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Central Gospel Jovens e Adultos – 4º Trimestre de 2017 – 29/10/2017 – Lição 04: A Singularidade das Escrituras (Sola Scriptura)

26/10/2017

Este post é assinado por: Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO BÍBLICO BÁSICO

  • 2 Tm 3.14-17
    14 – Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido.
    15 – E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
    16 – Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça,
    17 – para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra.
  • Rm 15.1-4
    1 – Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.
    2 – Portanto, cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
    3 – Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.
    4 – Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.

INTRODUÇÃO

É com enorme prazer e senso de responsabilidade que começamos o trabalho de comentar as lições bíblicas da Editora Central Gospel.

Neste trimestre trabalharemos com o tema: “Reforma Protestante”, fazendo alusão aos 500 anos da reforma protestante, promulgada por Martinho Lutero em 1517.

Precisamos reforçar que antes de Lutero, alguns abnegados homens de Deus como John Huss, John Wycliffe e Jerônimo Savonarola, haviam lutado incansavelmente para vivenciar mudanças na igreja católica, pois havia inserido vários dogmas e pior do que isto, os havia tornado mais importantes do que a própria Bíblia, Palavra de Deus.

No dia 31 de outubro de 1517, cento e dois anos após a morte de João Huss, o monge agostiniano Martinho Lutero, seguindo o mesmo ideal de Huss, de lealdade às Escrituras, afixa à porta da igreja do castelo de Witenberg, as suas 95 teses, cujo teor resume-se em que Cristo requer o arrependimento, a tristeza pelo pecado, e não a penitência.

Com o desenvolvimento dos estudos de Lutero e suas teses surgem os cinco pilares da reforma protestante que são também conhecidos como as cinco solas da reforma. A palavra “sola” significa somente em português. Estes são princípios fundamentais da reforma sintetizando o credo dos teólogos protestantes.

São elas:

  • 1 – Sola fide (somente a fé)
  • 2 – Sola scriptura (somente a Escritura)
  • 3 – Solus Christus (somente Cristo)
  • 4 – Sola gratia (somente a graça)
  • 5 – Soli Deo gloria (glória somente a Deus)

O resultado da Reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente entre os católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando o protestantismo.

É de suma importância reforçarmos que o propósito de Lutero não era dividir a igreja, mas sim que esta reconhecesse os erros cometidos e voltasse a ter a Bíblia como regra infalível.

Começaremos nosso estudo pela “Sola scriptura”.

PALAVRA INTRODUTÓRIA

 A revista da ECG traz uma proposta denominada “Palavra Introdutória”, direcionando nosso estudo e propõe dois tópicos.

  • Centralidade das Escrituras na Reforma: Todo o processo da reforma teve como base a Palavra de Deus, manual para TODOS os cristãos na face da terra, ou seja, todas as propostas foram baseadas na Bíblia.
  • Os desvios teológicos atuais que poderiam ser evitados: Desde o primeiro desvio até o último que será cometido pelos homens, sempre houve um fator causa, que foram e serão as supostas visões que homens e mulheres tiveram sobre como deveriam fazer as coisas. Atualmente há um clamor em alguns setores cristãos evangélicos para uma reforma no nosso cristianismo.

“Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est” – Igreja Reformada sempre se reformando

1 – A TRADIÇÃO CRISTÃ

De acordo com o dicionário Priberam para a língua portuguesa, tradição é a maneira pela qual os fatos ou os dogmas são transmitidos de geração em geração sem mais prova autêntica da sua veracidade que essa transmissão. “tradição”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/tradi%C3%A7%C3%A3o [consultado em 25-10-2017].

Segundo Pieper, filósofo alemão, a tradição é precisamente aquilo que não envelhece que é eternamente novo, pois tem a originalidade da fonte, o frescor de um eterno começo (grifo nosso).

Já para Silva e Silva, a palavra tradição teve originalmente um significado religioso: doutrina ou prática transmitida de século para século, pelo exemplo ou pela palavra. Mas o sentido se expandiu, significando elementos culturais presentes nos costumes, nas Artes, nos fazeres que são herança do passado.

O uso da tradição sempre foi respeitado como provedora de conhecimentos de geração para geração, mas existem critérios muito específicos para que as informações não se percam no tempo.

A Bíblia é recheada de passagens alusivas a este termo pois os judeus, como povo antigo, passaram seus conhecimentos, costumes, cerimônias e outros desde os primórdios até os dias hodiernos através das tradições.

Vejamos alguns exemplos:

  • Porque os fariseus, e todos os judeus, conservando a tradição dos antigos, não comem sem lavar as mãos muitas vezes. Depois perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem o pão com as mãos por lavar? (Mc 7.3,5)
  • E Jeremias fez uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras, nas suas lamentações, têm falado de Josias, até ao dia de hoje; porque as estabeleceram por estatuto em Israel; e eis que estão escritas nas lamentações. (2 Cr 35.25)
  • Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu. (2 Ts 3.6).

Os judeus, conhecidos como “Povo do Livro”, possuem escritos compilados e chamados de “Talmud” que consiste na compilação das leis, tradições, comentários e interpretações judaicas registrados pelos doutos na Babilônia e em Israel, abrangendo um período de mais de 1000 anos (do séc. V a.e.C. ao V e.C). Num mundo em constante mutação, foi um instrumento de adaptação da religião judaica às circunstâncias sempre cambiantes da vida do povo. Nenhuma outra obra expressa tantos aspectos da essência do povo judeu e de seu caminho espiritual, nem teve influência comparável sobre a teoria e prática da vida judaica, dando forma a seu conteúdo espiritual e servindo de guia de conduta.

1.1 – A tradição oral

Os relatos mais antigos nos mostram que em 4000 a.C, os Sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. Os egípcios tinham seu método de comunicação através dos hieróglifos e um pouco mais recente, no período em que Roma governou o mundo, a história detalha que era utilizado um tipo de escrita denominada “uncial”, que prevaleceu até meados do século VIII e existem exemplares da Bíblia nesta linguagem.

Como a história mostra indícios da existência do homem bem antes de 4000 a.C, a única forma de preservar os acontecimentos era ensinar o povo através da linguagem falada ou oral, assim, a tradição oral é aceita como fonte de conhecimentos.

Um exemplo marcante disto é o fato de algumas pessoas que escreveram porções bíblicas, como evangelhos e livros históricos não terem vivido na época do fato em si, mas recebido por tradição oral aquilo que outrora havia acontecido.

Vejamos o que Lucas, que não era um dos 12 discípulos e não viveu com Jesus e que provavelmente se converteu através da pregação de Paulo, escreve no Livro de Atos, capítulo 1 e versículos 1 a 3:

  • “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera; aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.”

Como Lucas não estava com Jesus durante o seu ministério, ele conheceu a história de Jesus através de outras pessoas.

1.2 – A tradição escrita

Com o advento da escrita, todos os povos começaram a transmitir seus conhecimentos através da mesma.

No ano de 1522, outro italiano, chamado Lodovico Arrighi, foi o responsável pela publicação do primeiro caderno de caligrafia. Foi ele quem deu origem ao estilo que hoje denominamos itálico.

Com o passar do tempo outros cadernos também foram impressos, tendo seus tipos gravados em chapas de cobre (calcografia). Foi deste processo que se originou a designação de escrita calcográfica. A Paleografia (ciência que estuda as escritas antigas, seus símbolos e significado) nos mostra o transcorrer dos episódios relacionados à escrita.

Voltemos novamente ao judaísmo primitivo para compreendermos como a tradição escrita também foi de relevante importância para todo o contexto do cristianismo.

No judaísmo, o midrash (em hebraico: מדרש;[1] plural מִדְרָשִׁים midrashim, “história”, “investigar” ou “estudo”) é o gênero de literatura rabínica que contém as primeiras interpretações e comentários sobre a Torá Escrita e a Torá Oral (lei falada e sermões), bem como a literatura rabínica não-legalística (agadá) e ocasionalmente as leis religiosas judaicas (halakha), que normalmente formam um comentário contínuo sobre passagens específicas da Escritura Hebraica (Tanakh).

O Midrash, com inicial maiúscula, refere-se a uma compilação específica destes escritos, primariamente dos primeiros dez séculos.

O propósito da midrash era resolver problemas na interpretação de passagens difíceis do texto da Bíblia Hebraica, usando princípios rabínicos de hermenêutica e filologia para alinhá-los com os valores religiosos e éticos dos professores religiosos.

Uma informação importante, reafirmando o que escrevemos sobre Lucas é que, de acordo com os estudiosos, os evangelhos sinóticos foram escritos baseados nas histórias que eram contadas acerca dos feitos e das palavras que Jesus falou.

Concluindo, não teríamos a tradição escrita se a tradição oral não tivesse sido perpetuada através dos séculos, desta forma, tanto a Tradição Oral, como a Escrita são fundamentais para a compreensão das verdades bíblicas e históricas.

Página de título do Midrash Tehillim

 1.3 – A posição ocupada pelas escrituras na igreja medieval

Na época da pré-reforma, a igreja já dava mais valor à tradição oral do que a escrita, e infelizmente o que se falava não estava em conformidade com o que havia sido escrito, pois os dogmas passaram a ter mais valor do que a Palavra de Deus, pois o clero pretendia continuar no poder e para isto acontecer, o povo precisava acreditar que o que eles diziam era a Palavra de Deus.

Por este e outros motivos, os pré reformadores e os reformadores lutaram para que a Bíblia fosse traduzida para tantas línguas fosse possível.

2 – SOLA SCRIPTURA

Este é um dos “solas” da Reforma Protestante, que é traduzido como somente a escritura e o significado é que somente a Escritura Sagrada, Palavra de Deus, é inerrante e deve ser utilizada como fonte proveniente de Deus.

2.1 – O marco histórico do conceito de Sola scriptura

Com o passar dos anos, os eruditos e estudiosos bíblicos observaram que era importante obedecer somente uma linguagem no tocante a assuntos bíblicos e, caso houvesse necessidade de discutir posições, estas deveriam ser discutidas em reuniões envolvendo os líderes da igreja e isto deu origem aos chamados Concílios.

Os primeiros sete concílios, conhecidos como “Concílios Ecumênicos” envolvendo o cristianismo foram:

  • Primeiro Concílio de Niceiaem 325;
  • Concílio de Constantinopla em 381;
  • Primeiro Concílio de Éfeso em 431;
  • Concílio de Calcedônia em 451;
  • Segundo Concílio de Constantinopla em 553;
  • Terceiro Concílio de Constantinopla em 681;
  • Segundo Concílio de Niceia em 787.

OBS.: COMO OS ASSUNTOS TRATADOS NESTES CONCÍLIOS SÃO MUITO EXTENSOS, NÃO COMENTAREMOS SOBRE O MESMO NESTA LIÇÃO.

Por causa das controvérsias em grupos distintos na igreja, sobre os mais diversos assuntos, incluindo a trindade, o relacionamento entre Deus e Jesus, a virgindade de Maria, a supremacia do papa, em 1054 a igreja foi dividida no que foi chamado de Cisma do Oriente. A igreja chefiada pelo papa, em Roma (Igreja Católica Apostólica Romana) e a igreja chefiada pelo patriarca, em Constantinopla (Igreja Ortodoxa).

2.2 – Em  que consiste o conceito de Sola scriptura

O conceito de Sola Scriptura consiste no seguinte:

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja.

A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensinos, não a expressão de opinião ou de ideias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado.

A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade. Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação.

Isto deixou claro que a Bíblia é a Palavra de Deus e que nada poderia ser superior a Ela, no tocante aos assuntos relacionados à fé cristã.

2.3 – A base bíblica da doutrina reformada

O texto sugerido como base desta lição em 2 Tm 3.16 diz o seguinte:

  • “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”. (ARC)

A tradução NVI (Nova Versão Internacional) e várias outras nos trazem um texto mais apropriado, pois João Ferreira de Almeida nesta tradução, deixou o texto um pouco desconexo. Vale ressaltar que a tradução ARA trouxe o texto de forma correta.

  • “ Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça”. (NVI)
  •  “Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver”. (BKJ)

Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus.

Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento.

2.4 – O texto canônico

O texto que utilizamos é o que foi considerado como inspirado por Deus, sendo 39 no A.T e 27 no N.T.

Os livros que não foram considerados inspirados por Deus são conhecidos como apócrifos. Estes foram escritos pelo povo de Deus, mas não foram considerados pelo Magistério da Igreja como revelados pelo Espírito Santo; portanto, não são canônicos, isto é, não fazem parte do cânon (índice) da Bíblia. As razões que levaram a Igreja a não considerá-los como Palavra de Deus é que muitos são fantasiosos sobre a Pessoa de Jesus e sobre outros personagens bíblicos. Além disso, muitos destes possuem até heresias como o gnosticismo. No entanto, neles há algumas verdades históricas, e isso faz a Igreja considerá-los importantes nos estudos.

São os livros de Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruc e algumas porções.

A decisão de manter os livros apócrifos no canon que compõe a chamada Bíblia Católica foi feita no Concílio de Trento em 1546.

Um ponto importante para observarmos é que Jesus nunca citou os mesmos em nenhuma passagem.

3 – ADVERTÊNCIA À IGREJA REFORMADA: QUEM TEM A RESPOSTA DEFINITIVA?

Somente a Palavra de Deus tem a resposta definitiva e sob a direção do Espírito de Deus e através de estudo sistemático, os homens de Deus podem interpretá-la e ensiná-la ao povo, sendo sacerdotes de Deus (1 Jo 2.20,27; 1 Pe 2.9).

3.1 – O papa não tem a resposta definitiva 

A tradição católico-romana decretou a infalibilidade papal no Concílio do Vaticano I no dia 18 de julho de 1870.

De acordo com a doutrina da Igreja Católica, o papa não é um ser humano perfeito, mas é infalível quando se pronuncia a respeito de temas concernentes à fé, ou seja, quando o bispo de Roma fala ou decide oficialmente como pastor de todos os cristãos, em nome da Igreja, ele supostamente não erra. Nessa condição, “ele possui a infalibilidade para decisões definitivas no campo da fé e da ética”, diz a doutrina.

Os católicos romanos acreditam que o papa é o sucessor de Pedro e está apto para responder sem erros a qualquer assunto relacionado à fé cristã.

Biblicamente, a condição do papa não existe, pois, o único ser humano perfeito foi Jesus, chamado o Cristo, que sendo Deus, nunca errou.

É importante reforçarmos que as piores heresias já aprovadas em um concílio foram sancionadas por um papa.

3.2. As denominações protestantes não tem a resposta definitiva

Este é outro erro crasso, pois nenhuma igreja tem a primazia em detrimento de outra. A igreja que a Bíblia cita como sendo imaculada (sem manchas) é a igreja universal, composta por todos os santos do planeta terra de todas as épocas pós Cristo. Esta igreja não tem placa de denominação e Jesus a cita no Evangelho segundo Mateus, no capítulo 16 e versículo 8:

  • “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.

Esta é a igreja que está sendo preparada para morar no céu, junto com o Senhor e seus anjos.

É importante salientarmos que existem locais denominados de igreja que não poderiam ter este nome, pois não passam de covil de ladrões, mas quem julgará estas questões são os anjos do Senhor, conforme Mateus capítulo 13, porém devemos congregar em igrejas que são fiéis à Palavra do Senhor e o adoram de acordo com os ensinamentos bíblicos, de acordo com 1 Co 14.26.

  • “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação”.

Que Deus nos ajude…

REFERÊNCIAS

BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional.  Ed. Vida. São Paulo, 2001;

BÍBLIA. Bíblia de Estudo Pentecostal.  Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Corrigida. CPAD. Rio de Janeiro, 1995;

BÍBLIA. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada. CPAD. Rio de Janeiro, 1998;

BOICE, James M. e outros, “Reforma hoje: uma convocação feita pelos evangélicos confessionais”, Cambuci: Cultura Cristã, 1999, p. 5.;

SCHMITZ, Kenneth. Josef Pieper et le concept de tradition. In: Pieper, J. . Le concept de Tradition.Éditions Ad Solem.Genève. 2007;

SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. – Dicionário de Conceitos Históricos –  Ed. Contexto – São Paulo; 2006;

https://www.priberam.pt/dlpo/tradi%C3%A7%C3%A3o [consultado em 25-10-2017]

http://www.morasha.com.br/leis-costumes-e-tradicoes/escritura-e-judaismo.html [consultado em 25-10-2017]

Por Leonardo Novais de Oliveira

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