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Betel Adultos – 3º Trimestre 2024 – 01-09-2024 – Lição 9 – A importância e a relevância da contribuição para a pregação , crescimento e desenvolvimento da Igreja

31/08/2024

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

TEXTO ÁUREO

Provérbios 3:9

9 Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; (ARC)

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2 Coríntios 8:1-5

​1 Também, irmãos, vos fazemos conhecer a graça de Deus dada às igrejas da Macedônia;
2 como, em muita prova de tribulação, houve abundância do seu gozo, e como a sua profunda pobreza superabundou em riquezas da sua generosidade.
3 Porque, segundo o seu poder (o que eu mesmo testifico) e ainda acima do seu poder, deram voluntariamente,
4 pedindo-nos com muitos rogos a graça e a comunicação deste serviço, que se fazia para com os santos.
5 E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também a si mesmos se deram primeiramente ao Senhor e depois a nós, pela vontade de Deus; (ARC)

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Ensinar o valor da contribuição financeira; 
  • Expor que somos mordomos do que Deus nos dá; 
  • Falar que Deus nos abençoa para abençoar a outros.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Vamos iniciar nosso estudo sobre a importância da contribuição financeira dos membros de uma igreja, com um olhar atento para o papel essencial que ela desempenha na pregação do evangelho, no crescimento e no desenvolvimento da igreja. Em toda a Bíblia, encontramos princípios que nos orientam a apoiar a obra de Deus por meio de nossas finanças, reconhecendo que tudo o que possuímos pertence ao Senhor. A contribuição, além de ser um ato de obediência, reflete nossa gratidão e compromisso com o Reino de Deus.

Como de costume, a Bíblia será o nosso guia e referencial, buscando compreender o que as Escrituras ensinam sobre este tema. Ao seguirmos a orientação da Palavra do Senhor, podemos nos tornar verdadeiras bênçãos, participando ativamente na missão de Cristo e assegurando que Sua igreja tenha os recursos necessários para continuar a proclamar as boas novas e a edificar a vida de muitas pessoas.

1 – CONTRIBUIÇÃO A LUZ DA BÍBLIA

A decisão de contribuir financeiramente para a obra de Deus não se limita a uma mera transação monetária. Ela envolve uma profunda conexão espiritual, pois revela o estado do nosso coração. Ao doarmos, demonstramos nossa fé em Deus e em Suas promessas. A gratidão por tudo o que Ele nos tem concedido nos motiva a compartilhar os nossos recursos com aqueles que precisam. Além disso, a contribuição financeira é um sinal do nosso compromisso com o Reino de Deus, demonstrando que estamos dispostos a investir em Sua causa.

Ao participar financeiramente da obra, mostramos que nos importamos com a expansão do evangelho e com o cuidado da igreja. É uma maneira de nos alinharmos com os propósitos divinos, demonstrando que estamos dispostos a investir no que realmente importa: a salvação de almas e a edificação do Corpo de Cristo. Dessa forma, nossa contribuição se torna um ato de adoração e obediência, refletindo nossa dedicação e amor a Deus e Sua obra.

1.1 – Um ato de fé

O texto de 2 Coríntios 5:7 diz: “Porque andamos por fé e não por vista,” nos ensina que a vida cristã é orientada pela confiança em Deus e em Suas promessas, mesmo quando não podemos ver claramente o caminho à frente. Este princípio é essencial para entender como devemos viver como seguidores de Cristo, confiando em Deus em todas as circunstâncias. Já em Hebreus 10:38, “Mas o justo viverá da fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele,” vemos uma ênfase na perseverança na fé. Este versículo reforça que a fé é um estilo de vida contínuo e não algo circunstancial; o justo vive de acordo com sua confiança em Deus e, por isso, não retrocede. Comentadores como John MacArthur, destacam que esses textos juntos sublinham a importância da fé como a base da vida cristã, que deve permanecer firme mesmo diante das adversidades.

A expressão “a fé honra a Deus e Deus honra a fé” encapsula o princípio de que, quando confiamos em Deus, Ele responde abençoando e fortalecendo essa confiança. Em Hebreus 11:4, lemos sobre Abel, cuja oferta foi aceita por Deus porque foi feita com fé. A Bíblia diz: “Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim,” demonstrando que a aceitação de sua oferta estava diretamente ligada à fé que ele tinha em Deus. Matthew Henry, aponta que a fé de Abel não só agradou a Deus, mas também serviu como um testemunho duradouro da importância de confiar no Senhor em todos os aspectos de nossa vida.

No relato de Marcos 12:42, a oferta da viúva, que consistia em duas pequenas moedas, é destacada por Jesus como maior do que as contribuições de todos os outros, porque ela deu tudo o que tinha. Este gesto de extrema generosidade e confiança em Deus revela uma fé profunda, que não é medida pelo valor material, mas pelo sacrifício e pela confiança em que Deus proverá. Segundo William Barclay, a oferta da viúva demonstra uma fé genuína, que se expressa em atos concretos de devoção, mesmo que isso signifique dar o pouco que se tem.

Essa história nos ensina que a nossa contribuição financeira não deve ser julgada pelo montante dado, mas pela fé e a disposição do coração. Assim como a viúva que deu tudo o que tinha, nossa oferta deve ser um reflexo da confiança plena em Deus, sabendo que Ele é capaz de suprir todas as nossas necessidades. A verdadeira medida da contribuição é a fé que a acompanha, e não o valor financeiro em si.

Portanto, nosso relacionamento com Deus não se baseia em meras declarações verbais de fé, mas em uma fé viva e ativa que nos move a agir. A fé que agrada a Deus é aquela que nos impulsiona a adorar, a confiar, e a ofertar generosamente, reconhecendo que tudo o que temos é dEle e para Ele. É essa fé que nos tira da inércia e nos leva a um compromisso verdadeiro e profundo com o Senhor, inclusive na maneira como administramos os recursos que Ele nos confiou.

1.2 – Um ato de gratidão

O termo “gratidão” deriva do latim gratia, que significa “graça, favor, reconhecimento”. No contexto bíblico, a gratidão vai além de um simples sentimento de apreço; é uma resposta ativa ao favor imerecido que recebemos de Deus. A gratidão a Deus é o reconhecimento de Sua bondade, misericórdia e provisão em nossas vidas, ou seja, a gratidão é uma resposta natural ao amor imensurável de Deus por nós. É uma atitude que permeia o coração do crente, moldando seu relacionamento com o Senhor e sua expressão de fé, especialmente quando consideramos que tudo o que temos e somos provém dEle.

A Bíblia nos convida repetidamente a recordar as obras de Deus e a expressar gratidão por Suas bênçãos. No Salmo 103:1-6, Davi nos exorta a bendizer ao Senhor, lembrando de todos os Seus benefícios: perdão, cura, redenção, amor e misericórdia. Este convite ao louvor está intimamente ligado à prática de trazer à memória o que Deus tem feito por nós, gerando uma resposta de gratidão genuína. Outros textos bíblicos reforçam essa prática, como em Salmo 136, onde cada versículo reitera a bondade eterna de Deus, e em Deuteronômio 8:10-18, onde somos advertidos a não esquecer que é o Senhor quem nos dá força para adquirirmos riquezas.

Em Eclesiastes 5:19, lemos: “Quanto ao homem a quem Deus conferiu riquezas e bens, e lhe deu poder para deles comer, e tomar a sua porção, e gozar do seu trabalho, isto é dom de Deus”. Este versículo sublinha que as bênçãos materiais, assim como a capacidade de desfrutá-las, são dádivas de Deus. Matthew Henry, em seus comentários (Editora Fiel), destaca que o verdadeiro contentamento e a habilidade de desfrutar os bens terrenos vêm unicamente de Deus. Sem a Sua bênção, até as maiores riquezas perdem seu valor e significado.

Além disso, o texto nos ensina que nossa capacidade de trabalhar, adquirir bens e aproveitar o fruto de nosso trabalho é uma graça divina. Nada do que temos é obtido por nossas próprias forças, mas sim pela ajuda de Deus. John Gill, ressalta que essa passagem nos lembra da dependência total que temos do Senhor, mesmo nas coisas mais triviais da vida, e nos chama a reconhecer isso com gratidão.

Em 1 Crônicas 29:14, Davi exclama: “Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntárias? Porque tudo vem de Ti, e da Tua mão to damos”. Este versículo está no topo das expressões bíblicas de gratidão e reconhecimento da soberania de Deus. Davi, ao juntar recursos para o templo, reconhece que até mesmo o desejo e a capacidade de ofertar provêm de Deus. Segundo o comentário de Charles Spurgeon em The Treasury of David (Zondervan), Davi estava profundamente consciente de que tudo o que ele e o povo possuíam era um presente de Deus, e que devolver a Ele era um ato de adoração, não de mérito próprio.

Albert Barnes, observa que Davi demonstra um entendimento claro de que o homem não pode se gloriar em suas próprias realizações. Tudo o que damos a Deus, seja serviço, adoração ou bens materiais, é um reflexo da bondade e provisão dEle em nossas vidas. Esse reconhecimento de dependência total em Deus é o cerne da verdadeira gratidão bíblica.

A oferta pacífica descrita em Levítico 7:29 pode ser vista como uma oferta de gratidão, pois ela envolvia a partilha de uma refeição sagrada com Deus, simbolizando comunhão e reconhecimento das bênçãos recebidas. Matthew Henry, explica que a oferta pacífica era uma maneira do adorador expressar gratidão pela paz e bênçãos recebidas do Senhor. Ao trazer a oferta, o crente declarava sua dependência de Deus e sua gratidão pelas provisões divinas.

Portanto, a gratidão deve permear a vida do cristão, pois reconhecemos a sua bondade e misericórdia em nossas vidas. Contribuir financeiramente para a obra de Deus é uma forma concreta de expressar essa gratidão, admitindo nossa dependência do Senhor e nossa confiança nEle para continuar provendo em todas as áreas de nossas vidas. Através da gratidão, manifestamos nossa fé em um Deus que é fiel e digno de todo louvor e honra.

Através da sua bondade e misericórdia, somos o que somos e temos o que temos! Aleluia!

1.3 – Um ato de amor para com a obra de Deus

O amor se manifesta como um ato de devoção à obra de Deus quando dedicamos nossas vidas, tempo, recursos e esforços para promover o Reino de Deus. Amar a Deus inclui amar aquilo que Ele ama, e a igreja, como Corpo de Cristo, é um dos principais objetos do amor divino. Quando contribuímos para a obra de Deus, seja financeiramente, com nosso tempo ou talentos, estamos demonstrando nosso amor por Ele e pelo Seu propósito no mundo. Esse amor se torna tangível através de ações que visam a edificação da igreja, a propagação do evangelho e o cuidado com os necessitados.

Além disso, o ato de contribuir para a obra de Deus não é apenas um dever, mas um privilégio. É uma maneira de participar diretamente no que Deus está fazendo no mundo. John Piper, argumenta que quando amamos a Deus e Sua obra, encontramos nossa maior alegria em contribuir para a expansão do Seu Reino. Esse amor se expressa em dar com alegria, não por obrigação, mas como uma resposta ao imenso amor que Deus derramou sobre nós.

Em 1 Crônicas 29:3, Davi expressa seu profundo amor pela casa de Deus ao declarar: “Além disso, porque amo a casa do meu Deus, o ouro e a prata particulares que tenho, dou para a casa do meu Deus”. Davi não apenas cumpriu sua responsabilidade como rei, mas foi além, dando de seus próprios tesouros pessoais para a construção do Templo. Esse ato de generosidade destaca a paixão de Davi pelo que era sagrado e o seu desejo de honrar a Deus com o melhor de seus bens. Segundo o comentarista bíblico Matthew Henry, Davi demonstra que seu coração estava mais comprometido com a obra de Deus do que com seus próprios interesses, estabelecendo um padrão de generosidade sacrificial.

Charles Spurgeon, enfatiza que a doação de Davi foi motivada por amor e reverência a Deus, e não por vaidade ou desejo de reconhecimento. Davi entendeu que o Templo seria um lugar de adoração para as gerações futuras e, portanto, sua contribuição era um investimento no futuro espiritual de Israel. Sua ação demonstra que o verdadeiro amor por Deus se expressa em atos de serviço e sacrifício, mesmo quando o doador não verá o resultado final de seu esforço, ou seja, mesmo sabendo que não viveria para ver o Templo construído, Davi não hesitou em contribuir generosamente para a sua construção. Ele entendeu que a obra de Deus transcende a vida de qualquer indivíduo e que suas ações tinham um propósito maior do que a satisfação pessoal. Davi estava mais preocupado em deixar um legado espiritual do que em desfrutar dos frutos de seu trabalho. Isso revela sua profunda compreensão do caráter eterno da obra de Deus e sua dedicação em garantir que o culto ao Senhor continuasse nas gerações futuras.

O gesto de Davi de priorizar a obra de Deus em detrimento de seu próprio bem-estar contrasta com a atitude de muitos que, no final da vida, buscam maximizar seu conforto pessoal. Davi, no entanto, viu a maior realização de sua vida em contribuir para a construção de algo que glorificasse a Deus, em vez de buscar prazeres terrenos. Ele sabia que sua verdadeira recompensa não estava em bens materiais, mas em saber que havia investido no Reino de Deus. Isso nos desafia a considerar nossas prioridades e a avaliar se estamos dispostos a sacrificar nosso conforto pessoal para investir na obra de Deus.

Como servos de Deus, devemos ser fiéis em nossas contribuições, abandonando pretextos e justificativas para não ofertar. John Wesley, argumenta que a fidelidade nas contribuições é um reflexo direto de nossa fé e confiança em Deus. Ele ressalta que a negligência nessa área pode ser um sinal de falta de fé.

Um exemplo real dessa fidelidade é o de R.G. LeTourneau, um empresário cristão que doou 90% de sua renda para causas cristãs, acreditando que Deus era seu parceiro de negócios. Sua generosidade foi acompanhada por grande prosperidade, mostrando que Deus honra aqueles que priorizam Sua obra.

Outro exemplo inspirador de generosidade é o de George Müller, um pastor que, por meio da fé, providenciou alimentos e abrigo para milhares de órfãos, confiando totalmente em Deus para suprir todas as suas necessidades. As histórias de  LeTourneau e Müller nos mostra que a fidelidade nas contribuições pode gerar resultados extraordinários.

Contribuir para a obra de Deus, portanto, não é apenas uma responsabilidade, mas uma demonstração de amor e fé que Deus recompensa abundantemente.

2 – COMO SE DEVE CONTRIBUIR

Evangelista Cláudio Roberto de Souza

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Postado por ebd-comentada


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