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26/11/2022
“Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo.” (Ef 4.7)
Ef 4.11-14
11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
Olá, irmãos. Paz do Senhor.
Seguindo o conceito de que dons são presentes de Deus para serem utilizados em louvor de seu nome e ferramentas para a edificação da Igreja, estudaremos a respeito dos dons ministeriais.
Conforme estudado em lições anteriores, a palavra dom vem do grego “charisma” que pode ser traduzido como presente dado de boa vontade.
Este conceito nos ensina que o recebimento destes dons não está relacionado a nenhum merecimento e está totalmente relacionado a uma escolha de Deus.
Não existe forma de sabermos por qual (is) motivo (s) o Senhor presenteia algumas pessoas em detrimento de outras, porém, temos certeza que todos os dons são recebidos para serem utilizados em prol do crescimento do Reino de Deus.
Se observarmos o que o Senhor disse ao profeta Samuel a respeito de como Ele escolhe alguém, teremos um vislumbre de como podem ter sido feitas estas escolhas, porém, a Bíblia não deixa isto claro.
A carta de Paulo aos efésios nos mostra o seguinte:
“E ele mesmo deu uns para…” (Ef 4.11a)
“… querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, …” (Ef 4.12a)
Na NTLH:
“Foi ele quem “deu dons às pessoas…”
“Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão…”
De certa forma, todos estes dons estavam presentes em Jesus que é o supremo doador de tudo e, como Ele deixou os apóstolos como divulgadores do Evangelho, era necessário que eles tivessem as mesmas capacitações que Cristo tinha enquanto ser humano.
Paulo nos mostra que Cristo, após cumprir sua obra redentora, distribuiu estes dons para pessoas específicas e isto reforça o fato de que tais dons são direcionados a cristãos que trabalharão para a edificação da Igreja.
Precisamos reforçar que cada um dos cinco dons ministeriais existentes está relacionado a um tipo de tarefa no Corpo de Cristo e que todos estão intimamente relacionados.
Sendo assim, é necessário que em todas as igrejas existam pessoas que receberam do Senhor estes dons e que os tais trabalhem incansavelmente para o crescimento da Igreja.
Outro ponto importante é que o Senhor não nos convida a buscar estes dons, diferentemente do que acontece com os dons espirituais.
Alguns autores afirmam que estes dons estão relacionados com cargos de liderança eclesiástica e que este seria o motivo de não termos sido ensinados a buscá-los.
Outros afirmam que estes dons são dados por Cristo para pessoas que farão parte da liderança eclesiástica da Igreja por todo mundo.
Apesar de ambas estarem corretas, só podemos conjecturar sobre este assunto, ou seja, meditar entre uma ou outra ideia, sem afirmar que é desta forma que acontece.
De forma simples e objetiva, os homens que recebem os dons ministeriais são presentes de Deus para a Igreja, ou seja, para cada uma das pessoas que compõe o Corpo de Cristo.
De acordo com o que Paulo escreveu à igreja que estava na cidade de Éfeso, existem 5 dons ministeriais.
A palavra ministério é um termo coletivo que aponta para vários oficiais e autoridades religiosas e civis no contexto bíblico.
De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, a palavra tem os seguintes significados.
A palavra hebraica associada a estes dons é Meshareth, que significa alguém que assessorava pessoas de alta categoria (Ex 24.13; Js 1.1; II Rs 4.43); algum cortesão (I Rs 10.4; II Cr 22.8; Sl 104.4); os auxiliares dos sacerdotes e levitas (Is 61.6; Ez 44.11; Jl 1.9,13; Ed 8.17; Ne 10.36).
Essa palavra hebraica é traduzida na Septuaginta pela palavra grega leitourgós, «funcionário público», cujo uso mais frequente diz respeito ao serviço prestado no templo.
De acordo com o teólogo americano Norman Champlim, as palavras Gregas utilizadas para ministério são:
“1.Diákonos (diakonéo): Essa palavra grega apontava para todo tipo de serviço, secular ou religioso. Em Luc. 12:37; 17:8 e João 12:2 temos alusão ao serviço das mesas. Os apóstolos de Cristo, em certo sentido, eram diákonoi (ver I Cor. 3:5; I Tim. 1:12). Os magistrados civis também são chamados servos ou ministros de Deus, em Rom. 13:4. Os anjos são espíritos que ministram diante de Deus (Heb. 1:14). Paulo também usou esse termo a fim de apontar para Cristo como ministro (Rom. 15:8). De fato, Jesus servia (ver Luc. 22:27).A forma verbal dessa palavra tem muitas aplicações no Novo Testamento: o discipulado cristão em geral (João 12:26); todo tipo de serviço e ministração de ordem espiritual (Atos 21:19; I Cor. 16:15; Efé. 4:11; Col. 4:17; II Tim. 1:12). A prédica e o ensino cristãos também são referidos por meio dessa palavra (Atos 6:5). 2. Uperètes (uperetéo). Novamente, o substantivo e o verbo. O uso clássico e original dessa palavra apontava pare os remadores do nível mais inferior, nas galeras antigas. Essa palavra grega foi usada para traduzir o termo hebraico chazen, que era nome que se dava a um atendente de uma sinagoga. Seu dever era o de abrir e fechar o edifício, apresentar e substituir livros, e ajudar aos sacerdotes ou mestres em tudo quanto fosse necessário. Destaca-se nessa palavra a idéia de assistência pessoal. Ver Luc. 1:12; Atos 26:16. 3. Doulos (douleúo). Uma vez mais, o substantivo e o verbo. O sentido primário dessa palavra era o trabalho feito por um escravo, que cumpria as vontades expressas de seu senhor. Por extensão, também podia indicar um servo (não-escravizado). Os ministros do Senhor Jesus servem à causa do evangelho como «escravos» (ainda que alguns não apreciem a idéia), o que aponta para a absoluta dedicação deles à causa, e também para o fato de que cumprem a vontade do Senhor, e não a própria. Ver Atos 4:29; I Cor. 7:22; Gál. 1:10; Col. 4:12; II Tim. 2:24; Rom. 1:1; Fil. 1:1; Tito 1:1. Ver também Tia. 1:1 e Jud. 1. Paulo trabalhava como um «escravo», tendo em vista o bem espiritual de todos (I Cor. 9:19). Surpreendentemente, por ocasião de sua encarnação, o próprio Cristo submeteu-se a esse estado de humilhação; como homem, serviu como um escravo dentro do drama espiritual. 4. Leitourgós (leitourgéo). De novo, o substantivo e o verbo. É dessa raiz que nos vem a palavra portuguesa liturgia. Essa palavra refere-se a serviços profissionais civis e religiosos. Indicava os funcionários públicos. Na Septuaginta, o trabalho desempenhado pelos sacerdotes é destacado por meio dessa palavra. Nos trechos de Luc. 1:23 e Heb. 9:21, esse uso é transferido para o Novo Testamento. A passagem de Heb. 1:14 contém essa palavra, indicando os anjos de Deus, que são seus ministros e servem aos crentes, em momentos de necessidade de alguma intervenção especial, por serem aqueles herdeiros da salvação. Cristo é o grande Ministro celestial (Heb. 8:2,6). No Novo Testamento, essa palavra recebe uma ampla aplicação, em consonância com a idéia do sacerdócio universal de todos os remidos. Assim, profetas e mestres são ministros de Deus (Atos 13:2). O ministério de Paulo é salientado por meio desse vocábulo (Rom. 15:16; Fil. 2:17). O dinheiro coletado pelas igrejas gentílicas, para ser enviado aos santos pobres de Jerusalém, foi um ministério ou serviço (ver Rom. 15:27). 5. Latreia (latreúo). Novamente, o substantivo e o verbo. Essa palavra grega, quando contrastada com aquela outra, douleúo, indica um serviço realizado em troca de remuneração, ao passo que os escravos trabalhavam sem nada receber. No entanto, qualquer serviço prestado a Deus pode ser aludido por meio desse vocábulo grego. O povo servia a Deus de inúmeras maneiras, e o serviço que prestavam era indicado por meio dessa palavra. A forma verbal aparece no Novo Testamento por vinte e uma vezes, geralmente traduzida por «servir». Ver, por exemplo, Mat. 1:10; Luc. 1:74; 3:27; Atos 7:7; 26:7; Rom. 1:9,25; II Tim. 1:3; Heb. 8:5; 9:14; 12:28; 13:10; Apo. 7:15; 22:3. E a forma nominal ocorre por cinco vezes: João 16:2; Rom. 8:4; 12:1; Heb. 9:1,6.”
Assim como a Igreja continua atual, os dons também continuam e enquanto a Igreja estiver neste mundo, os dons ministeriais continuarão existindo na vida daqueles que trabalharão pela obra de Cristo.
Precisamos deixar claro para os alunos que Cristo conhece a nossa essência e sabe que somos seres propensos ao pecado e isto nos ensina algumas coisas.
Se observarmos os propósitos da Grande Comissão, chegaremos à conclusão que o principal motivo da existência destes dons é promover tal comissão, haja vista, TODOS os dons ministeriais estarem envolvidos com a pregação e o ensino do Evangelho.
“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20 – ARC)
Ide: Apóstolos, evangelistas e profetas
Ensinando: Pastores e doutores (mestres)
A capacitação espiritual provê aos cristãos condições diferenciadas para a realização de tarefas relacionadas ao trabalho de evangelização e manutenção da Igreja.
Por este motivo, pessoas deixam seus afazeres seculares ou divide o tempo ministerial com os mesmos para dedicarem-se ao ofício ministerial.
Não existe explicação para este tipo de realização, haja vista, em grande parte dos casos, a remuneração financeira não é um fator motivador, sendo o amor a maior recompensa.
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.” (Fp 2.5-8 – ARC)
Existe uma palavra que relata exatamente o que Cristo fez e que faz parte da vida daqueles que verdadeiramente se entregaram à obra por amor das almas, que é a abnegação.
De acordo com o Dicionário Priberam, esta palavra significa:
Renúncia espontânea do interesse, da vontade, da conveniência própria.
Cristo renunciou ao trono e a tudo o que ele simbolizava por amor aos seres humanos e, através dos dons ministeriais, este amor é derramado na vida dos cristãos que exercerão ministérios e os capacitará a suportar as mais diversas situações.
Existem pessoas que afirma que os dons ministeriais são somente capacitações para o trabalho, porém, o que motiva os cristãos a se entregarem ao chamado ministerial é o amor.
Por este motivo, Jesus disse que o verdadeiro pastor dá a vida pelas ovelhas e chama os falsos de lobos, que agem com engano e maldade para destruir as ovelhas.
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.” (Jo 10.11-14 – ARC)
Aproveite o tempo para perguntar aos alunos o que os motivaria a trabalhar na obra de Deus.
Cristo serviu aos seres humanos de uma forma surreal, entregando sua vida para que fôssemos salvos.
Em toda sua trajetória neste mundo, ensinou sobre a importâncias das pessoas e da necessidade de manifestarmos o amor de Deus para com elas.
O exemplo de Jesus em tudo o que fazia deixava claro que era mais importante dar do que receber e durante todo o N.T. este ensinamento foi propagado (At 20.35).
A distribuição dos dons reafirma esta questão e nos mostra como devemos agir para com o próximo.
Infelizmente, muitos querem ser servidos e isto parece ser um “câncer” na vida de líderes eclesiásticos que se consideram superiores aos mais simples e exigem ser tratados de forma diferente e superior.
Chegamos ao cúmulo de ter nos púlpitos assembleianos, cadeiras de destaque para os pastores, com o intuito de reforçar que eles estão em uma posição superior, porém, tais ações estão em discordância a tudo o que Jesus ensinou e fez.
Champlim nos mostra as características de Jesus que devem nortear nosso comportamento como ministros de Deus e reforça o conceito da diakonia, ou seja, da servidão.
“1.Cristo é o Logos encarnado (João 1:13). Ele é o principal representante e ministro de Deus, tendo em mira a redenção dos homens. 2. Na qualidade de Servo sofredor, o Servo de Yahweh (Cristo) tinha o propósito de servir a Deus tendo em vista a redenção humana; e assim veio a tornar-se o arquétipo de todos aqueles que servem ao Senhor. Ver Atos 4:27,30; Isa. 40-66; Zac. 3:8-10. 3. Jesus, como Messias, foi o servo especial de Deus em favor do povo de Israel, com sobras no caso dos povos gentílicos. 4. Jesus, como Filho do Homem, apresentou-se como Servo de Deus em benefício dos homens. 5. Jesus, como Filho de Deus, mediou o Ser divino diante dos homens, por ser, ele mesmo, o próprio Deus. 6. Jesus, como supremo exemplo de serviço sacrificial deixou a inspiração apropriada para os demais ministros do evangelho (ver Fil. 2:7 ss).7. Jesus é o Supremo Pastor que os demais pastores precisam imitar (I Ped. 2:25). 8. Jesus é o Bispo dos bispos (o Supervisor dos supervisores) (I Ped. 5:4), cuja volta antecipamos ansiosamente. 9. O ministério de Jesus foi divinamente determinado, desde a fundação do mundo, com o que temos comunhão e do que fazemos parte (João 17:18; 20:21).10. A grandeza de Jesus Cristo acha-se em seu serviço prestado a outros; e aqueles que quiserem ser grandes, no sentido espiritual, precisam imitá-lo (Mar. 10:43,44). O serviço prestado a outros é tanto uma honra como uma maneira de obter honra. 11. Cristo tem um ministério celeste em favor dos homens (Heb. 7:25; I João 2:2; João 14:1-3).12. A descida de Cristo ao hades acrescentou uma importante dimensão ao seu ministério, garantindo oportunidade universal e a aplicação de sua missão salvatícia na outra dimensão. O mistério da vontade de Deus, mencionado em Efé. 1:9,10, mostra-nos que a missão de Cristo tem uma aplicação universal.”
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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