Buscar no blog
16/08/2024
Efésios 4:13
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, (ARC)
Efésios 4:11-14
11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
13 até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo,
14 para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente. (ARC)
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
A Igreja desempenha um papel central no desenvolvimento espiritual e moral dos cristãos, funcionando como uma comunidade de fé que promove o crescimento individual e coletivo. Através de suas liturgias, ordenanças e pregações, a Igreja ensina e reforça os valores e doutrinas cristãs, orientando a fidelidade na vivência de sua fé. Além disso, a Igreja oferece um espaço de encontro com Deus, onde os cristãos podem experimentar a graça divina, fortalecer sua fé e aprofundar sua relação com Cristo e com o próximo.
Além do aspecto espiritual, a Igreja também contribui para o desenvolvimento social e ético dos cristãos, promovendo a justiça, o amor, a caridade e o serviço ao próximo. Ela atua como uma mediadora entre os ensinamentos cristãos e as necessidades contemporâneas da sociedade, incentivando seus membros a viverem de acordo com os princípios do Evangelho no dia a dia. Dessa forma, a Igreja ajuda a moldar o caráter dos cristãos, formando indivíduos comprometidos com a transformação do mundo à luz dos ensinamentos de Jesus Cristo.
Nesta oportunidade, iremos nos aprofundar um pouco na importância da Igreja para o crescimento e a vida do cristão.
Os ministérios da Igreja são fundamentais para o crescimento dos santos, pois oferecem oportunidades variadas para que os membros desenvolvam seus dons espirituais e sirvam uns aos outros. Através de atividades tais como: ensino, evangelização, aconselhamento e assistência social, os ministérios ajudam a aplicar os ensinamentos bíblicos na prática, promovendo um ambiente de edificação mútua. Esses ministérios permitem que os cristãos se envolvam na missão da igreja, o que fortalece a fé individual e contribui para o crescimento.
Efésios 4:11-12
11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,
12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, (ARC)
O texto acima destaca a diversidade de dons e ministérios que Cristo concedeu à igreja, com o propósito de capacitar os santos para o serviço e edificar o corpo de Cristo. O foco principal é o aperfeiçoamento dos santos, ou seja, o amadurecimento espiritual dos crentes para que possam exercer suas funções no ministério e desta forma, também contribuírem para o crescimento de outros.
O “aperfeiçoamento” indicado aqui no grego é “καταρτισμός” (katartismos), que se refere ao ato de ajustar, completar ou equipar algo para que você esteja em plena função. Cada um dos ministérios descritos em Efésios 4:11 desempenha um papel crucial neste processo, garantindo que os membros do corpo de Cristo sejam capacitados para servir, crescendo no entendimento e na prática da fé.
Os cinco ministérios mencionados por Paulo no texto citado de Efésios 4:11 acima, são fundamentais para a edificação da igreja. Cada um desempenha um papel único e complementar na obra de Deus. Vamos analisar cada um deles:
1 – Apóstolos (ἀπόστολος – apóstolos)
2 – Profetas (προφήτης – prophētēs)
3 – Evangelistas (εὐαγγελιστής – euangelistēs)
4 – Pastores (ποιμήν – poimēn)
5 – Doutores (διδάσκαλος – didaskalos)
Em suma, cada um desses ministérios é essencial para a edificação da igreja. Os apóstolos fundam, os profetas orientam, os evangelistas anunciam, os pastores cuidam e os doutores ensinam. Ao trabalharem em conjunto, esses ministérios garantem que a igreja seja saudável, forte e preparada para cumprir a Grande Comissão.
O termo “ensinar” tem sua origem etimológica no latim. Vem do verbo “instruere”, que significa “construir dentro de”, “organizar” ou “preparar”. Este verbo é composto pelo prefixo “in-” (dentro) e pelo verbo “struere” (construir, arranjar). Assim, a ideia é “construir ou preparar o conhecimento dentro de alguém”, refletindo a função de passar conhecimento e informações a outra pessoa.
No grego, o termo usado para “ensinar” é “διδάσκειν” (didáskein), que é o verbo associado ao substantivo “διδάσκαλος” (didáskalos), que significa “mestre” ou “instrutor”. A raiz grega “δίδωμι” (dídōmi) significa “dar” ou “oferecer”, e “διδάσκειν” carrega o sentido de “dar conhecimento” ou “oferecer instrução”. O verbo “διδάσκειν” implica a ação de transmitir conhecimento ou instrução de uma forma que uma pessoa possa compreender o que foi transmitido e esteja capacitado em praticar e replicar.
Em Atos 2:42, vemos que a igreja primitiva se dedicava ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações. O ensino era um dos pilares fundamentais da comunidade cristã, pois proporcionava aos novos crentes uma base sólida de fé e compreensão das verdades do evangelho.
O ensino dos apóstolos transmite as palavras e os ensinamentos de Jesus, ajudando os membros a crescerem espiritualmente e a se firmarem em sua nova fé. Ao longo do ensino contínuo, os crentes eram fornecidos para viverem de acordo com os princípios de Cristo, sendo fortalecidos para enfrentar as perseguições e dificuldades decorrentes.
Além disso, o ensino promove a unidade entre os crentes, pois todos estavam aprendendo as mesmas verdades e princípios, o que contribuía para uma coesão doutrinária. Isso evitou divisões e heresias, mantendo uma igreja centrada na mensagem original de Cristo. O ensino constante e fiel ajudava os crentes a amadurecerem na fé, tornando-se mais eficazes no testemunho do evangelho e no serviço uns aos outros. Assim, a igreja cresceu em número e maturidade em espiritual, impactando a sociedade ao redor.
Outro ponto importante é que o ensino bíblico genuíno reside no fato de que ele é a fonte pela qual os crentes conhecem a verdade de Deus. Quando o ensino é fiel às Escrituras, ele proporciona um crescimento saudável para a igreja, orientando os membros para uma vida em conformidade com a vontade de Deus. O ensino bíblico sólido evita que a igreja seja levada por doutrinas errôneas ou modismos espirituais, promovendo um crescimento fundamentado na verdade. Esse tipo de ensino não apenas fortalece a fé individual, mas também edifica a comunidade, permitindo que a igreja cumpra sua missão de forma eficaz e duradoura.
A perseverança no estudo e aprendizagem do ensino bíblico é crucial para que a igreja possa vencer os desafios da vida. Na igreja primitiva, essa dedicação ao ensino era uma marca distintiva, que permitia aos crentes enfrentarem perseguições, provas e tentações com firmeza e sabedoria. Essa característica foi tão importante que ajudou a igreja a sobreviver e crescer em um ambiente hostil, provando que o conhecimento das Escrituras era um recurso indispensável para a vitória espiritual.
Para as tendências atuais, essa mesma perseverança é vital para que possam permanecer firmes em meio aos desafios modernos.
Em Atos 9:31 descreve um período em que a igreja, depois de passar por perseguições, experimentava paz, sendo edificada e crescendo em número enquanto caminhava no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo. Esse crescimento e fortalecimento da igreja estavam diretamente ligados ao ensino e à prática das verdades bíblicas. Da mesma forma, as atualizações de hoje devem buscar um renovo no ensino bíblico, atualizando suas didáticas para serem mais eficazes na transmissão das verdades eternas. Esse compromisso com o ensino é fundamental para que a igreja se fortaleça espiritualmente e cresça em número, impacte a outros e influencie o seu redor.
Jesus é o exemplo supremo de mestre, sendo chamado de “Rabi” ou “Mestre” em vários textos, como em João 3:2, Mateus 23:8, e Lucas 10:25. Ele não apenas possuía um conhecimento profundo das Escrituras, mas também tinha a habilidade única de ensinar de uma forma que impactava e transformava vidas. As multidões se admiravam de sua doutrina (Mt 7:28-29), porque Ele ensinava com autoridade, revelando as verdades de Deus de maneira clara e acessível.
Como dito pelo pastor Josué Rodrigues de Gouveia, Jesus era mais conhecido como mestre do que como pregador porque Suas lições tinham o poder de mudar corações e mentes, conduzindo as pessoas a uma compreensão mais profunda da sua própria realidade e do sentido real da vida.
O exemplo de Jesus nos mostra que o ensino bíblico é fundamental para o crescimento e a transformação da igreja. Ele dedicou grande parte de Seu ministério a ensinar Seus discípulos e as multidões, sabendo que o conhecimento genuíno de Deus era a base para uma vida espiritual frutífera.
Como o mestre maior que já existe, Jesus nos deixa o modelo de que a igreja deve priorizar o ensino sólido e eficaz, pois é através dele que os crentes estão equipados para viverem de acordo com os princípios do Reino de Deus.
Paulo é extremamente conhecido como um dos maiores mestres da Igreja devido à sua profunda compreensão das Escrituras, sua habilidade em comunicar as verdades do evangelho e sua dedicação incansável ao ensino e ao discipulado.
Ele escreveu grande parte do Novo Testamento (13 cartas), incluindo as que abordam questões teológicas complexas e práticas de vida cristã. Estas epístolas se tornaram fundamentais para a doutrina cristã e continuaram a ser estudadas e ensinadas ao longo dos séculos. A influência de Paulo foi tão significativa que ele é frequentemente mencionado como o maior de todos, inclusive, maior que outros grandes mestres e teólogos da história da Igreja, como Agostinho, Lutero e Calvino. Para a maioria esmagadora dos teólogos antigos e contemporâneos, Paulo foi o maior teólogo que já existiu!
Paulo não se tornou um grande mestre por acaso; ele teve uma formação rigorosa sob a orientação de Gamaliel, um renomado rabino e membro do Sinédrio. Atos 22:3 menciona que Paulo foi educado aos pés de Gamaliel, um líder da escola farisaica que era conhecido por sua interpretação rigorosa da Lei e por sua posição respeitada dentro do judaísmo do primeiro século. Gamaliel, neto de Hilel, representou uma abordagem mais moderada e intelectual da Lei judaica, que influenciou profundamente a formação teológica de Paulo. Esta formação acadêmica de alto nível preparou Paulo para ser um defensor apaixonado do judaísmo antes de sua conversão e, posteriormente, um mestre cristão capaz de conectar o Antigo Testamento com o evangelho de Cristo.
Após sua conversão no caminho para Damasco, Paulo passou por uma transformação radical, de um perseguidor implacável dos cristãos para um apóstolo humilde e dedicado ao ensino das igrejas, especialmente entre os gentios. A humildade de Paulo é evidente em suas cartas, onde ele frequentemente se refere ao mesmo como o “menor dos apóstolos” e “servo de Cristo”. Ele foi um defensor incansável do evangelho, enfrentando inúmeras dificuldades e perseguições para levar uma mensagem de salvação aos gentios. Barnabé, um dos primeiros a aceitar e confiar em Paulo após sua conversão, desempenhou um papel crucial no início do ministério de Paulo, apresentando-o aos apóstolos e trabalhando ao seu lado.
A colaboração entre Paulo e Barnabé foi fundamental para o crescimento inicial do ministério de Paulo. Barnabé não apenas o incentivou, mas também o ajudou a ganhar a confiança dos crentes que inicialmente desconfiavam dele devido ao seu passado como perseguidor. Esse apoio foi crucial para que Paulo se estabelecesse como líder e mestre, permitindo que ele desenvolvesse seu ministério entre os gentios. A transformação de Paulo de um zeloso fariseu em um apóstolo dos gentios é uma das maiores histórias de conversão e serviço na história da Igreja, demonstrando como Deus pode usar até mesmo os mais improváveis para cumprir Seus propósitos.
Como vimos, Paulo se tornou um ícone de liderança ministerial, não apenas por sua habilidade de ensinar e pregar, mas também por sua dedicação em formar novos líderes na fé. Ele gerou muitos “filhos na fé”, sendo Timóteo o mais proeminente. Timóteo, que Paulo conheceu durante sua segunda viagem missionária, foi discipulado e treinado para ser um pastor e líder na igreja. As cartas pastorais de Paulo a Timóteo são um testemunho de sua preocupação em garantir que a próxima geração de líderes estivesse bem preparada para continuar o trabalho do ministério. Além de Timóteo, Paulo também investiu em outros líderes como Tito, Silas e João Marcos, deixando uma herança duradoura de liderança na Igreja primitiva.
Reconhecer e honrar aqueles que se dedicam ao ensino da Igreja é fundamental, pois eles desempenham um papel crucial no crescimento espiritual e na preservação da fé. Hebreus 13:7 nos exorta a lembrar aqueles que lideraram a igreja, considerando o resultado de sua vida e imitando sua fé. No versículo 17, somos chamados a obedecer e nos submetermos a esses líderes, pois eles velam por nossas almas como quem há de prestar contas. Honrar os mestres e líderes espirituais é reconhecer a importância de seu trabalho na edificação do corpo de Cristo e no crescimento do conhecimento da verdade revelada nas Escrituras. Sem esses dedicados mestres, a igreja não poderia crescer em maturidade e permanecer fiel ao evangelho.
Para continuar lendo isso, clique em CLIQUE AQUI e escolha um dos nossos planos!
É com muita alegria que nos dirigimos a você informando que a EBD Comentada já está disponibilizando os planos de assinaturas para que você possa continuar a usufruir de nossos conteúdos com a qualidade já conhecida e garantida.
Informamos também que apoiamos o seguinte trabalho evangelístico:
CLIQUE AQUI para ser nossa parceria e continuar consultando a lição conosco…
Deus lhe abençoe ricamente!!!
Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
Acesse os esboços por categorias