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23/08/2024
“Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei? “-Éster 3.3
Como cristãos, estamos sujeitos a conflitos ético-morais e devemos decidir sempre de acordo com a vontade e a orientação de Deus.
Ester 2.21-23; 3.1-6
Ester 2
21 Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois camareiros do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram, e procuraram atentar contra o rei Assuero.
22 E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.
23 E perguntou-se o negócio, e se descobriu, e ambos foram suspensos numa força; e foi escrito nas crônicas perante o rei.
Ester 3
1 Depois dessas coisas, o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou; e pôs o seu lugar acima de todos os príncipes que estavam com ele.
2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinaram e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
3 Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas o mandado do rei?
4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isso, de dia em dia, e não lhes dando ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele tinha declarado que era judeu.
5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
6 Porém, nos seus olhos, teve em pouco o pôr as mãos só sobre Mardoqueu (porque lhe foi declarado o povo de Mardoqueu); Hamã, pois, autoridades destruíram todos os judeus que havia em todo o reino de Assuero, ao povo de Mardoqueu.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma será mencionada.
Na sequência do estudo do livro de Ester, veremos hoje o trecho compreendido entre Ester 2.20 e Ester 3.6, que nos relatam dois fatos: (1) a descoberta de uma conspiração contra o rei Assuero por parte de Mardoqueu; (2) a ascensão ao poder de Hamã e o ódio que ele passou a nutrir contra Mardoqueu, que se estendeu até ao seu povo judeu.
Ester 2.21: “Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do rei, dois camareiros do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente se indignaram, e procuraram atentar contra o rei Assuero”.
Um dia, quando Mordecai estava de serviço à porta do rei, dois oficais do rei chamados Bigtã – significado em persa: ´dom de Deus´ – e Teres – significado: ´austero´ – que eram guardas dos aposentos privados do rei, ficaram irados contra o rei Xerxes e conspiraram para matá-lo. E Mardoqueu soube disso.
Ora, numa lista de 15 reis que governaram durante os anos do império Persa, a história registra que a maioria, ou seja, oito morreram assassinados. As intrigas palacianas eram comuns naqueles dias da antiguidade.
Tiago 3.16: “Porque, onde há inveja e espírito faccioso, aí há perturbação e toda obra perversa”.
Neste ambiente mundano, portanto, faccioso, também o crente pode ser envolvido em intrigas e mexericos, sobretudo, se sair de sua posição de temor de Deus. Ester 2.1 diz-nos que Mardoqueu estava à porta do rei. Estava, portanto, no lugar que devia estar. Nem aquém e nem além. Por maiores que sejam as provações, o temor de Deus nos guarde de ambições desmedidas, de irmos além da ´porta do rei´, além da posição a qual o Senhor nos pôs. E nem as dificuldades da posição onde estamos, seja motivo para recuarmos, avaliando que estamos menosprezados. Deixar a posição que o Senhor nos tem dado na vida da Igreja, é causa de muitas perdas e sofrimentos.
Ester 2.22: “E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu”.
É sempre perigoso interferir nas tramas mundanas de homens sem escrúpulos. Sempre é necessário ter certeza absoluta do lugar em que estamos a pisar, antes de acusar alguém de infidelidade de qualquer tipo ou grau – Êxodo 23.7: “De palavras de falsidade te afastarás…”. Em outras palavras: ´Fique longe de falsas acusações”.
Mardoqueu era um crente tanto prudente quanto leal. Ele se certificou dos fatos e, por meio de Ester, fez saber ao rei. Ester deu o crédito da informação ao seu primo Mardoqueu, mas não divulgou que era seu parente.
Mardoqueu estava à porta do rei. Apesar da posição humilde, no presente, foi fiel ao seu dever. Alguém pode, a princípio, estar numa posição que não seja, aparentemente, promissora nem em seu dever e nem em suas recompensas, mas a fidelidade perseverante marca profundamente, chama a atenção e torna tal crente frutífero em boas obras.
Ester 2.23: “E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e ambos foram pendurados numa forca; e foi escrito nas crônicas perante o rei”.
Foi feita uma investigação, e ambos os oficiais do rei foram considerados culpados e sentenciado à morte numa forca de madeira. E tudo isso foi registrado num livro da história do rei Xerxes.
Deus honra os que honram a Ele e aos princípios de Sua Palavra. A recompensa de ter resistido e superado o mal, de ter sido fiel apesar de todo o risco, é melhor para a consciência cristã e para o coração temente, do que muito ouro! Ainda que não seja reconhecido imediatamente, no tempo de Deus será honrado. Até mesmo o mundo, de tantas injustiças, parece a longo prazo considerar os atos nobres que, no passado, passaram despercebidos.
A lealdade de Mardoqueu foi registrada num livro e lá ficaria esquecida. No entanto, na soberania de Deus, chegou um dia em que o registo reencontrou os ouvidos e olhos do rei, tocou ao seu coração e trouxe honra ao judeu Mardoqueu, funcionário público daquela época do maior império de então.
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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