. Eclesiastes 8.11 já há muito revela o nosso coração: “Visto como se não executa logo o juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal”. Perigoso demais persistir na prática do mundanismo, da carnalidade e do pecado. Se neste tempo da graça, quando Deus está retendo Seus juízos, não há arrependimento verdadeiro, o castigo será tão terrível quando, finalmente, vier.
Romanos 2.4 a 6: “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus, o qual recompensará cada um segundo as suas obras”. Também menciono aqui estes mesmos versículos na linguagem contemporânea da Bíblia Viva: “Será que não compreendem quão paciente Ele está sendo com vocês? Ou então, não se incomodam com isso? Não vêem que Ele tem esperado todo esse tempo sem castigá-los, a fim de dar tempo para que abandonem o pecado? Sua bondade tem a finalidade de levá-las ao arrependimento. Mas, vocês não querem ouvir, assim, estão guardando um castigo terrível para si mesmos, devido à teimosia de vocês em recusar-se a abandonar seus pecados, pois virá o dia da ira, quando Deus será o justo juiz do mundo inteiro. Ele dará a cada um segundo as suas obras merecem” – Bíblia Viva.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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