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29/06/2021
Este post é assinado por Eliel Goulart
“E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor”. – I Reis 8.11
O pedido de sabedoria feito por Salomão a Deus, aponta para a maturidade espiritual que Deus deseja para seus filhos.
I Reis 4.29-34; 6.1,11-14
I Reis 4
29 – E deu Deus a Salomão sabedoria, e muitíssimo entendimento, e largueza de coração, como a areia que está na praia do mar.
30 – E era a sabedoria de Salomão maior do que a sabedoria de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios.
31 – E era ele ainda mais sábio do que todos os homens, e do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, e Calcol, e Darda, filhos de Maol; e correu o seu nome por todas as nações em redor.
32 – E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco.
33 – Também falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que nasce na parede; também falou dos animais, e das aves, e dos répteis, e dos peixes.
34 – E vinham de todos os povos a ouvir a sabedoria de Salomão e de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria.
I Reis 16
1 – E sucedeu que, no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, no ano quarto do reinado de Salomão sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), Salomão começou a edificar a Casa do Senhor.
11 – Então, veio a palavra do Senhor a Salomão, dizendo:
12 – Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e fizeres os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, confirmarei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai;
13 – e habitarei no meio dos filhos de Israel e não desampararei o meu povo de Israel.
14 – Assim edificou Salomão aquela casa e a aperfeiçoou.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Neste terceiro trimestre de 2021, estudaremos o Iº e o IIº livros dos Reis. O autor destes livros é desconhecido, porém, cogita-se ser compilação do profeta Jeremias.
A narrativa das ações de Iº e IIº Reis cobre desde a morte do rei Davi até o cativeiro do Reino de Judá, somando 426 anos. Como curiosidade, houve 41 guerras em todos estes anos, o que dá a média de uma guerra a cada dez anos.
O conteúdo dos dois livros abrange o estabelecimento do Reino de Salomão e também o seu reinado, até o declínio e divisão do Reino, mais o início e o fim do ministério do profeta Elias, o ministério do profeta Eliseu, o declínio e queda do Reino de Israel, conhecido também como Reino do Norte, e o declínio e queda do Reino de Judá.
Nestas lições, aprenderemos o porquê a linhagem real de Davi não continuou para sempre e porque Israel foi para o cativeiro.
Em termos espirituais, a lição geral que temos nos livros dos Reis, divide-se em dois princípios:
Em termos bíblicos, virtude é uma qualidade que se conforma com a vontade de Deus e com a obediência à Palavra de Deus. Que se harmoniza com o alto padrão moral divino.
I Reis 3.5: “E em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos e disse-lhe Deus: Pede o que quiseres que te dê”.
Gibeão era uma cidade da tribo de Benjamin, localizada a noroeste de Jerusalém.
Deus falou a Salomão através de sonhos. Desde os primeiros estágios da revelação divina, Deus dá a conhecer a Sua vontade, também através de sonhos. Basta-nos relembrar dos sonhos dados a Abraão – Gênesis 15.12 – a Jacó – Gênesis 28.12 a 15 e a José – Gênesis 37.5 a 10. Inclusive, José falou do sonho de Faraó como enviado por Deus – Gênesis 41.25.
Portanto, Salomão foi a Gibeão buscar a ajuda de Deus para o seu reinado. Se ali não estava a Arca da Aliança, com a graça da presença do Senhor, porém, a presença Dele foi suprida pela revelação direta em sonho quando o Senhor apareceu, assim, ao rei Salomão.
Quando se diz que o Senhor ´apareceu a Salomão´ é equivalente a ´revelação´. A resposta aos sacrifícios foi esta: “Pede-me o que queres que eu te dê” – I Reis 3.5 – Almeida Revista e Atualizada.
E Salomão não se precipitou pedindo algo temporal. Já no seu pedido, Salomão se mostrou de alguma maneira, preparado para a grande generosidade com que o Senhor veio a ele. Ele pediu um coração sábio e compreensivo. E este pedido agradou ao Senhor, de que Salomão tivesse pedido tal coisa.
Hoje, diríamos que Salomão valorizou as prioridades. Prioridade é aquilo que pomos em primeiro lugar, tanto no tempo quanto na dignidade. É aquilo a que damos preferência e primazia.
Se vivesse nesta Dispensação da Graça, certamente Salomão pediria, em outras palavras: “Ó Deus, salva-me da minha ignorância e das minhas opiniões erradas, e direciona os meus pés para Ti mesmo! “
Hoje, o irmão e a irmã têm posto a Cristo em primeiro lugar?
Colossenses 1.17 e 18: “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência”.
Em tudo Deus deu o primeiro lugar a Cristo. Primeiro quanto ao tempo e primeiro quanto à dignidade. Deus deu a Cristo primazia em todas as coisas. Não ousaríamos dar-Lhe lugar menor!
I Reis 3.7 e 8: “Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; e sou ainda menino pequeno, nem sei como sair, nem como entrar. E teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, que nem se pode contar, nem numerar, pela sua multidão”.
Quando Salomão diz: “sou ainda menino pequeno”, não significava que tinha ainda a idade de uma criança. Ele quis dizer que se considerava inexperiente. Quando subiu ao trono já estava casado e, deduz-se que já era pai, pois IIº Crônicas 12.13 diz-nos que seu filho Roboão contava 41 anos por ocasião de sua morte, após ter reinado por 40 anos – I Reis 11.42. Os estudiosos da Bíblia estimam que ele tinha 20 anos quando começou a reinar. Portanto, quando diz ´sou ainda menino pequeno´, quis dizer que, em termos de experiência, era como uma criança.
“Nem sei como sair, nem como entrar”, ou seja, não sei ainda conduzir-me na vida. Não sei cuidar dos deveres que me estão impostos. Moisés também usou esta mesma expressão, em Números 27.16 e 17, quando orou ao Senhor, pedindo que pusesse um homem sobre a congregação, que saísse e entrasse diante deles, no sentido de guiar, liderar e saber conduzir ao povo. E o Senhor pôs a Josué.
Salomão examinou-se a si mesmo, e percebeu que a escolha certa envolve valores que temos no nosso interior. Ele pediu um coração compreensivo. Não queria aparência, mas o que tem realmente valor e seja precioso.
Há um problema que se repete nas nossas escolhas em geral, o problema grande e constante de darmos valor à aparência. A nossa natureza caída está sempre inclinada a parecer ser, em vez de, verdadeiramente, ser. Com este pedido, Salomão reconhece o seu dever. Ora, meus amados, o dever é filho dos relacionamentos. Dever é aquilo que é devido diante dos nossos relacionamentos com Deus e com os homens. A melhor escolha sempre deve envolver o reconhecimento dos deveres que surgem dos nossos relacionamentos aos quais estamos vinculados.
Quando Salomão pediu “um coração entendido para julgar a teu povo” – I Reis 3.9 – expressou a sua dependência de Deus. Salomão percebeu a sua insuficiência. A nossa natureza caída quer sempre declarar a nossa independência. Quando contrariamos isso, agimos com humildade. A dependência de Deus anda de mãos dadas com a humildade.
Não temos, de nós mesmos, méritos próprios e nem somos justos por nós mesmos. Na vida do crente, na vida de serviço, não cabe nenhum sentimento de merecimento próprio. Somente o Senhor Jesus poderia subjugar a todos pela autoridade de Sua posição divina, real e celestial e, no entanto, nunca fez isso. Quando nasceu entre nós, fez-Se o mais indigno entre os homens, nasceu numa família pobre e não entre os grandes deste mundo, num estábulo e não num palácio (que é onde os reis nascem), cresceu numa cidade e região desprezadas em Israel. Em termos de riquezas, basta-nos relembrar que não tinha onde reclinar a cabeça. No entanto, Ele era o “Deus conosco”, que Se fez carne e habitou entre nós. Eis a humildade! Ter tudo e ser grande acima de todos e, ainda assim, negar-se a Si mesmo, servir ao próximo e dar a Sua vida por pecadores como nós.
O pedido de sabedoria feito a Deus por Salomão, resultou numa escolha vivificante:
1 – Agradou a Deus – I Reis 3.10: “E esta palavra pareceu boa aos olhos do Senhor, que Salomão pedisse tal coisa.”
2 – Foi validada pelo Senhor, que a confirmou na vida de Salomão – I Reis 3.12: “E eis que fiz segundo as tuas palavras, eis que te dei um coração tão sábio e entendido.”
A sabedoria que vem do Senhor trouxe a Salomão prosperidade exterior e paz interior. E ela é prática! A prática dela deve começar no coração – “Dá-me um coração entendido”, pediu Salomão. Somente os puros de coração podem ver a Deus! A verdadeira sabedoria é prática ao reconhecer a Deus em todos os seus caminhos.
A falsa sabedoria deste mundo não pode ver a Deus nas coisas desta vida, por isso nunca consegue ver as coisas nos seus reais valores e nas reais proporções delas.
Por exemplo, a verdadeira sabedoria vê a verdadeira amizade: a que nos incentiva a confiar em Deus, a que nos direciona para a comunhão com Deus.
A falsa sabedoria anima-se até com quem está na igreja, mas longe de Deus, e isto nos traz prejuízos espirituais, senão outros mais, e até mesmo a ruína espiritual.
Em verdade, a sabedoria dada por Deus tem efeitos práticos a favor de quem a busca. Deus condicionou vida longa a Salomão, se ele guardasse a Palavra de Deus – I Reis 3.14. Não é errado desejar longevidade, mas julgar que vida longa significa sabedoria, é muito falso. A verdadeira sabedoria não é medida pela duração dos dias. Matusalém viveu 969 anos, e parece-me que não disse uma frase que valesse estar registrada na Bíblia. Viveu pouco mais de nove séculos, e não consta um único ato digno de estar relatado, na Bíblia, às gerações futuras.
Não é errado desejar riquezas. Mas, a falsa sabedoria tem a riqueza como a grande paixão que absorve o melhor da nossa vida. Então, esta, realmente é uma falsa sabedoria.
E quanta falsa sabedoria há na vingança. “Nem pediste a vida de teus inimigos”, disse o Senhor. A falsa sabedoria quer nos convencer de que vingar-se de um inimigo é a coisa mais doce que há. Porém, a verdadeira sabedoria tem revelado deste o coração que o Senhor disse: “Minha é a vingança, eu retribuirei” – Deuteronômio 32.35 repetido em Romanos 12.19.
Conta-se que um escritor francês caminhava pelas ruas de Paris, e pisou no pé de um jovem. De imediato, o homem ergueu o braço e deu-lhe um soco no rosto. O escritor quase caiu, mas não reagiu e apenas lhe disse: “Moço, você sempre lamentará ter feito isso, porque eu sou cego”. Li que o Cristianismo é a única religião do mundo que ensina o crente a não se vingar, mas entregar a causa a Deus que julga com justiça.
Pastor Eliel Goulart
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