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04/08/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim”. – 2 Reis 2.9
A história de Elias e Eliseu nos inspira a andarmos com pessoas que desfrutam de intimidade com Deus e que, por isso, vale a pena serem seguidas e imitadas.
2 Reis 2.1-15
1 – Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal.
2 – E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim foram a Betel.
3 – Então, os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos.
4 – E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim vieram a Jericó.
5 – Então, os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: Sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor por de cima da tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos.
6 – E Elias disse: Fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou ao Jordão. Mas ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que te não deixarei. E assim ambos foram juntos.
7 – E foram cinquenta homens dos filhos dos profetas e, de longe, pararam defronte; e eles ambos pararam junto ao Jordão.
8 – Então Elias tomou a sua capa, e a dobrou, e feriu as águas, as quais se dividiram para as duas bandas; e passaram ambos em seco.
9 – Sucedeu, pois, que, havendo eles passado, Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.
10 – E disse: Coisa dura pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará; porém, se não, não se fará.
11 – E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
12 – O que vendo Eliseu, clamou: Meu pai, meu pai, carros de Israel e seus cavaleiros! E nunca mais o viu; e, tomando das suas vestes, as rasgou em duas partes.
13 – Também levantou a capa de Elias, que lhe caíra; e voltou-se e parou à borda do Jordão.
14 – E tomou a capa de Elias, que lhe caíra, e feriu as águas, e disse: Onde está o SENHOR, Deus de Elias? Então, feriu as águas, e se dividiram elas para uma e outra banda; e Eliseu passou.
15 – Vendo-o, pois, os filhos dos profetas que estavam defronte em Jericó, disseram: O espírito de Elias repousa sobre Eliseu. E vieram-lhe ao encontro e se prostraram diante dele em terra.
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A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Dando prosseguimento aos estudos dos livros de Iº e IIº Reis, veremos hoje o fim do ministério de Elias e o começo do ministério de Eliseu.
Eclesiastes 1.4a: “Uma geração vai, e outra geração vem.” Sabendo disso, temos oportunidade de, após esta lição de hoje, rever nossos caminhos, conceitos e valores. No original hebraico, este início do versículo está representado no particípio com o sentido de continuidade de ação: continuamente indo e vindo. Elias representa, neste capítulo 2 de II Reis, a geração indo e Eliseu representa a geração vindo. Continuamente há uma geração indo e outra geração vindo. O essencial é o como vai e o como vem.
Se estamos na geração que está indo, que possamos ir deixando mais peso de feitos de vitórias, de amizades inesquecíveis, de comunhão com Deus e sendo padrão dos fiéis no amor, no trato, no procedimento, na fé, na pureza e no espírito.
Se estamos na geração que vem, que venhamos com fidelidade, lealdade, convicção de fé, companheirismo, sucedendo com amor e aproveitando as oportunidades com humildade.
Em I Reis capítulo 19.4, o profeta Elias, desanimado ao extremo porque o povo de Israel não se converteu plenamente, e Jezabel ainda continuava influente junto ao trono com o seu marido Acabe, pediu a morte, dizendo: “Já basta, ó Senhor.”
Porém, o Senhor é quem chama e quem diz que basta. O Senhor é quem põe o homem chamado, no ministério, e é quem determina o término.
Quem tem aspiração ministerial, excelente obra almeja – I Timóteo 3.1. Por interessante, a palavra grega para ´aspiração´ é o verbo orégomai, que significa literalmente ´esticar-se para tocar algo´. Com o sentido de inclinar-se para pegar algo. Donde tornou-se uma palavra ilustrativa de ´desejar, almejar, aspirar”.
Aspiração conduz a pôr-se à disposição. Porém, disposição não é imposição. Nem para o dia do começo da carreira ministerial e nem para o dia do fim. Quem diz que basta é o Senhor. E Elias aprendeu da soberania de Deus sobre isso. Em I Reis 19.7 está a determinação divina: “Mui comprido te será o caminho.” E a carreira do profeta prosseguiu, vindo, depois, a ungir a Hazael como rei da Síria; a Jeú, filho de Ninsi, como rei de Israel e, também, a Eliseu, filho de Safate, como o profeta que o substituiria, começando a prepará-lo como sucessor – I Reis 19.15 e 16.
O profeta Elias foi um dos dois homens do Antigo Testamento que foram traslados sem ver a morte. O outro foi Enoque, conforme Gênesis 5.24.
Porém, a grandeza ministerial de Elias não se deveu a esta bênção extraordinária.
Elias anunciou uma seca de três anos e meio. Desafiou o rei Acabe e a Jezabel, e à falsidade de Baal e Aserá, no monte Carmelo. Em seu ministério tiveram três manifestações de fogo do céu. Orou pedindo o fim da seca e foi atendido. Pronunciou, em nome do Senhor, a sentença de condenação e morte sobre Acabe e sua perversa mulher, Jezabel. Foi alimentado por corvos, por uma viúva, que por declaração profética de Elias, teve provisão sobrenatural de Deus. Ele foi atendido por ministério de um anjo. Ele ouviu a voz de Deus, estando numa caverna. E repartiu as águas do rio Jordão, batendo nele com a sua capa, em nome do Senhor.
Estes fatos, e outros mais, são bênçãos maravilhosas. Mas, não são, essencialmente, a maior grandeza do ministério de Elias. Então, qual é o fato maior, melhor e mais excelente que traz grandeza ao ministério do profeta Elias? A sua intimidade com Deus. A sua comunhão com Deus. A presença de Deus na vida e na carreira ministerial, traz a grandeza de alma, incomparável a quaisquer outros fatos e eventos na biografia de um servo do Senhor.
Neste capítulo 2 de II Reis, Elias e Eliseu passaram por quatro lugares.
O primeiro lugar foi Gilgal, onde Elias soube que seu ministério breve chegaria ao término.
Gilgal significa ´círculo de pedras´. Foi o primeiro acampamento de Israel, depois de atravessarem o rio Jordão e, enquanto durou a conquista de Canaã, foi o seu quartel-general.
Foi ali que Josué cumpriu a ordenança da circuncisão, antes de prosseguir na conquista da Terra Prometida. Espiritualmente, é onde tratamos com a nossa carne, e nos despojamos dela com seus vícios pertinazes. Gilgal representa, espiritualmente, o lugar onde é removido o ´opróbrio do Egito´, ou como diz Colossenses 2.11: “Nele também vocês foram circuncidados, não com uma circuncisão feita por mãos humanas, mas com a circuncisão feita por Cristo, que é o despojar do corpo da carne” – Nova Versão Internacional.
Gilgal é o início da caminhada ao arrebatamento, pois o Egito tem que ser removido de dentro de nós. Como diziam antigos pregadores: saímos do Egito e o Egito deve sair de dentro de nós! Gilgal, portanto, representa onde rompemos com a velha natureza desde o homem interior, desde o coração.
O segundo lugar por onde passaram foi Betel. Que significa ´Casa de Deus´. Aponta para o viver da vida da Igreja. Estar em comunhão com o povo de Deus. Não é possível ao crente prosseguir separado do Corpo de Cristo. Betel é citado pela primeira vez em Gênesis 12.8, e ali o crente Abraão edificou um altar e invocou o nome do Senhor. Altar simboliza comunhão e comunicação com Deus, adoração a Deus. E o sacrifício que se faz nele simboliza nossa entrega plena, completa, inteira ao Senhor. Para prosseguir ao momento repentino do arrebatamento, precisamos passar por Betel.
Por terceiro, passaram por Jericó. O nome desta cidade significa ´lugar de suave cheiro´ ou ´lugar das ´fragrâncias´. Ilustrativamente, remete ao nosso testemunho durante a peregrinação neste mundo. IIª Coríntios 2.14: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento” – Almeida Revista e Atualizada. Antes do arrebatamento, temos as oportunidades de atrair outros a Cristo, para que eles também participem desta promessa.
Por final, ambos chegaram ao quarto local, registrado neste II Reis capítulo 2, ou seja, ao rio Jordão. Este nome significa ´que desce do alto´. O lugar derradeiro antes de Elias ser trasladado ao céu. Portanto, significa a esperança do arrebatamento. O dia final da nossa caminhada. O estágio final da nossa peregrinação.
Pastor Eliel Goulart
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