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08/01/2022
Este post é assinado por Eliel Goulart
“Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”. – 2 Timóteo 3.16
A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui.
2 Timóteo 3.14-17; 2 Pedro 1.19-21
2 Timóteo 3
14 – Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
15 – E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 – Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 – Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.
2 Pedro 1
19 – E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.
20 – Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação.
21 – Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.
A paz do Senhor!
Todos os versículos citados são da Almeida Revista e Corrigida. Quando de outra versão, a mesma é mencionada.
A Bíblia é a Palavra de Deus revelada, autorizada e inspirada.
Na sequência dos estudos sobre a Bíblia Sagrada, hoje veremos sobre a inspiração divina, verbal e plena das Escrituras.
“Assim diz o Senhor” e seus equivalentes aparece, aproximadamente, por 3.800 vezes na Bíblia, segundo diversas pesquisas. Mas, registre-se que tais números são contraditos. Porém, são sempre aos milhares.
“Toda a Escritura divinamente inspirada” – literalmente: “é dada pelo sopro de Deus”, declara Paulo. E o apóstolo Pedro repete tal declaração, escrevendo em II Pedro 1.21: “Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo”.
A inspiração divina, como definida pelos apóstolos Paulo e Pedro, é o poder inexplicável e a influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre os escritores da Bíblia, guiando-os e capacitando-os a expressarem a revelação divina. É Deus falando através dos homens. Em outras palavras, podemos dizer que o Espírito Santo estava presente, ao lado e inspirando (o sopro de Deus – inspiração, de modo semelhante ao homem quando fala através da respiração de sua boca) de maneira especial e milagrosa sobre a mente dos escritores, revelando e guiando-os no registro de cada palavra.
Portanto, a origem da Bíblia é da parte de Deus. A Bíblia é a Palavra de Deus.
Quando lemos que a Bíblia é ´divinamente inspirada´, podemos ilustrar que assim como Deus soprou o fôlego de vida ao homem e ele se tornou alma vivente – Gênesis 2.7: “…e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” – do mesmo modo, as Escrituras foram ´inspiradas´, ´sopradas por Deus´, gerando-as e dando-lhes origem.
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus no Brasil assim declara: “CREMOS na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão (II Timóteo 3.14-17)”.
Portanto, cremos na inspiração verbal, significando que Deus inspirou as ideias na mente do escritor, quanto também as palavras, haja vista que os pensamentos são expressos por palavras. Ao contrário do que propõe a teoria da inspiração conceitual, dizendo que Deus inspirou os pensamentos, mas não as palavras dos escritores, ou seja, que Deus inspirou os homens, concedendo-lhes que, por sua própria avaliação, escolhessem as palavras e as expressões. Porém, II Pedro 1.21 afirma que “homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. O realce de importância não está focado nos homens inspirados, mas sim nas palavras inspiradas. Uma palavra é, antes, um pensamento ao qual se deu expressão!
O que quer isto dizer em relação à inspiração verbal das Escrituras? Que os pensamentos divinamente inspirados por Deus tiveram sua expressão em palavras divinamente inspiradas. Em I Coríntios 2.13, o apóstolo Paulo registra de “palavras ensinadas pelo Espírito”. ´Ensinadas´ é a palavra grega didaktos, adjetivo que ocorre por três vezes no Novo Testamento, com o sentido de ´palavras comunicadas por instrução´.
Necessário diferenciar ´palavras inspiradas´ de ´registros inspirados´. A Bíblia registra mentiras que outros falaram. Por absoluta certeza de que tais mentiras proferidas não foram inspiradas por Deus, mas o registro delas foi inspirado. É necessário diferenciar o que Deus registra do que Ele sanciona (aprova, concorda).
Inspiração plenária da Bíblia quer dizer que a Bíblia toda foi inspirada pelo Espírito Santo. Ou seja, toda a Bíblia e não somente partes dela. Completamente inspirada, e não parcialmente. O que significa a errada teoria da inspiração parcial? Ela significa que a Bíblia contém a Palavra de Deus, mas ela não é a Palavra de Deus. Diz esta teoria de dúvidas, que os escritores teriam sido apenas preservados de erros nas questões necessárias à salvação, mas não foram preservados de erros nas matérias de história, cronologia e outras ciências
A Bíblia não se trata e nem se propõe a ser um manual de ciências. Todavia, a inspiração plenária da Bíblia afirma que toda afirmação científica nas Escrituras é absolutamente verdadeira.
Quando cremos na inspiração plenária da Bíblia, cremos que nenhuma porção das Escrituras pode ser desconsiderada, desatendida ou não precisa ser levada em conta, nem tratada com desprezo ou ainda como uma menos importante do que outra.
Observem:
II Timóteo 3.16: “TODA (ênfase nossa) Escritura é …” – Significa ´toda´ no sentido de cada parte a que se aplica. Concentra-se na parte que constitui o todo (Strong).
Romanos 15.4 – “Porque TUDO (ênfase nossa) que dantes foi escrito…” – Significa ´todas as coisas´, a abrangência de tantas quantas coisas há. Em medida e grau e por comparação: tudo. (Léxico Grego de Thayer).
“Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo ´Palavra de Deus´ a todo o Antigo Testamento”. (Myer Pearlman).
II – INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA
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