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Betel Adultos – 1º Trimestre 2024 – 24-03-2024 – Lição 12 – O verdadeiro sentido de serem dois em um

21/03/2024

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

TEXTO ÁUREO

“Portanto, deixara o varão o seu pai e a sua mãe apegar-se-á à sua mulher, serão ambos uma carne.” Gênesis 2.24

TEXTOS DE REFERÊNCIA

MATEUS 19.5,6 

5 E disse: Portanto, deixara o homem pai e a mãe a se unir sua mulher, serão dois numa carne. 

6 Assim não são mais dois, mas uma carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separou o homem. 

1 CORÍNTIOS 7.5 

5 Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes oração; a depois juntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  • Mostre que a união precisa ser firmada no corpo. 
  • Ressaltar que a união precisa estar conectada na alma. 
  • Explicar que a união precisa estar vinculada no espírito.

INTRODUÇÃO

Olá, irmãos(ãs), paz do Senhor.

Durante alguns trimestres, nós, da EBD Comentada, trabalhamos o conceito da Tricotomia, que apresenta os seres humanos compostos por três partes, conforme o apóstolo Paulo descreveu em sua primeira carta aos tessalonicenses.

“E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o nosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Ts 5.23 – ARCO) 

Este conceito, além da Bíblia, é totalmente confirmado pela ciência, que tem sido treinado como complexidades que envolvem a parte espiritual e física dos seres humanos.

Alguns escritores definem os seres humanos da seguinte forma: Somos um espírito que possui uma alma e habita em um corpo.

Sabemos que somente os seres humanos possuem um espírito e é este que nos capacita com o discernimento e o julgamento, diferentemente dos animais que possuem o instinto. O espírito também é a parte humana que permite que saibamos ou tenhamos interesse pelo sublime ou o transcendente.

O apóstolo Paulo nos mostra que o Espírito de Deus se comunica com o nosso espírito e confirma que somos filhos de Deus.

“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.” (Rm 8.16 – ARCO)

A alma pode ser conceituada como fonte das emoções, geralmente chamada de coração em alguns textos bíblicos.

O corpo é o invólucro que guarda a parte imaterial dos seres humanos (espírito e alma).

Se conhecermos as partes que nos compõe e compreendermos suas características, teremos mais chance de viver relacionamentos saudáveis, tenha vista, cada comportamento terá influência de todo o ser.

No casamento, duas pessoas que possuem espírito, alma e corpo próprio se unem e começam a compartilhar a vida e é fundamental que cada um conheça as particularidades do outro com o intuito de viver uma vida alegre e produtiva.

Quando compreendemos que a união de corpos pressupõe a união de espírito e alma, começamos a entender que devemos nos doar em tudo o que fazemos e nisto é o sentido do casamento.

1 – A UNIÃO PRECISA ESTAR NO CORPO

Quando analisamos a estrutura física do homem e a comparamos com a mulher, constatamos que o Senhor fez um para o outro em cada detalhe.

Biblicamente, a primeira mulher foi criada de uma parte (costela) do primeiro homem, sendo literalmente carne de sua carne.

“Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gn 2.21-24 – ARC)

A união sexual do homem com a mulher é algo surreal, pois todo o corpo é preparado para isto e envolve hormônios, neurotransmissores, glândulas, mucosa e órgãos e é exatamente durante o ato sexual que o casal se torna uma só carne.

“Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne.” (1 Co 6.15.16 – ARC)

É importante mencionarmos que a união entre duas pessoas do mesmo sexo não se assemelha ao que acontece quando um homem e uma mulher se unem sexualmente.

Outro ponto importante é que durante a união sexual entre um homem e uma mulher, a conexão entre o espírito e a alma também estão presentes e isto abrange uma gama de sensações que são vivenciadas pelo casal.

Precisamos deixar claro que o padrão bíblico para o sexo é a relação íntima entre duas pessoas que escolheram um ao outro para viver o matrimônio.

“Ora, quanto às coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher; mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher, ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo, por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e, depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.” (1 Co 7.1-5 – ARC)

Observe que Paulo fala sobre a importância de cada homem ter sua própria mulher e vice-versa, ou seja, o casamento.

1.1 – Precisam estar conectados no corpo

O ápice da conexão corporal é o sexo e quando ocorre o casamento, homem e mulher, diante de Deus, escolhem ser um do outro.

Vamos elencar algumas particularidades a respeito do sexo entre o casal, citado na introdução a este tópico, através da citação do texto de 1 Co 7.

1) O marido deve pagar à mulher a sua devida benevolência e da mesma forma, a mulher (1 Co 7.3).

A tradução KJA e NVT, respectivamente, explicam de forma mais clara o que Paulo quis dizer.

“O marido deve cumprir seus deveres conjugais para com sua esposa, e, da mesma forma, a esposa para com seu, marido.” 

“O marido deve satisfazer as necessidades conjugais de sua esposa, e a esposa deve fazer o mesmo por seu marido.”

A tradução BLP é ainda mais explícita.

“O marido deve satisfazer as necessidades sexuais da sua esposa, e a esposa, as do seu marido.” 

O texto deixa claro que Paulo está tratando sobre a relação sexual entre o casal e sobre a satisfação que cada conjugue deve proporcionar ao outro. 

Se eu não sei como o corpo de minha esposa funciona, como poderei pagá-la com a devida benevolência?

É fundamental que cada conjugue descubra as áreas de maior excitação e consiga satisfazer a outra parte, pois o sexo foi dado por Deus para dois grandes propósitos, a procriação e a satisfação.

Infelizmente, existem muitas mulheres que nunca chegaram a um orgasmo durante sua vida de casado e, por causa do excesso de religiosidade, talvez nunca cheguem. 

Ainda existe um imenso tabu em relação ao sexo dentro de algumas igrejas e alguns pastores chegam ao absurdo de afirmarem que este assunto não deve ser abordado em público pelo fato de ser muito santo.

Eu lhes digo que devemos abordar este assunto com a maior clareza possível, haja vista, existirem inúmeros problemas relacionados a este assunto que poderiam ser resolvidos de forma simples e rápida.

O link abaixo traz algumas explicações sobre com o organismo reage aos estímulos sexuais.

https://drauziovarella.uol.com.br/sexualidade/a-quimica-do-orgasmo-conheca-os-beneficios-do-prazer-para-o-organismo/

O teólogo americano Norman Champlim traz um rico comentário a respeito deste assunto.

“O contexto desta declaração (versículos quarto em diante) mostra-nos que aquilo que é «… devido…» ao marido pela mulher, e vice-versa, é, principalmente, uma razoável e satisfatória relação sexual, porquanto assim a «fornicação» é evitada. A «tentativa» de obter a compatibilidade nas questões sexuais faz parte, portanto, dos «deveres» das pessoas casadas. As mulheres inclinam-se mais por errar nesse sentido do que os homens, pois as mulheres, por natureza, geralmente são muito menos intensas do que os homens quanto a essa questão. Não obstante, deve procurar a mulher ser um a companheira satisfatória para o seu marido. Em caso contrário, estará convidando dificuldades, conforme fica comprovado pela grande maioria dos casos de casamentos malsucedidos. «Esta declaração defende as relações sexuais entre os casados, contra os rigoristas, tal como a declaração do primeiro versículo recomenda o celibato, contra os sensualistas». (Findlay, in loc.). «…o que lhe ê devido…» são palavras que representam um eufemismo para «relações conjugais», e que Paulo usou para suavizar o sentido, embora o significado da frase seja perfeitamente claro. Algumas traduções dizem «…a devida benevolência…», mas é melhor a tradução que diz «direitos conjugais», ou, melhor ainda, a tradução literal do texto grego, conforme temos na versão portuguesa que serve de base textual para este comentário.”

2) Existirão momentos em que os conjugues deverão se abster do sexo; por pouco tempo; de forma conjunta, ou seja, ambos decidiram por adotar tal postura, para que se dediquem a oração.

Este tipo de atitude deve ser tomada com muita clareza e sabedoria, pois não adianta tomar esta decisão de forma unilateral, pois isto descumprirá o propósito da união conjugal e colocará o cônjuge em uma situação de risco, pois o sexo entre o casal é a única maneira de satisfazer o desejo sexual, que é puro.

Se a decisão de orar com propósitos específicos envolver uma abstinência sexual, esta deve ser feita por um curto período de tempo e somente o casal; através de mútuo conhecimento; saberá qual é o limite de tempo, pois para alguns 3 dias de abstinência é um longo tempo.

1.2 – Fatores que influenciam uma só carne

Em lições anteriores, nós estudamos sobre a importância do diálogo e, em se tratando de assuntos sexuais, é fundamental que existe um nível profundo de diálogo e compreensão das necessidades de cada conjugue.

Reforço a posição mencionada acima, sobre a importância de conhecer os desejos e necessidades que envolvem o relacionamento.

É imprescindível comentarmos que NÃO É PECADO conversar sobre sexo com seu conjugue, pois ele (a) é a única pessoa que pode lhe ouvir e lhe satisfazer.

Como dissemos, por muitos anos o sexo foi tratado com exageros, ou seja, excesso de santidade ou de impureza.

Quando estamos unidos ao conjugue, o diálogo sincero é capaz de suprir muitas necessidades que não foram supridas enquanto morávamos com nossos pais e este é mais um motivo para escolhermos com muita sabedoria quem será a pessoa que viverá conosco por toda a vida.

O teólogo e escritos Urbano Zilles, traz um comentário interessante sobre este assunto.

Quem tem exigências sexuais não são as glândulas, mas o homem todo. Seus apetites sexuais não se dirigem somente aos órgãos sexuais do outro sexo, mas à outra pessoa em sua totalidade como portadora de uma determinação sexual. A diferenciação sexual não se limita ao âmbito biofísico, atingindo também o âmbito psicológico, pois é um constitutivo antropológico.”

A comunicação é fundamental para que a união física (corpo) seja plena e bem-sucedida e é importante reforçarmos que em um processo de comunicação, o que importa não é o que comunicamos, mas como a pessoa ouve, escuta e compreende.

A sexualidade faz parte constitutiva de todo o ser humano, mas o homem não se reduz a sua sexualidade.

Quando o elemento sexual é procurado por si mesmo, não só perde sua significação, mas frustra, pois pressupõe entrega pessoal.

A sexualidade orienta-se para o conjunto da existência humana, exigindo compromisso com o outro, pois um possível efeito da comunidade sexual é o filho. A sexualidade é uma função social de procriação. É uma linguagem sem palavra, a ternura

que expressa reconhecimento mútuo, personalização mútua.

Ziles faz um panorama de como o sexo abrange a totalidade do ser humano.

“Para uma visão global, é preciso distinguir, sem separar, alguns elementos fundamentais da sexualidade: a) O genético: a sexualidade do homem e da mulher é constituída de acordo com o número de pares da redução cromossômica dos espermatozoides na união com o óvulo (XX e XY). b) O morfológico: de acordo com a constituição genética, o indivíduo se distinguirá nos diversos membros do corpo, nos músculos, nos peitos, etc., adequados para as funções a exercer como homem e mulher em vista da procriação. Por isso nunca se deve identificar sexualidade com genitalidade. c) O instintivo: primariamente, a sexualidade situa-se no âmbito dos instintos. Ela responde ao instinto primário de comunicar a vida e a perpetuar a espécie. Mas não se reduz ao impulso biológico. d) O racional: no homem tudo, inclusive os instintos, está determinado pela racionalidade. Neste sentido, o homem e a mulher não podem viver a sexualidade como o macho e a fêmea no reino animal. e) O voluntário e livre: o homem pode exercer a sexualidade livremente, pois não está determinado pelo ciclo da vida (cio). Por isso é voluntária e, consequentemente, responsável. a) O afetivo sentimental: no homem e na mulher a sexualidade está unida aos afetos e ao amor, mas é uma afetividade sexual. Neste sentido pode definir-se o matrimônio como comunidade de vida e amor. b) O prazeroso: a atividade sexual está unida ao prazer, um prazer sensível e afetivo que é tanto maior quanto maior o amor entre os parceiros. Mas o prazer, se for o motor principal ou único, pode frustrar profundamente a relação sexual. c) O procriador: na estrutura mais íntima do ato sexual, entre homem e mulher, quando a natureza ou a vontade humana não o impede, está escrita a possibilidade da geração de um novo ser da espécie. Esta capacidade procriadora deve ser racional e responsável.”

Você como professor de EBD tem um diálogo aberto com sua esposa sobre o corpo dela?

Se você fosse avaliado por ela, qual seria sua nota em termos da satisfação que você oferece a ela?

1.3 – Ao unir-se ao cônjuge, o individualismo é eliminado e a individualidade permanece

A individualidade é o que diferencia um indivíduo do outro e é importante destacarmos que os seres humanos possuem personalidade e caráter.

O caráter, como já estudamos, é formado ao longo da vida e pode ser mudado através da Palavra de Deus, mas a personalidade é imutável, ainda que possa sofrer adaptações.

A individualidade deve ser respeitada em qualquer relacionamento pois está associada à maneira de agir, ou seja, ao comportamento.

A individualidade sugere a própria identidade, referente aos nossos hábitos, escolhas e vontades individuais, o individualismo remete à individualidade de forma egoísta e egocêntrica, que não respeita o posicionamento de ninguém”.

 Na individualidade estão os gostos ou preferências e cada um de nós possui particularidades que precisam ser respeitadas e isto também afeta as relações sexuais.

O individualismo é um sistema oposto ao ato de associação e se assemelha bastante ao egoísmo.

O apóstolo Paulo disse que o corpo da mulher pertence ao lar e vice-versa, desta forma, em um relacionamento saudável não pode existir individualismo.

Dietrich Von Hildebrand (1889-1977), foi o primeiro a sublinhar o conteúdo amoroso, personalista, global, do matrimônio e do ato conjugal, afirmando que ele não tem a função exclusiva de gerar filhos, mas igualmente tem um sentido para o homem enquanto ser humano: o de expressar e realizar o amor conjugal e da comunidade de vida.

Em 1935, o biólogo e teólogo Herbert Doms publicou um livro sobre o sentido e o fim do matrimônio, que apresentava novas perspectivas teológicas e pastorais sobre o matrimônio e a sexualidade, colocando no centro do matrimônio a pessoa do casal, individualmente e como parceiros.

Doms ousou uma interpretação personalista, afirmando que o matrimônio tem como objeto, antes de tudo, a perfeição das parcerias na relação de complementaridade mútua. Segundo ele, o fim primeiro do matrimônio é a relação entre os esposos, sustentada pelo amor especificamente conjugal, numa unidade a dois, e não um bem externo como seria o filho.

No relacionamento conjugal, os conjugais compartilham tudo, a começar por seus corpos.

Cada um dos conjugados deve primar por cuidar do outro e, como dissemos, satisfazendo as necessidades individuais.

2 – A UNIÃO PRECISA ESTAR NA ALMA

Evangelista Leonardo Novais de Oliveira

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Postado por ebd-comentada


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