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13/07/2018
Este post é assinado por Leonardo Novais de Oliveira
1 Samuel 9.1-3; 15-17
1 – E havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, fi lho de Afias, filho de um homem de Benjamim, varão alentado em força.
2 – Este tinha um filho, cujo nome era Saul, jovem e tão belo, que entre os filhos de Israel não havia outro homem mais belo do que ele; desde os ombros para cima, sobressaía a todo o povo.
3 – E perderam-se as jumentas de Quis, pai de Saul; pelo que disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora contigo um dos moços, e levanta-te, e vai a buscar as jumentas.
15 – Porque o SENHOR o revelara aos ouvidos de Samuel, um dia antes que Saul viesse, dizendo:
16 – Amanhã, a estas horas, te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo, porque o clamor chegou a mim.
17 – E, quando Samuel viu a Saul, o SENHOR lhe disse: Eis aqui o homem de quem já te tenho dito. Este dominará sobre o meu povo.
Então, tomou Samuel um vaso de azeite, e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o SENHOR por capitão sobre a sua herdade? (1 Sm 10.1)
Ao término do estudo bíblico, o aluno deverá:
Olá irmãos (ãs), Paz seja convosco.
Começaremos a estudar nesta lição sobre os reis que governaram o povo de Israel.
Assim como vimos na primeira lição do trimestre, o primeiro rei que reinou em Israel foi Saul.
Vejamos o comentário do Novo Dicionário de Teologia Sinclair sobre a transição do governo teocrático para o monárquico:
“Desde Moisés até Juízes, é uma nação teocrática, diretamente conduzida por Deus, comprometida com uma vida de cuidadosa obediência à sua vontade, com estruturas de liderança humana a que não é permitido encobrir a realeza divina; nação que experimenta, e no decorrer de sua vida testifica de bênçãos derramadas sobre um povo que depende unicamente das promessas de Deus. De Saul até o exílio babilônico, é um Estado institucional, que prefere a realeza de Iavé à humana e, no entanto, continua a comprovar a graça de Deus, como agora aquele que condescende em oferecer ao seu povo um caminho alternativo se não conseguir trilhar o mais elevado; nação pronta a aprender do mundo, assim como a atrair o mundo, e que logo acha um meio de adotar o estilo dos gentios como o estilo do povo de Deus”.
Enquanto Deus literalmente estava no controle da situação, os hebreus viveram períodos imensuráveis, porém, após o início do período monárquico, muita coisa mudou.
Muitas pessoas dizem e “pregam” que Saul não foi escolhido por Deus, mas a Bíblia nos mostra o contrário, porém, existem diferenças marcantes entre a escolha de Saul e a de Davi como reis sobre Israel.
Leiamos o que a Bíblia mostra:
“Amanhã, por volta desta hora, enviarei a você um homem da terra de Benjamim. Unja-o como líder sobre meu povo Israel; ele libertará o meu povo das mãos dos filisteus. Atentei para o meu povo, pois seu clamor chegou a mim”. Quando Samuel viu Saul, o Senhor lhe disse: “Este é o homem de quem lhe falei; ele governará o meu povo”. (1 Sm 9.16, 17 – NVI)
Quero abrir um parêntese neste assunto para reforçar algo deveras importante: “NUNCA devemos dizer que a Bíblia fala, mostra, ensina ou diz algo, se ela realmente não o faz”
Deus escolheu Saul como governante sobre seu povo.
Algumas traduções trazem o termo “capitão” e não rei ou líder e este é um termo utilizado neste contexto somente para Saul, leiamos:
“Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por capitão sobre o meu povo de Israel, e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus; porque tenho olhado para o meu povo; porque o seu clamor chegou a mim”. (1 Sm 9.16 – ACF)
De acordo com o Comentário Bíblico Beacon, a palavra “capitão” vem do hebraico “nagid” que significa “príncipe, chefe, cabeça”.
Como prova de que fora o Senhor que o escolhera como rei, a Bíblia nos mostra que três acontecimentos fariam parte da história de Saul, o primeiro aconteceu quando dois homens o avisaram sobre o retorno das jumentas de Quis, o segundo, profetizado por Samuel era que estes homens estariam subindo para buscar o Senhor e o terceiro era que Saul encontraria um Rancho de Profetas.
Tudo aconteceu conforme o “vidente” previu.
Você ainda tem dúvidas de que foi o Senhor quem escolheu Saul?
Leiamos o comentário do Dicionário Bíblico Wycliffe:
“Filho de Quis, da tribo de Benjamim, o primeiro rei de Israel. Desde os dias de Moisés Deus governava Israel através de sacerdotes e juízes especialmente dotados com poder e habilidade. Quando Samuel, o último dos juízes, envelheceu, o povo pediu um rei para que eles fossem como as nações que estavam ao seu redor. O repúdio que demonstraram estava dirigido a Deus e a uma caminhada de fé. Eles desejaram imitar as nações não simplesmente no governo, mas também no espírito, dependendo de suas próprias possibilidades e poder ao invés de depender do Senhor (1 Sm 8). Ao aceitar este pedido, Deus ofereceu aos israelitas um rei exatamente do tipo que eles desejavam. Saul era um homem de coragem e força, um homem de grande habilidade como administrador e guerreiro. Ele era um homem comum, mas cometeu uma falha fatal. Saul agiu não no poder e na sabedoria do Senhor, mas na dependência de seu próprio julgamento e força; isto o levou ao desastre. A primeira aparição de Saul é como um jovem do campo, da cidade de Gibeá. Ao procurar as jumentas de seu pai que haviam se desgarrado, ele encontrou Samuel, que o ungiu e profetizou que ele seria rei de Israel (1 Sm 9.1-10.16). Mais tarde, Samuel reuniu as tribos em Mispa para lançar sortes à maneira antiga. A sorte caiu sobre Saul, e Samuel o apresentou como o rei que Deus havia escolhido (1 Sm 10.17-25). Em pouco tempo, Saul foi colocado à prova. Naás, rei de Amom, sitiou Jabes-Gileade, e a cidade enviou um pedido de ajuda. Saul provou ser de fato um rei; ele reuniu um exército e, surpreendendo Naás, destruiu os amonitas. Após a batalha, todo Israel reconheceu Saul como seu rei, fazendo uma grande celebração em Gilgal (1 Sm 11). Para uma descrição do rústico palácio-fortaleza de Saul, que ele construiu em sua terra natal, veja Gibeá. Saul passou todo o seu reinado defendendo Israel das invasões das nações vizinhas (1 Sm 14.47,48,52). Apesar disso, no final de sua vida Israel foi mais molestada por seus inimigos do que no início, especialmente pelos filisteus.
Como somos complicados…
Todas as vezes na história bíblica que alguém ao invés de orar e aguardar o direcionamento de Deus, toma seus próprios caminhos e escolhas, as consequências não são boas. A Bíblia nos mostra o exemplo de Abrão, que desceu ao Egito quando passava por problemas relacionados à fome e por causa de não ter orado ao Senhor, desencadeou um problema que persiste durante mais de 5 milênios e que hoje é conhecido como Islamismo.
A época em que esta história se desencadeia era de difícil, pois um povo conhecido como filisteus havia crescido e se avolumado ao redor dos hebreus.
Após a morte de Josué, filho de Num, a Bíblia nos mostra que o Senhor escolheu juízes para governar seu povo e livrá-los das mãos de seus inimigos e, desde a época de Sansão, juiz em Israel, os filisteus estavam causando problemas.
Eles eram fortes e destemidos e peritos em várias artes relacionadas à guerra (1 Sm 13.20).
Desta forma, por falta de fé e por serem obstinados, os hebreus pedem que eles sejam governados por homens, assim como as nações que estavam ao redor eram.
Samuel, o grande profeta e juiz já estava avançado em idade (1 Sm 8.1) e seus filhos eram verdadeiros desviados (1 Sm 8.3) e, sendo assim, o povo sentiu-se ameaçado e por todos estes motivos, os anciãos de Israel se reuniram e pediram um rei para Samuel, leiamos:
“E disseram-lhe: “Tu já estás idoso, e teus filhos não andam em teus caminhos; escolhe agora um rei para que nos lidere, à semelhança das outras nações”. (1 Sm 8.5 – NVI)
A Bíblia nos mostra que Samuel sentiu-se rejeitado, mas Deus, que sonda o coração do homem (Sl 139), disse a ele que a rejeição não era contra sua pessoa e governo, mas contra Deus.
Assim, Deus permite que seja feito conforme a vontade do povo.
Existe um ditado que diz: “A voz do povo é a voz de Deus”. Isto nunca foi e não será verdade, pois o coração do homem é perverso e enganoso.
Leiamos o que o profeta Jeremias escreve sobre isto:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso quem o poderá conhecer”? (Jr 17.9 – BAR)
Em outra tradução:
“O coração é algo de muito enganador, e desesperadamente mau. Ninguém sabe na realidade como ele é ruim! Só o Senhor o sabe”! (O LIVRO)
“A exposição das tuas palavras ilumina e dá entendimento aos inexperientes”! (Sl 119.10 BKJA)
Quão maravilhosos são os conselhos do Senhor, pois eles trazem sabedoria ao ser humano.
Sabedoria é algo proveniente de Deus (Tg 1.5) e é conceituada como a forma correta de utilizar o conhecimento adquirido.
Se atentarmos para Seus conselhos teremos sucesso em tudo o que fizermos.
Leiamos o que o salmista escreve:
“Feliz aquele que não se deixa ir atrás de gente má, que não vai pelo caminho dos pecadores, nem se senta na companhia dos escarnecedores. Mas tem prazer em fazer o que Deus manda, meditando dia e noite nas suas leis. Porque será como as árvores plantadas junto aos cursos de água, que dão fruto na época própria, e cujas folhas não murcham. Todo o seu fruto é bom”. (Sl 1.1-4 – O LIVRO)
O Senhor ouviu o pedido do povo, mas lhes aconselhou e disse exatamente o que aconteceria se eles realmente quisessem um rei como as outras nações.
Somente o Senhor conhece o passado, o presente e o futuro e, além disto, conhece os pensamentos e intenções do coração do homem (Sl 94).
Apesar da orientação assustadora que o Senhor deu ao povo, eles insistiram em ter um rei, segundo as outras nações.
Por Leonardo Novais de Oliveira
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