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05/09/2018
Esse post é assinado por Eliel Goulart
“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” – João 8.12.
Tal como as lâmpadas do Tabernáculo brilhavam continuamente, assim devemos nós resplandecer neste mundo de apostasias, iniquidades e trevas.
Levítico 24.1-4
1 E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
2 Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite de oliveira, puro, batido, para a luminária, para acender as lâmpadas continuamente.
3 Arão as porá em ordem perante o Senhor continuamente, desde a tarde até à manhã, fora do véu do Testemunho, na tenda da congregação; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações.
4 Sobre o castiçal puro porá em ordem as lâmpadas perante o Senhor continuamente.
Paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra tradução, a mesma é mencionada.
A palavra chave da Leitura Bíblica é “continuamente”.
Refere-se ao fogo do altar de bronze e às lâmpadas do candelabro. Este se localizava no lugar santo.
E para ambos a ordem era comum: o fogo deveria arder continuamente. Sem interrupção, as lâmpadas eram supridas com azeite, para que, continuamente, o lugar santo fosse iluminado.
Por quatro vezes lemos a palavra “continuamente” em Levítico capítulo 24: nos versículos 2, 3, 4 e 8.
“Continuamente” – hebraico tamid – consta 104 vezes no Antigo Testamento. Com o significado de “continuar sem interrupção”. Com extensão indefinida. (Strong).
O Senhor Jesus é a Luz tanto de Sua igreja, quanto é a Luz do mundo. E o brilho é através da Palavra. No lugar santo, a luz do candelabro brilhava e via-se os pães dispostos na mesa da proposição. A Luz de Cristo ilumina-nos na Palavra de Cristo.
Há três revelações de Deus no Novo Testamento:
1 – Deus é amor – 1ª João 4.8;
2 – Deus é espírito – João 4.24;
3 – Deus é luz – I ª João 1.5.
Meus amados, em meio a este mundo tenebroso – Efésios 6.12 – os crentes estamos resplandecendo como a “astros no mundo” – Filipenses 2.15. Mateus 5.16: “ Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens…”.
Nós estamos como representantes de Cristo, e brilhamos em meio a este mundo de trevas, nunca por nossos dons naturais, mas pela graça. Deve haver azeite de oliveira batido, das oliveiras do Israel de Deus. Não apenas talento e ânimo naturais.
O candelabro era a única luz. Assim é a Igreja.
Se um farol numa ilhota do mar fosse obscurecido, quantas embarcações se perderiam em consequência da escuridão e desorientação. Assim também, quantas almas podem perecer se o crente não brilhar em meio ao seu viver!
Êxodo 25.31 a 35 – “Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo. E dos seus lados sairão seis canas: três canas do castiçal de um lado dele e três canas do castiçal do outro lado dele. Numa cana haverá três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copos a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor; assim serão as seis canas que saem do castiçal. Mas no castiçal mesmo haverá quatro copos a modo de amêndoas, com suas maçãs e com suas flores; e uma maçã debaixo de duas canas que saem dele; e ainda uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele; e ainda mais uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele: assim se fará com as seis canas que saem do castiçal.”
O candelabro de ouro era composto de um caule reto, erguendo-se perpendicularmente de uma base e tendo em cada lado três braços ou galhos curvos, todos no mesmo plano, e todos subindo para o mesmo nível. O caule e os braços eram ornamentados com representações de flores amêndoas, de romãs e de lírios.
O candelabro de ouro era de ouro puro batido, assim como os querubins no Lugar Santo dos Santos. Todas as partes do castiçal formavam uma só peça inteiriça: base, as hastes, os bocais e as flores de enfeite. Havia uma vareta central e de cada lado três hastes. A haste central e os braços eram ornamentados com representações de flores de amêndoas, de romãs e de lírios.
No Arco de Tito, erguido por volta do ano 82, por Domiciano, que era irmão do imperador Tito, em comemoração às suas vitórias militares, principalmente pela conquista de Jerusalém, há um relevo mostrando o candelabro de ouro saqueado do Templo de Jerusalém, dando provavelmente a melhor ideia de como era.
Êxodo 30.8 diz-nos que as lâmpadas deviam ser acesas ao mesmo tempo, pelo sacerdote: “E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o Senhor pelas vossas gerações.”
Êxodo 27.7 informa-nos que deviam queimar de tarde e de manhã: “Na tenda da congregação fora do véu, que está diante do Testemunho, Arão e seus filhos as porão em ordem, desde a tarde até pela manhã, perante o Senhor; um estatuto perpétuo será este, pelas suas gerações, aos filhos de Israel.”
A fabricação foi feita sob supervisão de Bezalel – Êxodo 31.1 a 5:
“Depois, falou o Senhor a Moisés, dizendo: Eis que eu tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, de sabedoria, e de entendimento, e de ciência em todo artifício, para inventar invenções, e trabalhar em ouro, e em prata, e em cobre, e em lavramento de pedras para engastar, e em artifício de madeira, para trabalhar em todo lavor.”
Bezalel ou Bezaleel significa “à sombra de Deus”. Ou seja, “na proteção de Deus”. Filho de Uri, que significa “luz”, ou no sentido de “ardente”. Filho de Hur, cujo nome é de significado duvidoso e incerto. Há indicações de que signifique “branco”, pela origem em outra palavra hebraico com tal definição. (Strong). Era da tribo de Judá, cujo nome significa “louvor”.
Foi especificamente capacitado pelo Espírito Santo, com sabedoria, inteligência e conhecimento. Com habilidade de trabalhar para trabalhar com cinco materiais: ouro, prata, bronze, pedras e madeira.
Aproveita-nos como lição prática para nossa vida espiritual: para servir ao Senhor, devemos submeter-nos à direção plena do Espírito Santo, que nos conduz a exaltar ao Senhor Jesus. Estar à sombra de Deus, dependendo do Senhor. E andar na luz, do Senhor e de Sua Palavra. Com pureza, ou seja, sem misturas ou manchas malcheirosas de pecado, quais nódoas nas nossas vestes espirituais, que devam estar branqueadas no sangue do Cordeiro. E servindo com louvor e alegria, no espírito de adoração.
Colossenses 1.9 repete este trio de dons: “Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual.”
Servimos trabalhando com “ouro” – toda a glória é do Senhor Jesus. Com “prata” – sempre servindo ao Reino de Deus nos seus propósitos de salvação. E sabendo trabalhar com “bronze”, símbolo de juízo ou julgamento, não nosso, mas do Justo Juiz de toda a terra, entregando todas as coisas a quem julga retamente. O Espírito Santo nos ajuda e capacita para tanto servimos em situações maleáveis (madeira) quanto nas mais duras provas (pedra).
Pastor Eliel Goulart
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