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03/04/2020
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Êxodo 20:1-4; 7-10; 12-17
1 Então, falou Deus todas estas palavras:
2 Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
3 Não terás outros deuses diante de mim.
4 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus,
7 Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
8 Lembra-te do dia de sábado, para o santificar.
9 Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra.
10 Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro;
12 Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá.
13 Não matarás.
14 Não adulterarás.
15 Não furtarás.
16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
17 Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. (Almeida Revista e Atualizada)
1 Timóteo 1:5
5 Ora, o intuito da presente admoestação visa ao amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia. (Almeida Revista e Atualizada)
Paz seja convosco nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
Mesmo diante de um cenário um tanto sombrio devido ao evento do COVID-19, a obra de Deus não cessa. Trabalhamos e oramos para que o quanto antes a nossa rotina seja restabelecida. No mais, prosseguimos.
Nesta ocasião iremos estudar em 13 capítulos sobre o Decálogo, a ética do Sinai.
Iniciamos por afirmar que a estrutura humana é frágil; fragilizou-se ainda mais pelo pecado (Sl 39.4). O homem corrompido, necessitou de regras que pudessem orientá-lo em sua caminhada. Não regras idealizadas por sua mente e coração degenerados pela ação do pecado, mas concedidas por um Deus, justo, santo e bom.
Mesmo antes do evento dos Dez Mandamentos, Deus falou e orientou ao homem acerca da sua vontade. Quero dizer que os princípios dos Dez Mandamentos são achados anteriores a sua promulgação. Uma análise mais meticulosa do assunto nos permitirá enxergar que a Lei apontava o pecado. A transgressão da Lei incorria em desobediência a Deus e consequentemente em punição.
As Escrituras conceituam que o pecado é “transgressão da lei”:
1 João 3:4
4 Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. (Almeida Revista e Atualizada)
“transgride” ou “quebra da lei” (BLH). “Porque onde não há lei também não há transgressão” (Rm 4:15). É exatamente isto o que a Bíblia nos afirma. Logo, a transgressão dos Dez Mandamentos é descrita como pecado antes do Monte Sinai? Sim, com certeza, pois, por óbvio, o pecado já existia antes do Sinai. Vejamos o exemplo:
Gênesis 13:13
13 Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o SENHOR. (Almeida Revista e Atualizada)
Como vimos que o pecado é a transgressão da lei de Deus, o povo de Sodoma não poderia ter sido punido por sua maldade e pecaminosidade se não existisse a lei para condenar o que estavam fazendo. Concluímos, portanto, que Deus já tinha disponibilizado o conhecimento do que é pecaminoso.
No livro de Gênesis 20.3-9 e 39.7-9 descreve o adultério como “um grande pecado contra Deus”. O adultério é a transgressão do Sétimo Mandamento.
Em Gênesis 3.6 e 17, Deus castiga Adão e Eva por sua cobiça e roubo — transgrediram o Décimo e Oitavo Mandamentos. Eles também O desonraram como seu pai, violando o Quinto Mandamento.
Em Gênesis 4.9-12, Deus pune Caim por assassinato e mentira — violações do Sexto e Nono Mandamentos.
Em Êxodo 16.4, semanas antes de Deus estabelecer a Sua aliança com os israelitas no Monte Sinai, nós o encontramos dando-lhes um teste para ver “se anda na Minha lei ou não”. Seu teste envolvia o descanso no sábado do sétimo dia como Ele ordenou no Quarto Mandamento dessa lei — com a qual eles estavam parcialmente familiarizados. O sétimo dia foi santificado — separado como santo por Deus — desde o tempo de Adão e Eva (Gênesis 2.1-3).
Em Levítico 18.21 e 27, Deus chama as práticas idólatras do povo da terra de Canaã de “abominações” — ações sórdidas e degradante que Deus comparou sua expulsão a “vomitar” da terra (versículo 28). Qual foi seu pecado? Entre outras coisas, idolatria (adoração de falsos deuses) e sacrifícios humanos, o que violava os Primeiro, Segundo e Sexto Mandamentos.
A reação de Deus pela desobediência deles é reveladora. Ele exclama: “Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis?” (Êxodo 16.28). Deus fala claramente de ambos, Seus “mandamentos e leis”, como já existente e em vigor bem antes de Ele proferir verbalmente os dez mandamentos no Monte Sinai, como descrito quatro capítulos depois!
Portanto, os Dez Mandamentos apenas foram codificados — escritos na pedra, como parte de uma aliança formal, no Monte Sinai. A Escritura mostra claramente que eles existiam e estavam em vigor bem antes disso.
Isto é afirmado explicitamente em Gênesis 26.5, onde Deus diz a Isaque que abençoou seu pai Abraão pelos seguintes motivos:
Gênesis 26:5
5 porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. (ARC)
Este evento descrito acima entre Deus e Isaque, teve lugar séculos antes da aliança no Monte Sinai, séculos antes de Moisés e duas gerações antes de Judá nascer, chefe da tribo que muito tempo depois viria a ser conhecida como judeus!
Logo, a Bíblia mostra que os Dez Mandamentos não têm origem em Moisés ou em seu tempo. Nem estavam de alguma forma limitada apenas aos judeus. Eles estavam em vigor e eram conhecidos muito antes de Moisés ou de um povo conhecido como os judeus viessem a existir.
A forma mais basilar de organização exige regras para que as relações sejam harmoniosas. Direitos e deveres conferem estabilidade e segurança em uma sociedade. Mesmo uma nação ímpia possui as suas leis para que haja o mínimo de ordem.
Segundo o dicionário online, Lei, é um princípio, um preceito, uma norma, criada para estabelecer as regras que devem ser seguidas, é um ordenamento. Do Latim “lex” que significa “lei” – uma obrigação imposta.
Em uma sociedade, a função das leis é controlar os comportamentos e ações dos indivíduos de acordo com os princípios daquela sociedade.
No âmbito do Direito, a lei é uma regra tornada obrigatória pela força coercitiva do poder legislativo ou de autoridade legítima, que constitui os direitos e deveres numa comunidade.
No âmbito constitucional, as leis são as normas produzidas pelo Estado. São emanadas do Poder Legislativo e promulgadas pelo Presidente da República.
No entanto, a principal lei é aquela que deveria interessar a toda criatura; a Lei dada por Deus, revelada ao homem e expressa em Sua Palavra.
Israel era uma nação recém formada, com costumes pagãos impregnados em sua vida cotidiana, com mentalidade escrava, acostumados a uma cultura profana, politeísta e ímpia. Era necessário receber leis que mostrasse a eles o caráter do Deus que os resgatara do Egito, pois a terra que possuiriam, era composta de um povo tão longe de Deus quanto os egípcios. Suas normas e crenças eram completamente avessas as aspirações divinas; por isso, Deus concederia diretrizes que fundamentariam a vida daquela “jovem nação”. Eles deveriam praticar as Leis recebidas, preservá-las e disseminá-las aos estrangeiros.
Moisés foi o receptor da Lei no Monte Sinai, três meses após a saída do Egito. Ela era constituída de 613 preceitos que expressavam a vontade de Deus (Rm 2.20). Na Lei se encerravam as exigências de Deus sobre aqueles que querem viver em comunhão com Ele. Os mandamentos são as normas para uma conduta reta e santa, tanto para com Deus, como para com os seus semelhantes, daí observamos que a lei é composta de mandamentos que estão na vertical (relação entre o homem e Deus) e outros que estão na horizontal (relação entre o homem e seus iguais).
Vejamos alguns importantes conceitos.
O Decálogo é um termo oriundo da tradução do Antigo Testamento do hebraico para o grego – Septuaginta. “Deca” = “10” e “Logo” = “Palavra”, logo, “Decálogo” significa “Dez Palavras” que Deus falou para Israel.
A Lei de Moisés possui 613 mandamentos e as 10 palavras é a base desses mandamentos. Os rabinos judeus afirmam que 248 preceitos são de ordem positiva: “faça” e 365 deles de ordem negativa: “não faça” demonstrando assim, que o homem em sua essência é mau e por isso precisa de mais advertências do que elevação.
Israel deveria obedecer a Lei! Era o que eles tinham que fazer para serem: Povo escolhido, Nação sacerdotal e Nação santa (Êx 19.6).
Aqui começa uma pequena confusão, porque Agostinho enumerou os 10 mandamentos que a Igreja Romana adotou. Se você for no catecismo existe lá uma fórmula denominada catequética que é dada na catequese, baseado nos comentários de Agostinho acerca dos dez mandamentos. A igreja Romana conta os dez mandamentos de uma forma diferente do que está na Bíblia. Eles omitem, suprimem o segundo mandamento “Não farás imagem de escultura” e vocês já sabem o porquê. Mas desta forma ficariam nove mandamentos ao invés de dez. Então, eles dividem o décimo mandamento em dois: “Não cobiçaras a mulher e não cobiçaras as coisas”, totalizando dez mandamentos – ABSURDO!
Deuteronômio 4:6
6 Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Só este grande povo é gente sábia e inteligente. (ARC)
A Lei seria uma bênção para Israel e para os demais povos, pois o seu conteúdo é expresso como sendo a própria sabedoria de Deus e observá-la, é também receber o distintivo daqueles que são sábios e inteligentes!
A Lei era uma aliança entre Deus e Israel (Êx 19.3-6; 24.7-8). Israel foi o alvo da Lei, o receptor, como dito.
Se a lei terrena, presta a sua contribuição para a regulamentação do comportamento humano para que este possa viver em sociedade de maneira pacífica e civilizada, muito mais a Lei de Deus, que trata do maior problema da humanidade que é o pecado; apresenta a solução e traz as prescrições necessárias para que este homem viva em paz com Deus, consigo mesmo e com o próximo (Êx 20.1-17; Rm 7.12).
A aliança do Sinai foi aprovada pelos israelitas, isto é, eles consentiram em obedecê-la em sua totalidade:
Êxodo 24:3
3 Vindo, pois, Moisés e contando ao povo todas as palavras do SENHOR e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma voz. E disseram: Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos. (ARC – grifo meu).
Neste pacto figuravam, além dos dez mandamentos (Decálogo), leis morais, civis (penais) e religiosas (leis cerimoniais).
Os mandamentos de ordem moral (imposição da santidade de Deus), já eram conhecidos dos homens antes mesmos que fosse conhecida a lei dos mandamentos, inclusive pela consciência (Rm 2.13.16).
No entanto, foi no deserto do Sinai, que Ele formalizou, isto é, protocolou, registrou a entrega dos seus preceitos que haveriam de reger o seu povo escolhido, a fim de serem exemplos na conduta ética, moral, religiosa, civil e especificamente sobre a conduta cerimonial de um culto aceitável ao verdadeiro Deus.
A vida e a própria história do povo judeu seriam pautadas pela observância da Lei que Deus estabeleceu para que seguissem. Os desvios e mesmo abandono da obediência a Lei dada por Deus, não passou despercebido pelo Criador, tanto que, por inúmeras vezes, profetas, sacerdotes e até reis piedosos alçaram a sua voz reivindicando a atenção do povo aos ditames do Senhor.
Em muitas ocasiões o povo foi castigado por não examinar e praticar o que Deus havia determinado (período de Juízes por exemplo), e a apostasia de Israel sofreu o mais duro golpe quando a idolatria assumiu a lugar da adoração; mesmo que os profetas como Jeremias, predissesse a ruína eminente (Jr 1.13-16).
O pecado da idolatria que feriu o primeiro grande mandamento foi a causa de serem lançados em cativeiro.
A grande realidade é que toda a história do povo de Deus registrada no Velho Testamento (após os mandamentos entregues a Moisés no Sinai) deve ser observada a luz da Lei do Senhor, pois o período probatório daquela época é considerado pelos dispensacionalistas como Dispensação da Lei”. Os atos de Israel eram aferidos e comparados com o que dizia a Lei.
Os dez mandamentos são válidos hoje?
Sim! Exceto a guarda do sábado. São válidos porque os dez mandamentos têm origem em Deus. No Sinai, na Antiga Aliança, a revelação foi para um povo que Deus o chamou de seu (Êx 19.5-6), porém no advento de Cristo, isto é, a Nova Aliança, Ele constituiu a igreja, e a tal também seria composta de um povo que também seria chamado de seu (1 Pe 2.9).
Vale ressaltar que a Lei não possui poder para salvar, mas pontuava o que era pecado e mostrava ao homem a sua situação perante Deus:
Romanos 3:23
23 Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, (ARC)
O saudoso pastor Eurico Bergstén expõe algumas confirmações do que Deus estabeleceu no Sinai e se perpetua na Nova Aliança em Cristo.
1 – O primeiro mandamento declara que só há um Deus, perante o qual não podem subsistir outros. O Novo Testamento confirma:
Marcos 12:29
29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. (ARC)
2 – O segundo mandamento mostra-nos que não podemos ter quaisquer imagens para as adorar. Nada pode separar-nos do Deus vivo. Tanto a Lei como o Novo Testamento condenam toda a forma de idolatria:
1 Coríntios 10:14
14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria. (ARC)
3 – O terceiro mandamento adverte-nos para que não tomemos em vão o nome do Senhor, o nosso Deus, pois o seu nome é santo. O Novo Testamento o confirma:
Mateus 6:9
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. (ARC)
4 – O quarto mandamento não é repetido no Novo Testamento. Não há um só trecho na Nova Aliança que nos obrigue a guardar o sábado.
5 – O quinto mandamento fala do dever de honrarmos os nossos pais e é repetido no Novo Testamento:
Efésios 6:2
2 Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, (ARC)
6 – O sexto mandamento apresenta a ordem de não matar, o que no Novo Testamento, recebeu um sentido bem mais amplo. Até quem aborrece o seu irmão tornou-se homicida.
Mateus 5:21-22
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.
22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno. (ARC)
7 – O sétimo mandamento, a ordem é não adulterar, o que na Nova Aliança é vivamente enfatizada:
Mateus 5:28
28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela. (ARC)
8 – O oitavo mandamento expressa: “Não furtarás” (Êx 20.15), que também é ressaltado no Novo Testamento. Sobre nenhum pretexto podemos ficar de posse da propriedade de outro:
Efésios 4:28
28 Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. (ARC)
9 – O nono mandamento fala de não difamarmos e caluniarmos outros. Tem ainda um apoio vivo e total da parte da Palavra de Deus no Novo Testamento:
1 Pedro 2:1
1 Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, (ARC)
10 – O décimo mandamento fala de nunca cobiçarmos qualquer coisa que seja do nosso próximo e continua sendo uma exigência divina na Nova Aliança:
Tiago 4:1-2
1 Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2 Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. (ARC)
Romanos 13:9-10
9 Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás, e, se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
10 O amor não faz mal ao próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. (ARC)
Em a Nova Aliança cumprimos a lei não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Três meses após a saída do Egito, Deus mandou Moisés ajuntar todo o povo diante do monte Sinai e faz exigências (Êx 19.10-11).
O povo para se encontrar com Deus necessita de santificação. Mesmo que “teofanicamente”, a aparição divina requeria santidade do povo, pois sem santificação “ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).
Eles chegaram no dia primeiro e no segundo dia Moisés subiu ao Monte Sinai e trouxe a proposta de Deus; o povo aceitou no dia três e neste mesmo dia Deus falou a Moisés para que eles se santificassem, pois dentro de três dias Deus desceria a vista de todo o povo no Monte Sinai.
É por isso que a entrega da Lei no monte Sinai é comemorada pelos judeus no sexto dia do terceiro mês, 50 dias após a saída do Egito. É a festa das semanas, a festa de Pentecostes. Até os dias de hoje os judeus celebram a festa das semanas (hebraico: SHAVOT) para lembrar a entrega da lei.
Este é o dia que o povo de Israel se tornou oficialmente o povo de Deus, recebeu a lei de Deus, teve o seu encontro com Deus.
Requisitos da santificação no Monte Sinai.
Aguardaram assim a manifestação do Senhor.
Não há relacionamento com Deus sem a devida santificação. Não houve no passado, não há no presente e não haverá no futuro. Não podemos entrar na presença de Deus sem que as nossas vestes estejam limpas (Ec 9.8).
Israel lavou as suas vestes físicas, mas nós lavamos as nossas vestes espirituais diariamente para podermos manter a comunhão com Deus, a fim de contemplarmos a glória do Senhor, o seu poder, a sua majestade. Vestes limpas nos dará o passaporte para entrarmos na cidade pelas portas.
Apocalipse 22:14
14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas. (ARC)
Isaías 61:10
10 Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, me cobriu com o manto de justiça, como um noivo que se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas joias. (ARC)
Estas são vestes de salvação, vestes santas!
Pastor Aldery Nelson Rocha diz em um estudo que Deus transformou o Monte Sinai em um tabernáculo e explica:
Temos segundo o pastor Aldery, o próprio tabernáculo demonstrado aqui:
Então o Monte Sinai se torna uma demonstração do Tabernáculo, cujo modelo Deus daria posteriormente a Moisés.
No terceiro dia, a Bíblia diz que houve trovões e relâmpagos e uma nuvem escura sobre o monte. Um sonido de buzina forte e todo o arraial estremeceu. Moisés leva o povo para fora do arraial ao encontro de Deus e então percebem que o monte fumegava como uma fornalha, a fumaça subia e todo o monte tremia grandemente. Uma imagem realmente apavorante.
Quando Deus trouxe a lei, ele não se manifestou com coros angelicais, ninguém glorificou, mas se manifestou, com raios, trovões, fogo, terremoto, causando pavor ao povo porque a Lei não traz salvação a ninguém. A Lei existe para condenar o homem, pois expõe os seus pecados.
Romanos 7:8-11
8 Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado.
9 E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11 Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou. (ARC)
Para alguns, no Monte Sinai, nós temos uma antevisão do que será o dia do juízo.
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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Postado por ebd-comentada
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