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09/07/2020
Este post é assinado por Eliel Goulart
“E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.” – Romanos 13.11
O despertamento espiritual é uma consequência da submissão à vontade de Deus.
Esdras 1.1-7; Neemias 1.1-3
1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, por boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá.
3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do SENHOR, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém.
4 E todo aquele que ficar em alguns lugares em que andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, afora as dádivas voluntárias para a Casa de Deus, que habita em Jerusalém.
5 Então, se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a Casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
6 E todos os que habitavam nos arredores lhes confortaram as mãos com objetos de prata, e com ouro, e com fazenda, e com gados, e com coisas preciosas, afora tudo o que voluntariamente se deu.
7 Também o rei Ciro tirou os utensílios da Casa do SENHOR, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém e que tinha posto na casa de seus deuses.
Neemias 1.1-3
1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2 que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam e que restaram do cativeiro e acerca de Jerusalém.
3 E disseram-me: Os restantes, que não foram levados para o cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo, e o muro de Jerusalém, fendido, e as suas portas, queimadas a fogo.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Despertamento ou avivamento espiritual são expressões idênticas. Na Bíblia não há distinção entre elas. A Bíblia registra tanto despertamento quanto avivamento como palavras de sentidos similares.
Neste trimestre vamos aprender juntos sobre o período histórico do despertamento espiritual desde o fim do cativeiro na Babilônia até o transcorrer do governo de Neemias, abrangendo os anos de 536 a. C. até o ano de 434 a. C., relembrando que esta cronologia é contada em ordem decrescente e, ao contrário, este período histórico que nós vivemos, a cronologia é contada em ordem crescente, sendo o divisor, justamente, o antes e depois de Cristo.
E nesta Lição 2, especificamente, temos a oportunidade abençoada de aprender ou rever que o despertamento bíblico e espiritual é um milagre. Qual é a sua origem, seus objetivos, suas finalidades e também fortalecer nossa fé quanto à verdade inabalável de que Deus cumpre as Suas promessas.
Esdras 1.1 – “No primeiro ano de Ciro (…), despertou o Senhor o espírito de Ciro…”
A boa mão do Senhor tocou em Ciro, e este permitiu, através de decreto, que os judeus regressassem do exílio babilônico com a finalidade de reconstruir o templo, pois este estava em ruínas. E, por consequência, também iriam reconstruir os muros de Jerusalém.
Ciro foi um instrumento nas mãos do Senhor para cumprir a vontade soberana do nosso Deus. Observamos bem isto na primeira Lição.
O rei Ciro não agiu por si mesmo, por sua própria vontade, mas foi um servo do Deus Altíssimo, para executar a Sua vontade divina.
Vamos falar brevemente sobre a vontade de Deus.
A Bíblia, frequentemente, menciona a vontade de Deus e usa vários termos para descrever o sentido e a ideia da expressão ´vontade de Deus´. Não vamos nos deter em comentar dos vários vocábulos linguísticos, mas tão somente registrar que no Antigo Testamento as principais são três. E no Novo Testamento são também três palavras principalmente. O mais importante é saber que todas os termos originais, tanto no hebraico quanto no grego, indicam a vontade de Deus como o fundamento definitivo de todas as coisas.
Toda a Escritura é, primariamente, a revelação da vontade de Deus. Toda a Bíblia é, essencialmente, a revelação do propósito redentor de Deus, através de Cristo Jesus e, a maioria das citações bíblicas sobre a vontade de Deus, se referem a este propósito eterno. Refiro-me ao plano eterno de Deus para redenção da humanidade por Cristo Jesus.
A Teologia classifica a vontade de Deus como decretada ou perceptiva. E há vontade diretiva e a vontade permissiva de Deus.
A vontade decretada é atributo divino e mediante o qual Deus determina o que Ele fará, e esta vontade é conhecida somente por Ele. Vou citar dois versículos que se referem à vontade decretada de Deus. No Antigo Testamento, Salmo 115.3 – “Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz.” Na edição Almeida Atualizada: “No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada.” No Novo Testamento, citamos Efésios 1.11 – “Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade.” – Almeida Revista e Atualizada.
A vontade perceptiva de Deus é a Sua vontade revelada. Aquele atributo divino pelo qual Deus nos fala o que fazer. Onde ela está revelada? Nas Escrituras Sagradas! Dois versículos como referências à vontade perceptiva ou revelada de Deus. No Antigo Testamento, Deuteronômio 30.14 – “Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a fazeres.” Paulo citou este versículo em Romanos 10.8. No Novo Testamento, Mateus 7.21 é referência à vontade revelada de Deus: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”
A vontade perceptiva, ou revelada de Deus, é também conhecida como vontade objetiva de Deus.
Um versículo que distingue bem a vontade decretada (chamada também de oculta) de Deus de Sua vontade revelada, é o de Deuteronômio 29.29 – “As coisas encobertas são para o SENHOR, nosso Deus; porém as reveladas são para nós e para nossos filhos, para sempre, para cumprirmos todas as palavras desta lei.”
E há também a distinção entre a vontade diretiva e a vontade permissiva de Deus.
A vontade diretiva advém da direção determinante de Deus, ou seja, provém do propósito de Deus. É o que chamamos de ´plano de Deus´. Aliás, no grego temos a palavra boule, e ela se encontra muito explicativa em Atos 4.28 – “Para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho (boule), tinham anteriormente determinado que se havia de fazer.”
A vontade diretiva de Deus é chamada também de vontade eficaz: aquilo que Deus deseja. Não se trata de ter o consentimento do Senhor, mas de ter a direção ativa, determinante, de ter o conselho eficaz Dele. Como tal se dá na vida do crente? De maneiras variadas: pela Palavra já revelada das Escrituras, por meio de sonhos ou visões, de profecia específica (mas que pode pôr à prova sem nenhum receio).
A vontade permissiva de Deus trata-se do consentimento, da autorização, ou seja, da permissão divina, para que ocorra pela intervenção do homem. Dois rápidos exemplos ilustrativos: Deuteronômio 1.22 – “Então, todos vós vos chegastes a mim e dissestes: Mandemos homens adiante de nós, para que nos espiem a terra e nos deem resposta por que caminho devemos subir a ela e a que cidades devemos ir.” O Senhor já antes descrevera que a terra era boa, e dela manava leite e mel. Para que espiar, então? Era somente entrar e tomar posse. Deus permitiu que espiões fossem enviados. Abraão, em Gênesis capítulo 12 desce ao Egito sem consultar ao Senhor. Ele estava no lugar da vontade diretiva de Deus, mas veio a provação da fome, e então ouviu que no Egito havia abundância de alimentos (e o que ouvimos e a quem ouvimos pode determinar nosso destino!), então ele foi para o Egito na vontade permissiva de Deus. Tanto para Israel quanto para Abraão, os resultados não foram bons. Ainda que, posteriormente, a intervenção do Senhor na vida de Abraão o trouxe de volta ao centro da vontade eficaz Dele, as consequências, que poderiam ser evitadas, perduram até hoje.
Concluo este subtópico citando o teólogo holandês Herman Bavinck (1854-1921), que no seu conhecido livro “A doutrina de Deus”, assim resumiu a posição bíblica sobre a vontade de Deus: “A vontade de Deus é idêntica à existência de Deus (…), idêntica a todos os Seus atributos. E é por essa razão que o coração e a mente do homem podem descansar nessa vontade, porque é a vontade, não do destino ou da fatalidade cega, nem da sorte imprevisível, nem da energia obscura da natureza, mas do Deus Onipotente e do Pai misericordioso.”
Pastor Eliel Goulart
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