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22/08/2019
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo, porquanto os dias são maus.” – Efésios 5.15,16.
Não se pode recuperar o tempo perdido, por isso, é indispensável aproveitar diligentemente o tempo que Deus nos concede.
Eclesiastes 3.1-8
1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu:
2 há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
3 tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar;
4 tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar;
5 tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar;
6 tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7 tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar;
8 tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
O tempo é uma dádiva de grande valor concedida por nosso Criador, e a gestão dele deve ser com sabedoria.
Mateus 6.33 – “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas serão acrescentadas.”
O reino de Deus é a prioridade na vida do crente, sempre. Claro que não é errado cuidar das coisas indispensáveis à nossa vida material. O erro está em três preocupações:
1 – preocupação desequilibrada;
2 – preocupação angustiosa;
3 – preocupação excessiva – ansiedade.
Pois, tais preocupações expressam a falta de fé no cuidado do Pai.
A questão aqui é a harmonia entre os afazeres cotidianos e a vida devocional que o crente cultiva.
O texto base – a Leitura Bíblica em Classe – ensina-nos que tudo que fazemos nesta nossa peregrinação tem o seu tempo determinado. O acaso não é uma entidade. O acaso (*) não causa nada. E como nada, o acaso sequer existe. Neste sentido, Eclesiastes capítulo 3 nos instrui que nada deve ser deixado ao acaso.
Mas, há aqui o princípio da harmonia. Aproveitar as oportunidades no tempo que nos é concedido exige:
1 – sabedoria – a capacidade de penetrar a essência e o propósito das coisas, e a maneira reta de alcançar tal propósito;
2 – diligência – cuidado que nos move a agir com interesse, com presteza, cuidado e providência para alcançar um fim ou executar uma tarefa;
3 – discernimento – a perspicácia, a percepção que capacita a compreender e avaliar com clareza as situações e as coisas.
Esta lição trata da gestão do tempo como concessão de Deus a nós, e do fato inexorável de que prestaremos conta dele.
(*) A compreensão da palavra ´acaso´ depende, em parte, de qual acepção é usada. Há uma confusão com os dois usos: primeiro, acaso como probabilidade. Segundo o acaso como causa inteligente.
Probabilidade: Quando um dado é jogado, as probabilidades são de um em seis que dará o número seis. Isto não é causado pelo acaso (que não tem poder de causar nada), mas é probabilidade matemática. O acaso não faz com que o dado dê seis, quando jogado.
Acaso como causa inteligente. Causas inteligentes podem sobrepor-se. Um homem – um ser racional – enterra um tesouro. Outro o encontra ao cavar o alicerce de uma casa. Isto é fenômeno natural. O acaso não causa nada. O que parece ser ato aleatório, na verdade tem propósito racional. (Adaptado de Norman Geisler – Respostas aos Críticos da Fé Cristã – verbete Acaso).
O Dicionário Houaiss anota que “tempo é a duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro, período contínuo no qual os eventos se sucedem.”
Quando este período é considerado pelos acontecimentos ocorridos nele, então tempo tem o sentido de época.
Em geral as palavras são ou unívocas, ou equívocas ou plurívocas. Tempo é plurívoca.
As palavras plurívocas tem mais de um sentido. O próprio Dicionário Houaiss registra catorze acepções, além de uma longa lista do uso da palavra tempo por definições diversas. Ou seja, tempo gramatical, tempo na Astronomia, tempo na Música, na Ciência da Computação e em outras variadas expressões.
A Sociologia apresenta o tempo em dois aspectos diferentes:
1 – Tempo medido;
2 – Tempo vivido.
Os que agem considerando somente o ´tempo medido´ estão algemados às coisas que fazem dentro deste tempo.
Comparamos o ´tempo vivido´ no sentido mais elevado de “contar os nossos dias” – Salmo 90.12 – ou seja, a gestão do tempo concedido por Deus a nós é para a prática do bem, do que é agradável a Deus e que resulte em glória ao Seu Nome.
O conceito de tempo no sentido que o Dicionário Houaiss primeiramente lhe dá, é o que nos interessa nesta Lição, além das definições de tempo no sentido bíblico e na Teologia, os quais veremos no subtópico seguinte.
A Bíblia considera o tempo como criado, onde os propósitos de Deus são realizados.
Este é um princípio essencial na mordomia do tempo: reconhecer que Deus é o Senhor do tempo, portanto, a administração, a mordomia, a gestão do tempo por nós, tornam-se a administração, a gestão do tempo de Deus.
Salmo 31.15 – “Os meus tempos estão nas tuas mãos…”
Atos 17.23 – “E de um só fez toda a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação.”
Quem reconhece este princípio, age e anda em submissão ao Senhor!
Quando nos submetemos à administração de Deus na nossa vida, também administramos bem o tempo de Deus concedido a nós.
A nossa mordomia do tempo que o Senhor nos concede deva ser considerada em dois aspectos:
1 – no temporal – porque a vida é temporal. Deus pôs limite aos nossos dias. Trata-se do limite físico, neste sentido o tempo é tão passageiro. Jó 9.25 – “Os meus dias são mais velozes do que um corredor…” –
Salmo 90.9 e 10 – “Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; acabam-se os nossos anos como um conto ligeiro. A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos.” Por isso, o conselho de Paulo, na inspiração do Espírito Santo, em Colossenses 4.5 – Almeida Revista e Atualizada – “…aproveitai as oportunidades.”
2 – no eterno – trata-se aqui do tempo depois da vida física. Há o tempo após esta vida que é superior em importância para nós, mas a certeza de vive-lo na presença de Deus é alcançada no tempo desta vida física, na gestão do tempo que se chama AGORA, com sabedoria e temor a Deus.
Eclesiastes 12.13 e 14 – “De tudo o que se tem ouvido o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”
Gênesis 1.1 – “No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
“Bereshit”, substantivo feminino no hebraico, com definição curta de ´no começo´, ´no princípio´. Tem também o sentido de ´os primeiros frutos´ e ocorre 51 vezes no Antigo Testamento. (Strong).
Bereshit é, inclusive, o nome do livro de Gênesis na Bíblia Hebraica.
Aqui, ´no princípio´, tem o sentido de ´desde a eternidade´. Como nunca houve um tempo em que Deus não existisse, e como estar ativo é parte essencial de Seu Ser – João 5.17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” – então o processo de chamar as coisas à existência quando e como Ele desejou – Apocalipse 4.11 – “…porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” – cremos que Deus agiu de acordo com alguma lei universal da qual Ele mesmo é o Autor, e a qual chamo de lei da vontade de Deus.
João 1.1 e 2 – “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus.”
No Novo Testamento, ´no princípio´ trata-se do grego – também substantivo feminino – arché (pronuncia-se ´ar-khay´). Propriamente, desde o início, no sentido temporal, ou seja, desde o ponto inicial, tendo o sentido figurado de ´o que vem primeiro´. Ocorre 56 vezes no Novo Testamento. (Strong).
Em Gênesis, é o princípio da criação.
Em João, é o princípio da revelação.
Chronos é o tempo do calendário. O tempo que pode ser cronometrado, medido. Designa, formalmente, um espaço de tempo. Trata-se do tempo sequencial.
Kairós é o tempo da oportunidade. Inclusive, tem também o sentido de eternidade, ou seja, não pode ser medido. No Novo Testamento, é ´o tempo de Deus´.
Chronos expressa a natureza quantitativa.
Kairós descreve a forma qualitativa.
Agostinho (354-430), sabiamente afirma que “na eternidade, […] nada passa, tudo é presente”, sendo um “sempre presente”, um “eterno hoje”, ao passo que no tempo chronos as coisas passam.
Pastor Eliel Goulart
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