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25/03/2019
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Orai sem cessar.” – I Tessalonicenses 5.17
O Novo Testamento nos ensina que a oração deve ser uma prática contínua dos cristãos, desde a primeira até a segunda vinda de Cristo.
Mateus 6.5 a 13
5 E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
10 Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12 Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
13 E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
Chegamos à última Lição deste primeiro trimestre. Estudamos sobre “Batalha Espiritual”, conscientes sobretudo de que este tema não pode ser ignorado e nem subestimado. A Batalha Espiritual é real. Por outro lado, cuidadosos para não exagerar, desequilibrando para o misticismo, para aberrações doutrinárias, para a superstição que tanto campo fértil tem em nosso Brasil nos últimos anos.
E dentro da linha de equilíbrio doutrinário, aprendemos sobre armas espirituais que Deus nos concede para estarmos em prontidão, lutarmos e vencermos em nome glorioso do Senhor Jesus!
Nesta Lição 13 vamos aprender juntos sobre a Oração Dominical, sobretudo. O contexto de Mateus capítulo 6 indica que Jesus está contrastando a linguagem superficial com a linguagem profunda na adoração.
E também registraremos breves considerações sobre a doutrina da oração.
Cito aqui o que disse Abraham Lincoln (1809-1865), o décimo sexto presidente dos Estados Unidos:
“Tenho sido impulsionado a me ajoelhar, muitas vezes, pela convicção esmagadora de que não tinha mais outro caminho a seguir.”
João Calvino (1509-1564) se referia à oração como “a alma da fé”.
E, em verdade, a oração sem fé é esvaziada de vida!
Oração não é uma formalidade. É conversar com Deus.
A definição extraída da Bíblia é a melhor. A Bíblia dá-nos o conceito simples do que a oração é e o que ela significa.
É uma vida de mão dupla: o crente clama e Deus responde.
Jeremias 33.3 – “Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.”
A oração é um ato consciente de busca de comunhão com o Deus Todo Poderoso. O Espírito Santo opera em nosso favor, e ajuda-nos nas nossas orações:
Romanos 8.26 e 27 – “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.”
I João 5.14 – “Esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.”
Algumas orações não são respondidas, pelos motivos que a Bíblia diz:
1 – Falta de fé – Hebreus 11.6 – “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe.”
2 – Estado de pecado – Isaías 59.2 – “Mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.”
3 – Dúvida – Tiago 1.5 a 7 – “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.”
Há outros motivos revelados pela Bíblia para orações não respondidas. Pecado no coração – Salmo 66.18 – vãs repetições – Mateus 6.7 – pedir mal – Tiago 4.3 – desobediência e negligência para com a Palavra – Provérbios 28.9 – procedimento contrário à Palavra no relacionamento conjugal – I Pedro 3.7 – falta de misericórdia – Provérbios 21.13 – desobediência deliberada – Zacarias 7. 11 a 13.
Como orar?
1 – Encurvado – Êxodo 34.8 – “E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, e encurvou-se.”
2 – Em pé – II Crônicas 6.12 – “E pôs-se em pé perante o altar do Senhor, defronte de todo a congregação de Israel, e estendeu as mãos.”
3 – Assentado – Atos 2.2 – “E, de repente, veio do céu um som como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.”
4 – Ajoelhado – Atos 20.36 – “E, havendo dito isto, pôs-se de joelhos e orou com todos eles.”
5 – Deitado – Isaías 38.1 e 2 – “Naqueles dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; e veio a ele Isaías, filho de Amoz, o profeta, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás. Então, virou Ezequias o rosto para a parede e orou ao Senhor.”
6 – Com as mãos levantadas – Salmos 28.2 – “Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamar, quando levantar as minhas mãos para o oráculo do teu santuário.”
7 – Prostrado, com o rosto em terra – II Crônicas 20.18 – “Então, Josafá se prostou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando o Senhor.”
Quando orar?
Em todo o tempo! Efésios 6.18 – “Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos.”
I Tessalonicenses 5.17 – “Orai sem cessar.”
É possível orar em todo o tempo? É possível orar sem cessar?
Ilustração – Em certas regiões da Europa e Ásia, existe uma pequena aranha chamada Argyroneta aquatica, que passa considerável parte de sua vida dentro d’água. É onde ela mora. De tempos em tempos, a aranha sobe à superfície, respira um pouco de ar fresco, forma-se uma bolha ao redor dela, e ela retorna para o fundo do lago ou do ribeiro, onde fica por mais algum tempo. Quando a aranha sobe outra vez à superfície, está perfeitamente seca e limpa. Embora passe a maior parte do tempo lá no fundo, não é tocada pela água ou pelo lodo ao seu redor.
Por quê?
Porque está envolta por uma cápsula do ar lá de cima.
Observe que, depois de a pequena aranha respirar o ar fresco e ficar cercada pela bolha de ar, ela continua respirando a atmosfera que a envolveu. Também na vida espiritual. Quando volvemos nossos pensamentos na direção do Céu no comecinho da manhã e respiramos sua atmosfera, ficamos rodeados por ela. Isso significa mais do que apenas tomar fôlego. Quer dizer comungar com Deus até que nossa vida espiritual se carregue de vitalidade. Então, ao longo do dia todo, continuaremos a respirar o ar com o qual nos envolvemos. Esse “ar” é a respiração da alma.
Quando criança, ouvi e memorizei: “A oração é a respiração da alma.
Há exemplos admiráveis e memoráveis de homens que viveram a vida de oração:
1 – Abraão – Gênesis 20.17 – “E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque…”
2 – Paulo – Atos 27 – Duzentas e setenta e seis almas estavam a 14 dias perdidas no mar Adriático, sofrendo debaixo de uma tempestade que parecia não ter fim.
Paulo rogou por todas estas vidas. E Deus lhe respondeu: versículo 23 e 24 – “Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas! Importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo.” Versículo 44 – “E assim aconteceu que todos chegaram à terra, a salvo.”
3 – Daniel – Daniel 6.10 – “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.”
E ainda podemos citar Elias, homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, que pela oração superou as fraquezas humanas, “e orando pediu que não chovesse, e por três anos e seis meses não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” – Tiago 5.17 e 18.
E ainda poderíamos citar os patriarcas, a Eliseu, Esdras e Neemias, Ana – mãe de Samuel – e a profetisa Ana – de Lucas 2.36 e 37. E o próprio Samuel, além de reis que andaram no temor do Senhor.
John Buyan (1628-1688) – “As melhores orações contem, frequentemente, mais gemidos que palavras.”
Stanley Jones – (1884-1973) – “Quando tropeçar, então tropece nos braços de Deus. Quando cair, caia de joelhos.”
John Wesley (1703-1791) – “Tenho tantas coisas para fazer, mas só posso realizar estas tantas coisas, depois de prolongar-me na presença de Deus em oração.”
Oswald Smith (1889-1986) – “Quando trabalhamos, nós trabalhamos. Quando oramos, Deus trabalha.”
Missionário Hudson Taylor (1832-1905), que viveu na China pregando o Evangelho por 51 anos: “Em todos estes anos, o sol nunca se levantou na China sem me encontrar de joelhos em oração.”
Pastor Eliel Goulart
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