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17/11/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“E, Paulo tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas”. – Atos 15.40,41
O discipulado cristão forma discípulos de Cristo para que o imitem de forma que Deus seja glorificado na sociedade.
Atos 2.42-47; 20.1-4
Atos 2
42 – E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 – Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 – Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 – Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 – E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 – louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Atos 20
1 – Depois que cessou o alvoroço, Paulo chamou a si os discípulos e, abraçando-os, saiu para a Macedônia.
2 – E, havendo andado por aquelas terras e exortando-os com muitas palavras, veio à Grécia.
3 – Passando ali três meses e sendo-lhe pelos judeus postas ciladas, como tivesse de navegar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.
4 – E acompanhou-o, até à Ásia, Sópatro, de Bereia, e, dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo, e Gaio, de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.
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Bons estudos!
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Escrevendo a sua última carta, II Timóteo, Paulo comenta que foi nomeado como arauto do Evangelho, apóstolo e mestre. Leiamos II Timóteo 1.11: “Para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios”. Além, portanto, de ser chamado de “apóstolo dos gentios” – Romanos 11.13 – era também chamado de “doutor dos gentios”. Ele foi designado pelo Senhor Jesus para ser pregador, apóstolo e ensinador.
Continuando no estudo das lições da vida e ministério de Paulo, hoje veremos como ele serviu como ensinador na vida da Igreja.
As duas missões específicas da Igreja são:
1 – Salvar o que se perdeu;
2 – Conservar o que está salvo.
Pastor Antônio Gilberto, inesquecível mestre das Assembleias de Deus no Brasil, dizia que o evangelista clama: “Venha como está! “, e o pastor proclama: “Vede como fica!” Que o evangelista convida: “Venha ao Senhor! “, e o pastor ensina: “Permaneça no Senhor!”.
O que nos serve de base para o discipulado na Igreja, a causa de nossa ação no serviço de ensino discipulador ao novo-convertido, é a ordem do Senhor Jesus em Mateus 28.19 e 20: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!“.
Eis o grande propósito do Salvador: “Ide, ensinai todas as nações”. O mandamento do Senhor é para olhar a humanidade ao redor e conquistar os corações para Ele. Nós somos fracos para cumprir sozinhos esta missão, porém, o mandamento termina com a promessa garantidora da presença poderosa do Senhor: “Eis que eu estou convosco”.
O Senhor Jesus nos envia, pessoas tão frágeis como eu e você, porque Ele sabe o poder do Evangelho. Ele sabe que o poder do Espírito Santo tocará os corações. Cristo é o Todo-Poderoso que transforma as vidas para Ele mesmo!
Há uma característica especial nas cartas do apóstolo Paulo, sempre repetidas: a primeira parte das cartas ele trata da doutrina. A segunda parte das cartas ele trata da prática. Paulo parece ter entendido perfeitamente o que o Senhor Jesus disse em João 13.17: “Se sabeis estas coisas (doutrina – anotação nossa), bem-aventurados sois se as fizerdes (prática – anotação nossa)”.
A exposição da verdade do Evangelho, seguida de como é possível aplicar esta verdade de maneira prática, revela o nexo de harmonia entre a doutrina e o discipulado no ministério de Paulo.
A missão integral da Igreja, inclui o discipulado, cuja responsabilidade a Igreja tem diante do Senhor, e não a pode terceirizar ou transferir. É a Igreja que ensina como andar em Cristo, como viver em Cristo, como estar em Cristo. A Igreja que não se dedica ao ensino da Palavra de Deus, está desobedecendo ao mandamento direto do Senhor Jesus: pregar e ensinar.
Paulo é um exemplo para nós na questão do equilíbrio entre doutrina e prática cristã. A doutrina, o ensino continuado da Palavra de Deus, dá luz para o caminhar prático, dia a dia, do peregrino rumo ao Céu. Por exemplo, pela doutrina, o crente pratica a humildade e a gratidão a cada dia. Há um problema na doutrina sem a prática, que pode levar ao formalismo. E há um problema da prática sem a doutrina, que pode levar ao fanatismo.
Paulo ensinava logo após a conversão dos que ouviram a pregação do Evangelho. Tanto por obediência ao mandamento do Senhor Jesus, quanto por compromisso de amor pelos novos-convertidos.
Seu método era simples: ou permanecia, por um tempo suficiente, na cidade onde pregara o Evangelho, para ensinar-lhes a darem os primeiros passos na vida em Cristo, ou era auxiliado por cooperadores fiéis, tais como João Marcos, Timóteo, Silas, Tito e Áquila e Priscila e outros mais, que trabalhavam no discipulado.
Duas características tinham tais cooperadores do Evangelho: serviam assim, discipulando os novos-convertidos:
(1) tanto por amor a Cristo;
(2) quanto por amor ao apóstolo Paulo.
Viam em Paulo o seu ardente desejo de ver o Evangelho espalhado por todo o mundo de então. O amor a Cristo lhes deu a recompensa do céu. O amor ao apóstolo Paulo lhes recompensou por uma vida cristã ativa de muitas experiências. Observem o quanto Paulo os influenciou para o bem, pois ao seu redor se ajuntaram tantos obreiros de valor, companheiros de viagens e de trabalhos, testemunhando que Paulo era um ensinador por excelência. E isto nem poderia ter sido diferente, caso contrário, Paulo não poderia ter declarado que ensinava “todo o conselho de Deus” – Atos 20.27.
Permita-me perguntar para nossa reflexão: o irmão tem sido útil para o ministério?
Pastor Eliel Goulart
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