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31/01/2020
Este post é assinado por Cláudio Roberto de Souza
Atos 13:2-6; 9-12
2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
3 Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram.
Saulo e Barnabé pregam em Chipre. Elimas, o encantador
4 E assim estes, enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
5 E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Deus nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador.
6 E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu, mágico, falso profeta, chamado Barjesus,
9 Todavia, Saulo, que também se chama Paulo, cheio do Espírito Santo e fixando os olhos nele, disse:
10 Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?
11 Eis aí, pois, agora, contra ti a mão do Senhor, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. No mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão.
12 Então, o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor. (ARC)
Lucas 24:49
49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder. (ARC)
Paz seja convosco meus nobres companheiros(as) do ministério do Ensino.
A Bíblia Sagrada, mesmo dividida em duas grandes partes que separam as principais alianças realizadas entre o Deus Criador e os homens, tem um único mentor intelectual e inspirador de sua mensagem, o próprio Deus, através do Espírito Santo. Antigo e Novo Testamentos são de autoria espiritual e divina.
A revelação do plano salvífico e mesmo o conhecimento de Deus aos homens se dá através das Escrituras de forma gradual. A teologia chama de Revelação Progressiva e pode ser evidenciado como exemplo, no texto de Hebreus:
Hebreus 1:1
1 Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho, (ARC)
A compreensão acerca de Deus tem sido apresentada progressivamente ao longo da história.
O Espírito que esteve presente na criação, na capacitação de homens para o serviço na obra e na causa do Senhor, na inspiração das mensagens proféticas e que se apresentou no passado de forma enigmática, se mostra de maneira mais transparente no Novo Testamento.
Nos escritos neotestamentário se vê mais abundantemente e transparentemente as referências sobre o Espírito Santo. A Bíblia versão Almeida Revista e Corrigida registra cerca de 75 capítulos que mencionam o Espírito Santo no Antigo Testamento, enquanto no Novo Testamento, este número salta para 198! Quando falamos de referências, sem citações diretas da expressão “Espírito”, o número aumenta para cerca de 260 alusões! Eis a evidência de como o Espírito Santo e sua obra se torna mais notória na Nova Aliança.
Na última lição observamos a presença e a atividade (ainda que sutil e sucinta) do Espírito Santo no Velho Testamento e agora iremos observar o mesmo Espírito atuando de forma insinuante e eloquente na Nova Aliança.
Da mesma forma que o Antigo Testamento se subdivide em outras quatro partes (Pentateuco, Livros Históricos, Poéticos e Proféticos), o Novo Testamento também possui as suas subdivisões: Evangelhos, Livros de Atos, Epístolas (gerais e pastorais) e Livro do Apocalipse.
Iremos abordar a expressão do Espírito Santo nas partes do Novo Testamento elencadas acima.
Há uma curiosidade interessante que gostaríamos de ressaltar neste tópico. O Novo Testamento só usa a palavra “evangelho” no singular, indicando a boa-nova ou o seu conteúdo. No sentido original, portanto, a palavra não poderia ser usada no plural. A partir do século II, porém, o termo “Evangelho” é usado como noção literária e nome de livro: escritos da Igreja primitiva que descrevem “todas as ações e ensinamentos de Jesus”.
Wycliffe ensina que a palavra “Evangelho” é uma palavra usada somente no Novo Testamento para denotar a mensagem de Cristo. O termo grego “evangelion”, significando “boas novas”, tornou-se um termo técnico para a mensagem essencial da salvação.
Os quatro primeiros livros do cânon do Novo Testamento (Mateus, Marcos, Lucas e João), são chamados de Evangelhos porque são os registros escritos das primeiras pregações das boas novas a respeito de Cristo. Eles constituem um tipo distinto de literatura. Não são biografias completas, pois não tentam narrar todos os fatos da carreira de Jesus; nem são apenas histórias; nem são sermões, embora incluam pregações e discursos; também não são apenas relatos de notícias. Todos esses elementos aparecem neles, combinados em uma nova forma de organização que aparece apenas nos escritos cristãos. Estes escritos tinham a finalidade de expressar a mensagem básica dos primeiros pregadores cristãos que foi escrita para instruir os crentes na certeza de sua fé.
Os primeiros três, por causa de sua semelhança tão próxima uns com os outros em conteúdo e em pontos de vista, são chamados de Evangelhos Sinóticos. Embora sejam diferentes em muitos aspectos, eles seguem a mesma ordem geral de eventos, e lidam grandemente com o ministério de Jesus na Galileia.
O reverendo Hernandes Dias Lopes afirma que João, o quarto Evangelho, contém uma seleção diferente de eventos, narra principalmente a obra de Jesus na Judeia, e interpreta sua vida sob um ponto de vista mais teológico do que os outros, já que os sinóticos apresentavam uma mensagem de cunho mais evangelístico, pois foram escritos no período em que as igrejas estavam sendo formadas, enquanto o evangelho de João possuí uma mensagem que responde questões de cristãos mais maduros, cristãos com um nível espiritual mais profundo, pois as igrejas já estavam fundadas e as doutrinas dos apóstolos já havia percorrido as igrejas através das missivas (cartas).
Hernandes complementa que o Evangelho de João difere dos sinóticos por trazer uma revelação mais profunda de Jesus. Enquanto Mateus apresentou Jesus como o Rei, Marcos como Servo e Lucas como Homem perfeito, João apresenta Jesus como Deus. O Evangelho de João é o pináculo da revelação divina. Aqui, Jesus descortina a sua identidade messiânica para a humanidade.
É fato que em todos os Evangelhos, o Espírito Santo é manifesto com bastante claridade. Iremos elencar algumas das 45 (não todas, pois não temos o espaço suficiente para tal) exibições importantes do Santo Espírito nos quatro primeiros livros da Bíblia na vida de Jesus Cristo:
Nos Evangelhos encontramos a presença, a direção, a unção, o consolo e o poder do Espírito Santo na vida de Jesus Cristo, igualmente necessários em nossas vidas para o desempenho fiel e profícuo da Sua obra.
O livro de Atos é a dobradiça que encerra os evangelhos e abre as epístolas. O Dr. Lucas no seu Evangelho narrou a vida e obras de Jesus Cristo, aquilo que o Filho de Deus iniciou acerca do Reino de Deus que era chegado, e em Atos, o mesmo Lucas, dá continuidade a história, desta vez, retratando a igreja em seus primórdios, os desafios, as perseguições, o avanço, mas principalmente a dependência do Espírito Santo. Cristo iniciou e a igreja continuou o trabalho, ambos no poder do Santo Espírito Santo de Deus.
Lemos logo no primeiro capítulo de Atos que Jesus instruiu os seus apóstolos sob a égide do Espírito Santo, em outras palavras, os mandamentos foram dados por meio Espírito Santo (At 1.2).
É no livro de Atos que encontramos o cumprimento da promessa de Joel 2.28,29:
Joel 2:28-29
28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
29 E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. (ARC)
Este texto é de particular importância, pois assinala um dos eventos mais marcantes na vida da Igreja (em sua inauguração)!
O reverendo Hernandes Dias Lopes afirma, olhando exclusivamente o livro de Atos, que o mesmo pode ser resumido em 3 palavras: Ascensão, Descida e Expansão. Jesus é assunto ao céu e o Espírito Santo vem aos homens; Jesus sobe, o Espírito Santo desce.
E esta vinda do Espírito Santo não é apenas temporária como era no passado em outras dispensações (A.T.), mas é permanente. O Espírito Santo veio para ficar com a Igreja. Antes Ele vinha em ocasiões especiais para ungir pessoas para ocasiões extraordinárias. Só o senhor Moisés, ou senhor Elias ou senhor Eliseu poderiam receber o Espírito Santo, só o senhor Isaías, Jeremias ou Ezequiel, Davi e Daniel e outros da velha aliança podiam ser plenos do Espírito Santo, mas hoje o Espírito Santo é derramado sobre a Igreja e todos podem ser cheios (Ef 5.18). Ele veio para ficar e habitar em nós (1Co 3.16; 6.19). E é pelo poder do Espírito Santo que a Igreja avança e se expande. O reino de Deus só pode crescer se o Espírito Santo for a sua força motriz.
Jesus sobe, o Espírito Santo desce e a Igreja se expande! Isso é uma ordem vital. Se Jesus não fosse, o Espírito não seria derramado e se o Espírito não fosse derramado, a Igreja não se expandiria.
E ainda hoje, a igreja depende do Espírito Santo para crescer, ampliar e se expandir. Dependemos da unção do Espírito, do poder do Espírito, da graça do Espírito para que a Igreja se estenda.
Por trás de todo o sucesso missionário dos apóstolos da igreja primitiva, havia a atividade do Espírito Santo, a quem Lucas, repetidamente dá o crédito. Por 42 duas vezes iremos encontrar a palavra “Espírito Santo” neste livro; é nele que temos a maior ocorrência da expressão “Espírito Santo”, tanto que muitos chamam o livro de “Atos dos apóstolos” de “Atos dos Espírito Santo”.
Considerando que este livro conta a história missionária da igreja primitiva é confortante saber que a Terceira Pessoal da Trindade, o Espírito Santo, é o protagonista da obra, é o agente missionário, é o cooperador de luxo da igreja. Saber que em todas as vezes que realizamos a obra do Senhor (evangelizar, fazer missões, pregar, ensinar, testemunhar o amor de Deus), temos a célebre e importante companhia do Espírito Santo de Deus. Isto é um privilégio incomensurável!
Se atentarmos ao fato que o livro de Atos é a narrativa histórica da Igreja do Senhor Jesus Cristo em seus primórdios. Todos os livros da Bíblia têm começo, meio e fim, mas o livro de Atos teve apenas início há dois mil anos atrás e ainda não se concluiu. A sua história continua a ser escrita por cada Igreja em cada época, em cada tempo, por cada geração. Nós estamos pontuando a linha deste livro neste exato momento. E somente iremos preenchê-lo com uma boa história se o Espírito Santo estiver presente em nossas vidas.
As cartas ou epístolas paulinas são as missivas neotestamentária escritas pela pena do apóstolo Paulo, daí o nome “Paulinas”. Foram os primeiros escritos do Novo Testamento, totalizando 13 cartas. Elas estão divididas em:
Eclesiásticas – Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses e II Tessalonicenses.
Pastorais – I Timóteo, II Timóteo e Tito.
Pessoal – Filemon.
Pedro chama os escritos de Paulo de “Escrituras” – título aplicado somente à Palavra inspirada de Deus! (2Pe 3.15,16), logo, as cartas do apóstolo (assim como toda a Escritura – 2Tm 3.16) foram escritas sob a inspiração do Espírito Santo.
A respeito da Epístola aos Romanos, Martinho Lutero escreveu: “Esta epístola e a parte principal do Novo Testamento, é o mais puro evangelho, que certamente merece a honra de um cristão não apenas conhecê-la de memória, palavra por palavra, mas de também dedicar-se a ela diariamente, como alimento para a sua alma. Pois ela nunca será exaustivamente lida ou entendida. E quanto mais é estudada, mais agradável se torna, e melhor parece!”
Para Hernandes Dias Lopes, a carta de Paulo aos Romanos é muito mais que simplesmente uma carta, é um tratado teológico. É o maior compêndio de teologia do Novo Testamento. É a epístola das epístolas, a mais importante e proeminente carta de Paulo.
Na linguagem de John Murray, é uma exposição e uma defesa do evangelho da graça.
John Stott considera o Livro de Romanos uma espécie de manifesto cristão.
Já F. F. Bruce chama Romanos de “o evangelho segundo Paulo”.
Guilherme Orr diz que doutrinariamente, o livro de Romanos é o maior livro já escrito.
Diferentemente das outras cartas, Paulo não escreveu aos romanos para resolver problemas locais e circunstanciais. Por isso, essa carta parece mais um tratado teológico que uma missiva pastoral.
Logo em seu início, o apóstolo Paulo enfatiza:
Romanos 1:16
16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. (ARC)
Barth destaca que Paulo não diz que o evangelho tem este poder, mas que “é o poder de Deus” – o próprio poder de Deus, único, incomparável, onipotente. Quando o evangelho é proclamado no Espírito Santo, o poder de Deus (dynamis) está trabalhando. Paulo poderia ter usado o termo “energia” aqui, mas a sua escolha pela palavra “dynamis” coloca a ênfase sobre a fonte e não no processo do poder do evangelho. Deus é a fonte da salvação, mas Ele salva por meio da mensagem do evangelho pregada no poder do Espírito Santo (cf. 1 Co 1.18-21).
William M. Greathouse afirma que os cristãos romanos são também “amados de Deus” (agapetois theou – Rm 1.7). Aqui Paulo emprega a grande palavra do Novo Testamento para amor – ágape. “ágape” é o próprio amor de Deus, revelado de maneira suprema na cruz, onde Cristo morreu por nós, “sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8), mesmo “… nós, sendo inimigos” (Rm 5.10). Esse amor foi derramado nos corações dos cristãos pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Este amor agora abrange toda a vida deles. A partir de agora, nenhum poder de nenhum tipo pode separá-los do amor de Deus em Jesus Cristo (Rm 8.35-39) e esta ação é atribuição do Espírito Santo dentro do coração de cada servo do Senhor.
A manifestação do amor de Deus se dá por meio de um evento histórico – a cruz; a aplicação é feita pelo Espírito Santo.
Na carta aos Romanos ainda encontramos grandes temas envolvendo o Espírito Santo, como por exemplo: Ele é o agente santificador do cristão. Em Romanos 8.1 lemos a célebre afirmação:
Romanos 8:1
1 Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. (ARC)
Somos tão incapazes de santificar a nós mesmos quanto somos de justificar a nós mesmos; mas graças a Deus, assim como nós podemos ser “justificados gratuitamente” pela propiciação de Cristo (Rm 3.21-28), podemos ser “completamente santificados” pelo poder do Espírito Santo (8.1-11).
O Espírito Santo ainda produz a verdadeira justiça, paz e alegria na vida do cristão, pois é Ele quem nos ajuda a vivermos o Reino de Deus, mesmo, até este momento, estando na terra (Rm 14.17); e é Ele quem garante a nossa filiação junto ao Pai (Rm 8.14,16); habita em nós (Rm 8.9,11) e nos preservará até o dia da redenção, vivificando o nosso corpo mortal (Rm 8.11), pois também é Ele quem nos enche desta esperança (Rm 15.13). Aleluia!
Evangelista Cláudio Roberto de Souza
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