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27/04/2023
Jeremias 29:13
13 E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração (ARC)
Gênesis 4:1-2; 25-26
1 E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu, e teve a Caim, e disse: Alcancei do SENHOR um varão.
2 E teve mais a seu irmão Abel; e Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra.
25 E tornou Adão a conhecer a sua mulher; e ela teve um filho e chamou o seu nome Sete; porque, disse ela, Deus me deu outra semente em lugar de Abel; porquanto Caim o matou.
26 E a Sete mesmo também nasceu um filho; e chamou o seu nome Enos; então, se começou a invocar o nome do SENHOR. (ARC)
Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.
O pecado consumado por Adão e Eva no jardim do Éden não decretou o fim da relação com Deus.
É claro que os prejuízos narrados em Gênesis 3.14-24 foram altíssimos, porém, em nenhum momento das sentenças lavradas pelo Criador, há qualquer menção de abandono ou desamparo do homem criado a sua imagem e semelhança – ao contrário, há uma sonora profecia que aponta para Cristo, o Salvador do homem caído, o autor da obra de redenção que culminaria com a sua morte e ressurreição em prol da remissão dos pecados de toda a humanidade.
Gênesis 3:15
15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (ARC)
Neste singelo texto está prescrito o princípio dos desígnios do Senhor, seu plano de expiação e recuperação da comunhão com o homem degenerado.
Em termos gerais, a religião é um sistema de crenças, práticas, rituais e valores que se relacionam com a existência de seres ou entidades divinas ou sobrenaturais e com a relação entre essas entidades e os seres humanos.
Geralmente, as religiões oferecem uma explicação sobre a origem do universo, a natureza humana, o propósito da vida, e um código moral para orientar as ações dos seus seguidores. A religião pode ser vista como uma maneira de encontrar significado, propósito e conexão com o mundo ao nosso redor, bem como com o divino ou o transcendente.
As religiões são praticadas em todo o mundo e assumem uma ampla variedade de formas, incluindo o cristianismo, o islamismo, o hinduísmo, o budismo, o judaísmo e muitas outras.
No entanto, quando abordamos o tema religião no âmbito teológico, a palavra “religião” tem origem no termo em latim “religio” ou “religare” que significa “ligação”, “união”, “vínculo” ou “obrigação”. A partir dessa raiz etimológica, a religião é vista como uma forma de estabelecer uma conexão ou relação com algo que é considerado divino ou sagrado, seja através de crenças, práticas, rituais ou valores compartilhados por um grupo de pessoas. A religião pode ser vista como uma maneira de buscar significado e orientação moral, bem como uma forma de encontrar um propósito e uma conexão com o mundo ao nosso redor e com o transcendente.
No Éden, a ligação, ou o vínculo que havia entre o Deus Criador e o homem criado, se perdeu. O pecado causou o rompimento dessa união e a partir daí, a história vai mostrar as diversas tentativas falidas de o homem tentar se reconectar novamente com Deus.
Após a queda, Adão e Eva foram expulsos do Éden; como alguns costumam chamar, foram postos para fora do “lugar de delícias” e de total segurança, porém, como muito bem pontuou o Bispo Abner, dentre todas as más consequências pós queda, a ruptura da relação com Deus é com certeza, a mais terrível de todas elas.
Hernandes Dias Lopes explica que o jardim tinha árvores encantadoras e também frutíferas. O cenário era de uma beleza singular, porque o arvoredo agradava aos olhos e também ao paladar. Bruce Waltke diz que a vida no jardim é representada como uma mesa de um banquete.
Hernandes esclarece que havia duas árvores no meio do jardim (Gn 2.9b); a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. É digno de nota que essas duas árvores não estavam num recanto do jardim, mas em seu meio, e deviam ser observadas constantemente. Eram um outdoor de Deus para Adão Gn (2.9,17; 3.3,22,24). Os frutos da árvore da vida conferiam imortalidade (Gn 3.22), enquanto os frutos da outra árvore conferiam um conhecimento experimental do bem e do mal, mas também causavam a morte (Gn 2.17). A árvore da vida era a fonte da vida, da qual o homem, depois que pecou, teve de ser separado (Gn 3.22-24). Essa árvore é apresentada como o dom supremo para o crente fiel (Ap 2.7) e como símbolo da vida eterna (Ap 22.2,14).
Bruce Waltke interpreta corretamente quando diz que, em Provérbios, a expressão árvore de vida é usada como uma referência a tudo que cura, fortalece e celebra a vida: justiça (Pv 11.30); anseio satisfeito (Pv 13.12) e uma língua que traz cura (Pv 15.4). Adão e Eva, entretanto, escolheram comer da árvore que Deus havia proibido, mostrando que, infelizmente, a busca da humanidade é por poder, não por vida.
Warren W. Wiersbe nos informa que se Adão e Eva comessem da árvore da vida, viveriam para sempre na Terra como pecadores, e seu futuro seria sombrio. Era preciso que morressem, pois “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23). Assim, Deus removeu o casal do jardim, ou melhor, de acordo com Gênesis 3:24, ele os “expulsou” (ver Gn 4:14 e 21:10.) Deus colocou anjos para guardar a entrada do jardim e garantir que Adão e Eva não tentariam entrar lá outra vez. Um dia, jesus Cristo reabriria o caminho para a “Árvore da Vida” mediante sua morte na cruz (Jo 14:6; Hb 10:1-25; Ap 2:7; 22:1, 2, 14, 19).
Para o homem e a mulher fora do jardim, a vida diária passaria a ser uma labuta pelo pão e a criação da sua família. Ainda poderiam ter comunhão com Deus, mas sofreriam diariamente as consequências de seu pecado, e o mesmo aconteceria com seus descendentes. A lei do pecado e da morte passaria a vigorar na família até o fim dos tempos, mas a morte e a ressurreição do Salvador introduziriam uma nova lei: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8:2).
Hernandes complementa ao afirmar que ao comerem o fruto proibido, Adão e Eva, em vez de se aproximarem de Deus, passaram a ter medo dEle, o que prova que o pecado é uma fraude. É atraente aos olhos, mas engana; promete liberdade, mas escraviza; promete vida, mas mata. Adão e Eva tentaram se esconder de Deus, fugindo dEle, e tentaram esconder sua nudez um do outro atrás das folhas de figueira. Todavia, aquilo eram meros arremedos para quem já havia colocado o pé na estrada da desobediência.
A separação causada pela queda colocou o homem em uma busca desenfreada de se reconectar novamente com Deus e o caso mais explícito está logo após a queda e a aparição do Senhor na viração do dia para falar com o homem.
Gênesis 3:8
8 E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. (ARC)
A reação imediata foi esconder a nudez com folhas de figueira e depois esconder-se de Deus. As folhas de figueira foi o primeiro método usado pelo homem caído em sua tentativa de reatar com Deus, porém, a fórmula foi rejeitada e em lugar, Deus os vestiu com túnicas produzidas por peles de animal, onde muitos estudiosos entendem que ali temos o primeiro sacrifício de um cordeiro para cobrir os efeitos causados pelo pecado e que apontam para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29) – Aleluia!
Como dito, o pecado original cometido no Éden, não colocou um ponto final na relação entre Criador e criatura, mas ouve uma interrupção no perfeito relacionamento de outrora.
Uma vez postos para fora do jardim, o casal seguiu adiante e Deus se mostrou misericordioso. Adão e Eva coabitaram, e Eva concebeu e deu à luz Caim. A palavra “conhecer”, no Antigo Testamento, é o termo técnico para “relacionamento sexual”. Esse texto é usado para se referir ao ser humano, nunca para animais.
Hernandes diz que ao conceber, a gratidão de Eva a Deus foi imediata, e a esperança do cumprimento da promessa acendeu em sua alma como um farol (Gn 3.15). Reconheceu que, com o auxílio do Senhor, ela adquiriu um varão, por isso deu-lhe o nome de Caim. Eva pensou que Caim seria alguém maior do que foi, ou seja, que ele seria o homem que pisaria a cabeça da serpente. Ao nascer seu segundo filho, deu-lhe o nome de Abel. Este tornou-se pastor de ovelhas, e aquele, lavrador (Gn 4.1,2).
Os filhos foram ensinados a adorar a Deus e cada um seguiu o seu caminho de adoração, porém, veremos que os cultos eram distintos. Enquanto Abel entendeu como prestar um verdadeiro culto de adoração a Deus, Caim, não.
Wiersbe afirma que Adão e Eva haviam aprendido a adorar a Deus durante seus dias maravilhosos no jardim, antes que o pecado trouxesse maldição para a vida deles e para a terra. Certamente, haviam ensinado aos filhos sobre o Senhor e sobre a importância de adorá-lo. Quando Deus vestiu Adão e Eva com peles de animais (Gn 3:21), talvez tenha lhes ensinado sobre os sacrifícios e o derramamento de sangue. E possível que eles, por sua vez, tenham passado essa verdade para seus filhos. A verdadeira adoração é algo que devemos aprender com o próprio Deus, pois somente ele tem o direito de determinar as regras para nos aproximarmos dele e para lhe agradar em adoração.
Hernandes afirma que Gênesis 4 volta a atenção para Caim; seu nome é citado dezesseis vezes, e em sete ocasiões Abel é identificado como “seu irmão”. O nome de Caim significa “adquirido”, e o de Abel significa “fôlego”. O nome de Caim nos lembra de que a vida vem de Deus, enquanto o de Abel nos diz que a vida é breve. Caim tornou-se lavrador e Abel, pastor, abrindo o caminho para outros importantes personagens do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque, Jacó, seus filhos, Moisés e Davi. Bräumer diz que o rompimento da fraternidade e o caminho até o assassinato não começam com a divisão das profissões, mas com a separação no culto. uma vez que Caim e Abel serviam a Deus em altares diferentes.
Abel adora a Deus conforme os preceitos de Deus, enquanto Caim tenta adorar a Deus da sua própria maneira. Caim está mais infeliz com o sucesso espiritual de seu irmão do que desejoso de acertar sua vida com Deus.
Caim era um hipócrita e Abel, um servo fiel a Deus. Abel amava a Deus, ao passo que Caim amava apenas a si mesmo. Abel procurava agradar a Deus, já Caim buscava satisfazer apenas seus caprichos. Nesse lar, os filhos crescem de modo diferente, com vocações diferentes, corações diferentes, religiões diferentes – a religião de Abel é verdadeira, e a de Caim, falsa.
Pastor Eliel Goulart, colunista do site EBD Comentada esclarece algo muito interessante sobre as ofertas de Caim e Abel:
“Caim e Abel trouxeram sacrifícios ao Senhor. Caim trouxe do fruto da terra. E Abel trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura. Porém, observemos que não se comia carne nesse período da história. Conforme Gênesis 1.30 as verduras e os frutos serviam para o mantimento. Somente a partir de Noé é que Deus deu autorização para se comer carne – Gênesis 9.3. Portanto, pergunta-se por que Abel criava ovelhas, se não serviam para mantimento? Um dos significados de seu nome seria o de ´alimentador de ovelhas´. Vivia para agradar a Deus. Não era como Caim, cujo um dos significados do nome é ´um servo da terra´, que vivia para o mundo.
Caim quis inventar a sua própria maneira de cultuar. Os mundanos fazem isso. Mas é Deus quem estabelece a maneira Dele receber culto. E os pais de Caim e Abel lhes pregaram o evangelho com o sacrifício do animal inocente. Sangue foi derramado. Sacrifício vicário, substitutivo.
Eis outros aspectos do valor da oferta de Abel, que denota seu caráter de adorador. Por isso, muito bem observa o comentário da lição – “Notemos que Deus atentou primeiro ´para Abel´ e, depois, ´para a sua oferta´.”
Por isso, observamos em nossos cultos, cantores com voz chamada califonia, voz bela. Mas, mesmo cantando de maneira extraordinária e agradando aos ouvidos mais exigentes, não há unção, reverência e o discernimento é que o objetivo primeiro não é a glória de Deus e nem a intenção é de adorador.
E outros com voz de menos potencial, canta e a glória de Deus se manifesta entre nós. Porque o Senhor atenta primeiro para o caráter do adorador. Primeiro atenta para o caráter “Abel” e depois “para a sua oferta”.
Que bom seria um cantor com voz bela cantar também com caráter belo!”
Antes de Deus aceitar nosso culto, precisa aceitar nossa vida (Gn 4.3-5). Primeiro, Deus agradou-se de Abel e depois da sua oferta. Ele está mais interessado em quem você é do que no que você faz, ou seja, a vida com Deus precede culto a Deus e também o trabalho para Deus. Waltke tem razão em dizer que o adorador e sua oferta são inseparáveis.
Não existe a possibilidade de afirmar que ama a Deus e ao mesmo tempo não demonstra afeição pelo próximo! Trata-se de sentimentos que se transforma em comportamento completamente contraditórios ou antagônicos.
Caim, cultuava a Deus e oferecia a Ele o seu sacrifício, mas ao mesmo tempo alimentava ódio do seu irmão Abel, pois a oferta dele era agradável a Deus, enquanto a sua era rejeitada.
Wiersbe esclarece que sem um coração submisso, nem mesmo as mais preciosas ofertas podem tornar o adorador aceitável diante de Deus (SI 51:16, 17). “O caminho de Caim” (Jd 11) é o caminho da vontade própria e da incredulidade.
Quando Deus rejeitou sua oferta, Caim ficou muito irado. (A palavra hebraica deixa implícito que ele estava “consumindo-se de cólera”.) Deus falou com ele pessoalmente e tentou conduzi-lo de volta ao caminho certo da fé, mas Caim resistiu. É típico do Senhor nos dar mais uma oportunidade de lhe obedecer, e é típico dos pecadores obstinados recusar sua ajuda graciosa.
O Senhor advertiu Caim de que a tentação é como uma besta feroz que jazia à porta de sua vida e que era melhor não abrir essa porta. E perigoso carregar rancores e nutrir sentimentos de amargura em nosso coração, pois podem ser usados por Satanás para nos levar à tentação e ao pecado. Era a isso que Paulo se referia quando escreveu: “nem deis lugar ao diabo” (Ef 4:27). Se não tomarmos cuidado, poderemos servir de tentação para nós mesmos e causar nossa própria destruição.
Wiersbe complementa dizendo que não podemos separar nosso relacionamento com Deus dos relacionamentos que temos com nossos irmãos e irmãs. (Isso inclui tanto nossos irmãos e irmãs naturais como aqueles em Cristo.) Um espírito rancoroso como o que possuiu Caim impede a adoração e destrói nossa comunhão com Deus e com o povo de Deus (Mt 5:21-26; 6:14-16). É melhor interromper nossa adoração e acertar o que é preciso com um irmão do que corromper nosso sacrifício com nossa atitude incorreta.
Quanto tempo se passou entre a rejeição das ofertas de Caim e o momento em que ele atraiu seu irmão para longe de casa e o matou? Foi no mesmo dia, ou Caim remoeu a questão durante algum tempo? E provável que, em seu coração, tenha assassinado o irmão várias vezes antes de cometer o ato em si. Invejava o irmão por causa do relacionamento que Abel tinha com Deus (1 Jo 3:12) e, ainda assim, não se dispôs a acertar sua situação com o Senhor. Quando odiamos outras pessoas, é sinal de que não estamos andando na luz (1 Jo 2:9-11) e de que não temos o amor de Deus em nosso coração (1 Jo 3:10-16).
Caim era um filho do diabo (1 Jo 3:12),2 o que significa que ele era homicida e mentiroso (Jo 8:44). Mentiu para o irmão quando o atraiu para o lugar onde o matou. Mentiu para si mesmo ao pensar que poderia cometer um crime tão hediondo e escapar impune. Caim chegou a tentar mentir para Deus e encobrir seus atos perversos ao responder ao Senhor quando indagado acerca do seu irmão: “E disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão?” (Gn 4.9)!
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Equipe EBD Comentada
Postado por ebd-comentada
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